Alberto Sarti

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Alberto Sarti (Livorno, 1858 - [dps 1919]) foi um maestro, compositor e professor de canto italiano, bastante referenciado na imprensa portuguesa entre finais do séc. XIX, inícios do séc. XX.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Maestro Alberto Sarti
Clara Sarti

Alberto Sarti nasceu em Livorno, no seio de uma família de artistas[1] (entre os seus antepassados estaria Giuseppe Sarti, mestre de Cherubini). O seu irmão, Gualtiero Sarti, também foi violoncelista e compositor, mas terá falecido com cerca de 22 anos.

Estudou no Conservatório de Florença, onde teve Mabellini como professor de composição e Bioggi como professor de piano. Mais tarde, foi regente de orquestra nos teatros de Florença, Livorno, Ancona, Signa e Macerata.

Ainda em Itália, casou-se com Clara Sonnemann.

No final do séc. XIX, em 1886, foi contratado como diretor de orquestra para o Teatro S. João, no Porto (Portugal). Posteriormente, trabalhou como primeiro maestro no Real Coliseu de Lisboa e foi contratado pela empresa Valdez para o Teatro Nacional de S. Carlos, para as épocas de 1890-91 e para 1892.[2]

De seguida, dedicou-se ao ensino do canto e fundou a Schola Cantorum, uma escola dedicada à valorização da música religiosa.

Obras[editar | editar código-fonte]

As suas obras[3] podem dividir-se em:

Grande Orquestra[editar | editar código-fonte]

  • Evocazione, paráfrase para grande orquestra, solos e coros sobre a Andante da Sonata Patética de Beethoven, com versos de Dante.
  • Serenata, texto popular de Águeda.
  • 12 Paráfrases, sobre temas clássicos e autores célebres.

Canto e Piano[editar | editar código-fonte]

  • Rondine Amica
  • Se tu volessi
  • Valsa lenta
  • I divini occhi tuoi
  • Canzone di inverno
  • Canzone di autunno
  • Canto di Mignon
  • Dolce visione
  • Amor segreto
  • Rose di Coimbra
  • Testament d'amour
  • Dernière prière
  • Tendresse
  • Les chaînes
  • Le chant de la pluie
  • Le baiser
  • Les cheveux
  • Les deux coeurs
  • Détachement
  • Pourquoi rougissent les roses, poema de Maurice Bosch
  • Canção do passado, com letra de D. Luthgarda Caires
  • Moreninha, com letra de Alberto Monsaraz
  • Sinos ao longe, com letra de Affonso Lopes Vieira
  • Dança de roda, com letra de D. Luthgarda Caires
  • Á Desgarrada, com letra de D. Luthgarda Caires
  • Duvida, com letra de Júlio Dantas
  • Canção do mar bravo, com letra de Ribeiro de Carvalho
  • Canção da barca, com letra de D. Luthgarda Caires
  • Passeio de Santo António, com letra de Augusto Gil
  • Com os olhos a chorar, com letra de Vicente Arnoso


Referências

  1. Ver verbete na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.
  2. Ver curta biografia do maestro disponível no artigo «Concerto Sarti no Theatro Nacional», disponível nas páginas 152 e 153 da revista Brasil-Portugal, n.º 346.
  3. Um elenco de algumas das suas obras até 1911 é apresentado como introdução à sua entrevista no livro Horas D'Arte (Palestras sobre Música), de Alfredo Pinto (Sacavém).
  • AA.VV. (s.d.). «Sarti (Alberto)». In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (Vol. XXVII, p. 773). Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, Lda.
  • AA.VV. (s.d.).Canções Portuguezas. (6.ª série). Lisboa: Neuparth ₰ Carneiro Editores. Disponível em Biblioteca Nacional Digital: https://purl.pt/39050
  • AAVV. (s.d.).Canções Portuguezas. Collecção escolhida de trechos de musica portugueza para canto e piano (8.ª série). Lisboa: Neuparth ₰ Carneiro Editores. Disponível em Biblioteca Nacional Digital: https://purl.pt/28775
  • Pinto, A. (1913). «Alberto Sarti». In Horas D'Arte (Palestras sobre Música). Lisboa: Livraria Ferin Baptista, Torres ₰ C.ta, pp. 73-78.
  • Revista Brasil-Portugal, n.º 346