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Atalanta Fugiens

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''Atalanta Fugiens''
Atalanta Fugiens
Autor(es) Michel Maier
Idioma alemão
País  Alemanha
Assunto Atalanta Fugiens, hoc est, Emblemata Nova de Secretis Naturae Chymica, Accommodata partim oculis et intellectui, figuris cupro incisis, adjectisquesententiis, Epigrammatis et notis, partim auribus & recreationi animi plus minus 50 Fugis Musicalibus trium Vocum, quarum duae ad unam simplicem melodiam distichis canendis peraptam, correspondeant, non absq; singulari jucunditate videnda, legenda, meditanda, intelligenda, dijudicanda, canenda et audienda.
Gênero Alquimia, Esoterismo, Cabala, Ocultismo.
Ilustrador Matthäus Merian
Arte de capa Matthäus Merian
Editora Oppenheim; Johann Theodor de Bry; impresso por Hieronymus Galler.
Lançamento 1617

Atalanta Fugiens ou a Fuga de Atalanta é um livro emblemático escrito pelo médico, músico, alquimista alemão e conselheiro do imperador Rodolfo II, Michael Maier (1568-1622), composto por 50 discursos filosóficos, 50 gravuras de Matthäus Merian e 50 cânones musicais. O trabalho foi publicado por Theodor Johann de Bry em Oppenheim, em 1617 (2ª edição 1618). Ele inclui discursos filosóficos, imagens e música original, com ilustrações de Matthäus Merian, cada um dos quais é acompanhado por um verso epigramático, prosa e um musical (fuga).[1][2][3] Pode ser considerado um exemplo precoce da multimídia. Michael Maier foi também autor de Cantilenae intellectuales de Phoenice redivo, Arcana Arcanissima; Viatorium, hoc est the montibus septum planetarum e Themis Aurea.

A temática do trabalho é estritamente alquímica e inspirada no mito grego de Atalanta .

Página de título[editar | editar código-fonte]

A página de título mostra várias cenas da mitologia grega relacionadas com a Maça de Ouro.

O autor atribuiu à música o papel mais importante. Nos três vozes das 50 fugas (que são, na verdade, cânones para três vozes), estão representados os três personagens principais da história mitológica: Atalanta fugindo (antecedente), Hipomene perseguindo (consequente), e a maçã como um tenor (tirada provavelmente de algum repertorio gregoriano), base que sustenta a todas as 50 composições:

  • Vê-se acima (canto superior) o Jardim das Hespérides.
  • Vê-se à esquerda Hércules estendendo o braço para agarrar uma das maçãs douradas.
  • Vê-se à direita Afrodite entregando as maçãs douradas para Hipomene.
  • Vê-se abaixo (canto inferior) A corrida entre Atalanta e Hipomene; com Atalanta pegando uma maçã. Atrás deles há um templo onde os amantes se abraçam, enquanto ao fundo surgem um leão e uma leoa..

A aparente incompreensibilidade geral do trabalho de Maier é atribuível à quebra na tradição de uma comunicação do conhecimento alquímico, devido ao surgimento de uma nova mentalidade "moderna" e "tradição científica", típica do período histórico que se segue àquele vivido por Maier.

Prefácio[editar | editar código-fonte]

O prefácio contém uma dissertação sobre a antiga música grega e narra o mito de Atalanta e Hipomene.

Discursos[editar | editar código-fonte]

Cada um dos 50 discursos contém:

  • Uma gravura revestido com cobre detalhada por Matthäus Merian.
  • Um epigrama em verso definido para música na forma de uma fuga para três vozes - Atalanta, ou o vox fugiens; Hipomenos, ou o vox sequins, e Pomum objectum (Maçã) ou vox morans. "Atalanta fugiens" é uma brincadeira com a palavra "fuga".[4]
  • Um epigrama em alemão.
  • Um verso latino com o acompanhamento de um discurso.[5]

Execuções Públicas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Primeiro livro multimídia» 
  2. «Atalanta, virgem em fuga» (PDF) 
  3. «Segredos do Renascimento» 
  4. Peter Forshaw/Library Ritman, às 18:15.
  5. Conde Michael Maier. Vida e Escritos J.B.Craven pub. 1914 Reimpresso em 2003 pela Editora Íbis.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Sobre alquimia

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Atalanta Fugiens

Galeria de imagens[editar | editar código-fonte]

Trata-se das 50 gravuras do Atalanta Fugiens, de autoria do gravurista suíço Matthäus Merian, o Velho (1593-1650).[1] Nestas gravuras estão retratados e representados os símbolos teosóficos, alquímicos, cabalísticos e mitológicos.