Saltar para o conteúdo

Amazaspes II Arzerúnio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Amazaspes II Arzerúnio
Príncipe de Vaspuracânia
Reinado ?-836
Antecessor(a) Cacício II
Sucessor(a) Asócio I
Nome completo  
Համազասպ Բ Արծրունի
Descendência Asócio I
Gurgenes
Gregório 
Casa Arzerúnio
Pai Cacício II
Religião Cristianismo

Amazaspes II Arzerúnio (em armênio/arménio: Համազասպ Բ Արծրունի; romaniz.: Hamazasp B Artsruni) foi um nacarar armênio do início do século IX, chefe da família Arzerúnio e príncipe de Vaspuracânia.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Amazaspes é a variante latina e grega (Αμαζάσπες) do persa médio Hamazaspe (*Hamazāsp) que, em última análise, deriva do persa antigo Hamāzāspa. Embora a etimologia precisa de *Hamazāsp/Hamāzāspa permaneça sem solução, pode ser explicada através do avéstico *hamāza-, "colisão/confronto" + aspa-, "cavalo", ou seja, "aquele que possuía corcéis de guerra". Foi registrado em armênio (Համազասպ) e georgiano (ამაზასპ) como Hamazaspe (Hamazasp) e também foi latinizado e helenizado como Amazaspo (Amazaspus; Αμαζασπος).[1][2][3]

Vida[editar | editar código-fonte]

Amazaspes é conhecido através do relato do historiador árabe Albaladuri que relata, em sua Origem do Estado islâmico, que "Buga [...] sitiou Axute ibne Hâmeza ibne Jajique, o príncipe de Albusfarrajam", ou o príncipe de Vaspuracânia Asócio I, filho de Amazaspes, filho de Cacício II.[4] Uma vez que seu filho Asócio I tornou-se príncipe de Vaspuracânia em 836, provavelmente Amazaspes II teria morrido por esta época.[5]

Embora não mencione isso, o historiador armênio Tomás Arzerúnio, autor da História da casa de Arzerúnio, menciona sobre a esposa de Amazaspes. Na verdade, ele sinaliza "a mãe de Asócio, irmã de Isaque e Pancrácio, príncipes de Taraunitis, mulher inteligente, para o discurso, como para a ação, não menos piedosa do que prudente" e ainda afirma que "Gurgenes despachou sua mãe, a dama de Vaspuracânia ao general Buga [...] o general atribuiu um auxílio diário, em conformidade com a posição da grande dama Rípsima".[4]

Referências

  1. Fausto, o Bizantino 1989, p. 378.
  2. Rapp 2009, p. 660.
  3. Rapp 2014, p. 164, 224.
  4. a b Settipani 2006, p. 322.
  5. Toumanoff 1990, p. 101.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Fausto, o Bizantino (1989). Garsoïan, Nina, ed. The Epic Histories Attributed to Pʻawstos Buzand: (Buzandaran Patmutʻiwnkʻ). Cambrígia, Massachusetts: Departamento de Línguas e Civilizações Próximo Orientais, Universidade de Harvard 
  • Rapp, Stephen H. (2009). «The Iranian Heritage of Georgia: Breathing New Life into the Pre-Bagratid Historiographical Tradition». Iranica Antiqua. 44. doi:10.2143/IA.44.0.2034389 
  • Rapp, Stephen H. Jr (2014). The Sasanian World through Georgian Eyes: Caucasia and the Iranian Commonwealth in Late Antique Georgian Literature. Londres e Nova Iorque: Routledge. ISBN 978-1-4724-2552-2 
  • Settipani, Christian (2006). Continuité des élites à Byzance durant les siècles obscurs. Les princes caucasiens et l'Empire du vie au ixe siècle. Paris: de Boccard. ISBN 978-2-7018-0226-8 
  • Toumanoff, Cyril (1990). Les dynasties de la Caucasie chrétienne de l'Antiquité jusqu'au xixe siècle : Tables généalogiques et chronologiques. Roma: Edizioni Aquila