Anartia amathea

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaAnartia amathea
A. amathea, vista superior.
A. amathea, vista superior.
A. amathea, vista inferior.
A. amathea, vista inferior.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Nymphalidae
Subfamília: Nymphalinae[1]
Tribo: Victorinini[2]
Género: Anartia
Hübner, [1819][1]
Espécie: A. amathea
Nome binomial
Anartia amathea
(Linnaeus, 1758)[1]
O par de borboletas acima, nesta Ilustração de 1782, pertence à espécie A. amathea (em vista superior e inferior).
Sinónimos
Papilio amathea Linnaeus, 1758
Cynthia roeselia Eschscholtz, 1821
Anartia silvae Burmeister, 1861
Anartia fatima Martin, [1923]
Papilio plato Larrañaga, 1923
Papilio amalthea (sic) Cramer, [1780]
[1]
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Anartia amathea (denominada popularmente, em língua inglesa, de Coolie,[3] Scarlet Peacock,[4] ou Tomato)[3] é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Nymphalinae,[1] encontrada em ambos os lados da cordilheira dos Andes, da Colômbia[5] até a Argentina[1] e norte do Chile;[5] mas também no Caribe, em Trinidad, Tobago, Antígua, Barbados e Granada.[4] Foi classificada por Carolus Linnaeus, com a denominação de Papilio amathea, em 1758.[1] De acordo com Otero, esta é uma das borboletas mais comuns do Brasil.[6]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Indivíduos (machos) desta espécie possuem as asas de contornos serrilhados, com cerca de 4 centímetros,[4] e são basicamente de coloração marrom, vistos por cima, com manchas brancas em seu interior. Outra superfície, de um marrom mais claro, pode ser avistada próxima ao corpo do inseto. Ambas as superfícies são divididas por uma faixa irregular, em vermelho.[7][8] Por baixo, tal padrão se mistura com o de uma folha seca.[9] Possuem dimorfismo sexual, com suas fêmeas apresentando um padrão de coloração similar, porém mais pálido.[10][11][1]

Hábitos[editar | editar código-fonte]

Segundo Adrian Hoskins[5] e Luiz Soledade Otero,[6] esta espécie pode ser encontrada em floresta primária, ao longo das margens dos rios e em clareiras; mas também ocorrendo, principalmente, em habitats de floresta secundária e em brejos, campos, pastagens, jardins, praças e pomares, em altitudes de até 1.600 metros. É ativa nas horas quentes do dia, mas também podem ser avistadas em momentos de chuva fraca. Em alguns locais elas são avistadas em grande quantidade. Se alimentam de substâncias retiradas de flores como a Lantana camara.[12] A vida do adulto é curta, abrangendo entre uma e duas semanas.[4]

Ovo, lagarta, crisálida e planta-alimento[editar | editar código-fonte]

As lagartas de Anartia amathea, nascidas de ovos isolados, se alimentam de plantas da família Acanthaceae[6] e Labiatae,[13] ou de Melissa officinalis (erva-cidreira).[14] Seus ovos são verde-amarelados e suas lagartas são marrom-esverdeadas, moderadamente engrossadas e espinescentes. Dotadas de projeções como chifres em sua cabeça.[4] Sua crisálida é lisa e de coloração verde-clara.[6]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

A. amathea possui três subespécies:[1]

  • Anartia amathea amathea - Descrita por Linnaeus em 1758, de provável exemplar proveniente do Suriname ("Indii" na descrição).
  • Anartia amathea roeselia - Descrita por Eschscholtz em 1821, de exemplar proveniente do Brasil.
  • Anartia amathea sticheli - Descrita por Fruhstorfer em 1907, de exemplar proveniente da Bolívia.

Referências

  1. a b c d e f g h Savela, Markku. «Anartia amathea» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2016 
  2. «Family NYMPHALIDAE Rafinesque, 1815 – BRUSHFOOTS» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 22 de julho de 2018 
  3. a b Hogue, Charles Leonard (1993). «Latin American Insects and Entomology» (em inglês). University of California Press (Google Books). 349 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2016 
  4. a b c d e Philip, Kiah (2012). «Anartia amathea (Scarlet Peacock Butterfly)» (PDF) (em inglês). The Online Guide to the Animals of Trinidad and Tobago. 1 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2016 
  5. a b c Hoskins, Adrian. «Coolie - Anartia amathea (Linnaeus, 1758)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2016 
  6. a b c d OTERO, Luiz Soledade (1986). Borboletas. Livro do Naturalista (21 X 28cm) 1ª ed. Rio de Janeiro: Ministério da Educação - FAE. p. 43. 112 páginas. ISBN 85-222-0195-1 
  7. Dodero, Rudy (2011). «Anartia amathea amathea, macho» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2016 
  8. Rosa, Osvaldo (10 de junho de 2012). «Borboleta (Anartia amathea (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2016 
  9. Kirillov, Pavel (17 de julho de 2014). «Anartia amathea, vista inferior» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2016 
  10. Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2009). «Anartia amathea amathea, fêmea» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2016 
  11. «Anartia amathea roeselia (Eschscholtz, 1821)» (em inglês). Lepidoptera Brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2016 
  12. LenSOP (17 de fevereiro de 2007). «A butterfly on lantana. / Anartia amathea roeselia (Family: Nymphalidae (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2016 
  13. Spencer, Kevin C. (1988). «Chemical Mediation of Coevolution» (em inglês). Academic Press Inc. (Google Books). 138 páginas. Consultado em 5 de novembro de 2016 
  14. «HOSTS - a Database of the World's Lepidopteran Hostplants» (em inglês). Natural History Museum. 1 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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