Igreja Católica na Armênia

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 Nota: Este artigo é sobre o panorama geral do catolicismo na Armênia. Para a Igreja Católica de rito oriental, veja Igreja Católica Arménia.
IgrejaCatólica

Armênia
Igreja Católica na Armênia
Catedral dos Santos Mártires em Guiumri, na Armênia.
Santo padroeiro São Gregório[1]
Ano 2021[2]
População total 2 971 243[3]
Cristãos 2 867 249 (96,5%)[4]
Católicos 17 827 (0,6%)[4]
Paróquias 21[2]
Presbíteros 17[2]
Seminaristas 8[2]
Diáconos permanentes 5[2]
Religiosos 2[2]
Religiosas 22[2]
Núncio apostólico Sede vacante[5]
Códice AM

A Igreja Católica na Armênia [português brasileiro] (ou Arménia [português europeu] ) é parte da Igreja Católica universal, em comunhão com a liderança espiritual do Papa, em Roma, e da Santa Sé.[6] São poucos os católicos neste país, que é predominantemente ortodoxo oriental, especialmente a Igreja Apostólica Armênia, que não está em comunhão com Roma.[7]

História[editar | editar código-fonte]

Cristianização[editar | editar código-fonte]

A cristianização da Armênia começou com os esforços missionários de São Gregório, o Iluminador, ao converter o rei Tirídates III no fim do século III. No ano 303, o país tornou-se o primeiro no mundo a adotar o cristianismo como religião oficial. Sob o reinado de Cosroes III, foram feitos esforços para evangelizar os vizinhos georgianos e albaneses. A sé episcopal armênia estava em Valarsapate, sufragânea de Cesareia. Apesar da conversão do rei, o cristianismo enfrentava a oposição de sacerdotes pagãos e de vários príncipes. O Rei Ársaces II nomeou Narses, o Grande, como bispo em 353. O bispo realizou um sínodo sobre os impedimentos matrimoniais para os nobres, a abolição de costumes fúnebres pagãos e o estabelecimento de hospitais e leprosários. Ele acabou sendo assassinado pelo Rei Papa.[7]

Durante os séculos IV e V, a Igreja perde seu apoio político. Os cristãos passam a ser perseguidos pelo rei Isdigerdes I, mas através da intervenção do Imperador Teodósio II, do Império Romano do Oriente, obtiveram tolerância do rei Vararanes V. Isaac, o Grande, foi apontado como bispo e, com a ajuda de Mesrobes Mastósio, estabeleceu o alfabeto armênio e traduziram a Bíblia e obras dos padres apostólicos, dando origem a uma literatura cristã armênia. A diocese tornou-se sufragânea de Constantinopla, e então escolas e missionários passaram a receber mais apoio bizantino. Em 435, foi realizado um concílio que aceitou o dogma mariano da Theotokos.[7]

No século V, o termo Católico passou a ser usado como título oficial para os bispos metropolitanos. Em 444, o Católico José realizou um sínodo com 20 bispos que condenou os messalianos e paulícios. Em 450, em Artaxata, 17 bispos recusaram o convite do rei persa a aderir ao culto do deus Aramazd, gerando uma perseguição à Igreja armênia, e em 454, muitos bispos e padres foram martirizados. Mesmo com a ajuda bizantina, as atrocidades só pararam em 506.[7]

Impedidos de participar do Concílio de Calcedônia, por problemas internos, os bispos armênios desenvolveram uma compreensão errônea dos problemas colocados pelo monofisismo, repudiando as doutrinas do concílio.[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Gregory the Illuminator». New Advent. Consultado em 25 de maio de 2024 
  2. a b c d e f g «Catholic Church in Armenia». GCatholic. Consultado em 25 de maio de 2024 
  3. «População da Armênia 2024». Countrymeters. Consultado em 25 de maio de 2024 
  4. a b «Republic of Armenia Census». Statistical Committee - Republic of Armenia. 2022. Consultado em 25 de maio de 2024 
  5. «Apostolic Nunciature - Armenia». GCatholic. Consultado em 25 de maio de 2024 
  6. «Armênia». Fundação ACN. Consultado em 25 de maio de 2024 
  7. a b c d e «Armenia, The Catholic Church In» (em inglês). Encyclopedia.com. Consultado em 26 de maio de 2024