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Pesquisa da função tubária[editar | editar código-fonte]

A pesquisa da função tubária é um exame rápido e indolor (feito pelo audiologista, com auxílio do imitanciômetro) que tem como objetivo verificar a funcionalidade e a permeabilidade da tuba auditiva. É indicado para indivíduos com queixa de sensação de ouvido tapado; que apresentaram curva tipo C na timpanometria; com perfuração da membrana do tímpano e/ou com retração da membrana timpânica, devido a probabilidade de disfunção tubária e má ventilação. Indivíduos que apresentem obstrução da orelha por cera ou fazem uso de tubo de ventilação não são recomendados para a realização da pesquisa. Não há necessidade de preparo pré-exame. Somente feito sob solicitação médica.[1][2]

Como é feito[editar | editar código-fonte]

Embora o diagnóstico da disfunção tubária seja principalmente clínico e poderem haver muitos sintomas inespecíficos ou enganosos em alguns casos, como a autofonia, existem diferentes maneiras de obter os valores da pesquisa devido ao exame ainda não ter um padrão-ouro:[3]

autor / ano procedimento resultado
Pyne et al / 2018 Tom de sonda de imitância acústica de 678 Hz do analisador de ouvido médio. O tom de 678 Hz produz uma resposta maior  na sonda para disfunção tubária do que o tom de 226Hz. Para o tom de 226 Hz os pacientes tiveram uma complacência mediana de 0.19mL maior ao longo do tempo do que os pacientes com a tuba funcionante, e para o tom de  678 Hz , os pacientes com disfunção da tuba tiveram uma complacência mediana de 0.57mL maior ao longo do tempo do que pacientes com a tuba funcionante.
Smith et al / 2018 Medida de resultado relatado pelo paciente. A medida de resultado relatado pelo paciente teve excelente acurácia diagnóstica usando apenas controles saudáveis ​​como comparador para disfunção tubária, mas a especificidade foi muito baixa quando controles com outros distúrbios otológicos foram incluídos.
Pyne et al / 2017 Etimulos de clique acústico de sonotubometria. O novo estímulo de clique descrito é um método confiável para determinar a abertura da tuba auditiva em ouvidos saudáveis ​​e distinguir a tuba auditiva saudável e a estado de disfunção tubária.
Paradis et al / 2015 Audiometria de mascaramento de ruído nasal. Grupos com provável/definitiva disfunção tubária tiveram médias auditivas na audiometria de mascaramento de ruído nasal significativamente maiores em comparação com orelhas normais em 250Hz, 1kHz e 6kHz.
Oonk et al / 2014 Tomografia computadorizada na posição sentada. A tuba auditiva com disfunção podia ser claramente visualizada desde o orifício timpânico até o orifício faríngeo.
Yoshida et al / 2003 Tomografia computadorizada na posição sentada com a técnica de reconstrução multiplanar. O lúmen da tuba auditiva foi identificado na maior parte da porção do orifício faríngeo ao orifício timpânico na posição sentada e em decúbito. Na porção cartilaginosa, o espaço aéreo no lúmen da tuba auditiva foi maior na posição sentada do que na posição deitada.
Virtanen et al / 1978 Sonotubometria. É um complemento útil para diagnosticar a patência anormal da tuba auditiva e acompanhar os resultados de seu tratamento.


Ainda assim, a abordagem diagnóstica mais comumente relatada é a tomografia computadorizada, com ou sem uso de manobras, podendo ser feito em dois tipos de pacientes: com perfuração do tímpano e com o tímpano íntegro.[4]

-Pesquisa para casos de perfuração do tímpano: por meio da sonda, bem posicionada, é aplicado uma pressão de +200daPa. Após isso, o paciente é instruído a beber um ou mais goles de água.

-Pesquisa com tímpano íntegro: por meio da sonda, bem posicionada, são medidos dois diferentes valores de pressão, ambos usando como referência o valor da primeira curva timpanométrica. Para tirar o primeiro valor, o paciente é orientado a beber um gole de água e para tirar o segundo valor caso seja orientado, o paciente irá realizar, pelo menos, uma das seguintes manobras:[5]

-Manobra de Valsalva             

-Manobra de Toynbee            

As manobras de Valsalva pode não ser recomendada, pelo risco de provocar dor no peito, desregular os batimentos do coração e causar episódios de síncope vasovagal, caracterizada pela perda súbita de consciência e desmaio.. Ainda assim, a Manobra de Valsalva é bastante utilizada pelos profissionais.[6]

Valores de referência da tomografia computadorizada[editar | editar código-fonte]

Funcionante:

Paciente atingir 0daPa após aproximadamente 4 goles de água, para casos de perfuração do tímpano;

Pressão negativar após gole de água e positivar após realização de alguma das manobras, para tímpano íntegro.[7]

Não funcionante:

Pressão final continuar a mesma da pressão inicial, tanto para casos de perfuração do tímpano quanto para tímpano íntegro.[8]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. SPERANCINI, Camila et al. A eficácia de exercícios para disfunção da tuba auditiva. Scielo, 2007. Disponível em:https://www.scielo.br/j/rsbf/a/NGM7MzkFS5f4kqyqn9gsBDd/?lang=pt. Acesso em: 27/09/2022.
  2. CANALI, Inesângela. Estudo da função da tuba de eustáquio em pacientes com retrações da membrana timpânica e em indivíduos normais. 2013. 127 páginas. Dissertação de mestrado - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013.
  3. Khurayzi T, Alenzi S, Alshehri A, Alsanosi A. Diagnostic approaches to and management options for patulous eustachian tube. Saudi Med J. 2020 Jun;41(6):572-582. doi: 10.15537/smj.2020.6.25083. PMID: 32518922; PMCID: PMC7502933.
  4. Khurayzi T, Alenzi S, Alshehri A, Alsanosi A. Diagnostic approaches to and management options for patulous eustachian tube. Saudi Med J. 2020 Jun;41(6):572-582. doi: 10.15537/smj.2020.6.25083. PMID: 32518922; PMCID: PMC7502933.
  5. MAKIBARA, Renata et al. Função da tuba auditiva em adultos com membrana timpânica íntegra. Scielo, 2010. Disponível em:https://www.scielo.br/j/bjorl/a/NZktDy6wvLxCwbMmhwR3wkH/?
  6. MINATEL, Vinicius et al. Avaliação da frequência cardíaca à medida de pressão expiratória máxima estática e à manobra de Valsalva em jovens saudáveis. Rev. bras. fisioter. vol.16 no.5 São Carlos Sept./Oct. 2012. Vol.16, n.5. 406-413, 2012
  7. MAKIBARA, Renata et al. Função da tuba auditiva em adultos com membrana timpânica íntegra. Scielo, 2010. Disponível em:https://www.scielo.br/j/bjorl/a/NZktDy6wvLxCwbMmhwR3wkH/?
  8. format=pdf&lang=pt. Acesso em: 27/09/2022.4. SILVA, Isabella et al. Pesquisa da Função Tubária X Nasofaringoscopia: Estudo Comparativo entre Procedimentos de Avaliação da Tuba Auditiva. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 2022. Páginas 189 a 194. Disponível em:http://oldfiles.bjorl.org/conteudo/acervo/print_acervo.asp?id=2751. Acesso em: 04/10/2022.