M3 (submetralhadora)

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Submetralhadora M3 Cal .45 - (US Submachine Gun, Cal .45, M3)

M3 com carregador de 30 munições e outros acessórios
Tipo Pistola-metralhadora
Local de origem  Estados Unidos
História operacional
Em serviço 19431992 - Estados Unidos
2004-act. - Filipinas
1999-act. - Macedónia do Norte
Utilizadores  Argentina
 Bolívia
 Brasil
Coreia do Sul Coreia do Sul
Equador
 Estados Unidos
Filipinas
 Guatemala
 Japão
Macedónia do Norte Macedônia do Norte
 China
Guerras
Histórico de produção
Criador George Hyde
Data de criação 1942
Fabricante General Motors e outras
Custo unitário Aproximadamente US$ 15 (1943; equivalente a US$ 264 em 2023)[11]
Período de
produção
1943 - 1945
Quantidade
produzida
Total: 655.363
M3: 606.694
M3A1: 48.669
Variantes M3A1
PAM1
PAM2
T29
Especificações
Peso M3:8,00 lb (3,63 kg),
M3A1:7,65 lb (3,47 kg)
Comprimento 29,8 in (757 mm), coronha estendida e 22,8 in (579 mm), coronha rebatida
Comprimento 
do cano
in (203 mm)
Cartucho .45 ACP
9x19mm Parabellum
Ação Blowback, ferrolho aberto
Cadência de tiro 450 tiros por min cíclica
Velocidade de saída 900 ft/s (274 m/s)
Alcance efetivo 100 yd (91,4 m)
Sistema de suprimento Carregador destacável de 30 munições

A M3 é uma pistola-metralhadora (português europeu) ou submetralhadora (português brasileiro) desenvolvida pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial como uma substituta mais barata para a pistola-metralhadora Thompson. A M3 foi preparada para o mesmo cartucho .45 ACP disparado pela Thompson, porém era mais barata para produzir em massa e era mais leve, embora, ao contrário da crença popular, fosse menos precisa.[12] Devido ao seu formato recebeu o apelido de "Pistola de Graxa" (em Inglês "Grease Gun").[13]

A M3 pretendia substituir a Thompson e começou a entrar no serviço de linha de frente em meados de 1944. A variante M3A1 foi usada na Guerra da Coreia e em conflitos posteriores.

Uma versão com silenciador da M3 também foi utilizada durante a Guerra do Vietname pelas equipas dos Navy SEALs.

O fuzil M14, adotado nos EUA em 1959, destinava-se a substituir a M3A1 (bem como o M1 Garand, o M1918 BAR e a carabina M1)[14] mas o recuo do cartucho 7,62×51mm NATO do M14 provou ser muito poderoso para o papel de submetralhadora. O M14, por sua vez, foi substituído pelo fuzil M16 em 1964, e este (de cartucho intermediário 5,56×45mm NATO) foi um substituto melhor para a M3A1. As submetralhadoras M3A1 foram aposentadas do serviço de linha de frente dos EUA depois de 1959, mas continuaram a ser usadas, por exemplo, como armas para tripulações de veículos blindados, pelo menos até a Guerra do Golfo (1990-1991).

História e Design[editar | editar código-fonte]

Quando a Segunda Guerra Mundial começou a pistola-metralhadora Thompson era a padrão dos Estados Unidos. Contudo, a Thompson era mais cara, em termos de tempo e custos de produção, quando comparada com outras pistolas-metralhadoras. Outros modelos novos da Thompson tinham reduzido em muito o custo de produção (por exemplo a M1928 contra a M1A1), mas um novo design poderia baixar o custo ainda mais. O conceito básico de uma nova arma, barata e desenhada para produção em massa tem as suas origens na Chauchat da Primeira Guerra Mundial, a pistola-metralhadora mais produzida da guerra. A M3 de calibre .45 tinha sido introduzida em 1942, sendo desenhada especificamente para uma produção mais simples sem utilizadas partes de metal estampadas. Esforços semelhantes para produção de uma pistola-metralhadora de baixos custos de produção foram feitos pela Grã-Bretanha (Lanchester e Sten), Alemanha (MP34), etc… A União Soviética, França, e Itália viriam também a desenvolver armas mais baratas nos anos 40.

Operadores[editar | editar código-fonte]

Membros do Grupo de Guerra Especial Naval das Filipinas conduzem treinamento de interdição com a Guarda Costeira dos EUA na cidade de Cebu, 2009. Dois deles estão armados com M3.

Força Terrestre de Autodefesa do Japão como arma de defesa pessoal. Todas as armas foram aposentadas em 2011.[34]

Referências

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  2. a b Sazanidis
  3. a b Thompson, p. 75.
  4. de Quesada, Alejandro (10 de janeiro de 2009). The Bay of Pigs: Cuba 1961. Col: Elite 166. [S.l.]: Osprey Publishing. pp. 60–61. ISBN 978-1-84603-323-0 
  5. McNab, Chris (2002). 20th Century Military Uniforms 2nd ed. Kent: Grange Books. p. 212. ISBN 978-1-84013-476-6 
  6. a b Sicard, Jacques (novembro de 1982). «Les armes de Kolwezi». La Gazette des armes (111). pp. 25–30. Cópia arquivada em 12 de julho de 2023 
  7. David Carter, James Paul & Martin Spirit. «Argentina: Land Weapons and Vehicles». Britain's Small Wars. Cópia arquivada em 1 de fevereiro de 2009 
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  9. Leroy Thompson (2011). The Colt 1911 Pistol. [S.l.: s.n.] p. 61. ISBN 978-1-84908-433-8 
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  11. Carter, Gregg Lee: Guns in American Society: An Encyclopedia of History, Politics, Culture, and the Law, page 588. ABC-CLIO, 2002.
  12. Iannamico, Frank, The U.S. M3-3A1 Submachine Gun, Moose Lake Publishing, ISBN 0-9701954-4-3, ISBN 978-0-9701954-4-9 (1999), pp. 14, 22–24, 34–39, 44–46, 54–55, 59–63, 67, 73–74
  13. Ingram, Mike: The MP40 Submachine Gun, p. 85. Zenith Imprint, 2001.
  14. Thompson, Leroy (2014). The M14 Battle Rifle. Weapon 37. Osprey Publishing. ISBN 9781472802552, p. 12
  15. Gander, Terry J.; Hogg, Ian V. Jane's Infantry Weapons 1995/1996. Jane's Information Group; 21 edition (May 1995). ISBN 978-0-7106-1241-0.
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  17. a b c d e f g h Jones, Richard D.; Ness, Leland S., eds. (27 de janeiro de 2009). Jane's Infantry Weapons 2009/2010 35th ed. Coulsdon: Jane's Information Group. ISBN 978-0-7106-2869-5 
  18. Maximiano, Cesar; Bonalume, Ricardo N (2011). Brazilian Expeditionary Force in World War II. Col: Men at Arms 465. [S.l.]: Osprey Publishing. p. 45. ISBN 978-1-84908-483-3 
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  50. «A secret conflict, an outlawed flag, and the plan to form a new government». ABC News. 1 de dezembro de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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