Artabano III

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Artabano III da Pártia)
 Nota: Para outros significados, veja Artabano.
Artabano III
Artabano III
Dracma de Artabano III cunhado em Selêucia do Tigre
Xá rival do Império Arsácida
Reinado 79/80–81
Antecessor(a) Pácoro II
Sucessor(a) Pácoro II
 
Nascimento século I
Dinastia arsácida
Pai Vologases II
Religião Zoroastrismo

Artabano III (em parta: 𐭍𐭐𐭕𐭓; romaniz.: Ardawān), incorretamente conhecido nos estudos mais antigos como Artabano IV, foi um príncipe parta que competiu contra seu irmão Pácoro II (r. 78–110) pela coroa parta de 79/80 a 81.

Nome[editar | editar código-fonte]

Artabano (Artabanus) é a latinização do grego Artabano (em grego: Ἁρτάβανος; romaniz.: Artábanos), que derivou do persa antigo *Arta-bānu ("a glória de Arta"). A variante parta e persa média era Ardawān (𐭓𐭕𐭐𐭍).[1] O nome ainda foi registrado em acadiano como Atarbanus (Atarbanuš), em elamita como Irtabanus (Irtabanuš), em aramaico como ‘rtbnw, em lídio como Artabana (Artabãna)[2] e em armênio como Artavã (Արտավան, Artavān) e foi de novo helenizado (Ἀρταβάνης) e latinizado sob a forma Artabanes.[3]

Vida[editar | editar código-fonte]

Não se sabe o ano de nascimento de Artabano.[4] Pela semelhança de sua cunhagem com a emitida pelo xainxá Artabano II (r. 12–38/41), já foi proposto que era filho dele, mas outras análises o apontam como filho de Vologases I (r. 51–78) e irmão de Vardanes II (r. 55–58), Vologases II (r. 78–80) e Pácoro II (r. 78–110). Nos últimos anos de reinado de Vologases I, Pácoro II foi nomeado cogovernante e com a morte do pai em 78, Pácoro assumiu o trono como único xainxá.[5][6] Em 79/80, o governo de Pácoro foi disputado por Artabano. Sua reivindicação ao trono parece ter tido pouco apoio no Império Arsácida, com exceção da Babilônia. A ação mais notável de Artabano III foi dar refúgio a um Pseudo-Nero chamado Terêncio Máximo.[7] Artabano III inicialmente concordou em emprestar ajuda militar a Terêncio Máximo para capturar Roma, até descobrir a verdadeira identidade do impostor.[8] As casas da moeda de Artabano III desaparecem depois de 81, o que sugere que Pácoro II o derrotou.[7]

Referências

  1. Schippmann 1986, p. 647–650.
  2. Dandamayev 1986, p. 646–647.
  3. Gandhi 2004, p. 44.
  4. Verstandig 2001, p. 293.
  5. Dąbrowa 2012, p. 391.
  6. Chaumont 1988, p. 574–580.
  7. a b Schippmann 1986, p. 647–650.
  8. Kia 2016, p. 179.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Chaumont, M. L.; Schippmann, K. (1988). «Balāš VI». Enciclopédia Irânica, Vol. III, Fasc. 6. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia. pp. 574–580 
  • Dąbrowa, Edward (2012). «The Arsacid Empire». In: Daryaee, Touraj. The Oxford Handbook of Iranian History. Oxônia: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-987575-7 
  • Gandhi, Maneka; Husain, Ozair (2004). The Complete Book of Muslim and Parsi Names. Déli: Penguin Books 
  • Kia, Mehrdad (2016). The Persian Empire: A Historical Encyclopedia [2 volumes]. Santa Bárbara: ABC-CLIO. ISBN 978-1610693912 
  • Schippmann, K. (1986). «Artabanus (arsacid kings)». Enciclopédia Irânica, Vol. II, Fasc. 6. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia. pp. 646–647 
  • Verstandig, A. (2001). Histoire de l'empire parthe ( -250-227) : À la découverte d'une civilisation méconnue. Bruxelas: Le Cri 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]