Dércio Marques

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Dércio Marques
Informação geral
Nome completo Dércio Rocha Marques
Nascimento 19 de julho de 1947
Local de nascimento Uberaba (MG)[1]
 Brasil
Morte 26 de junho de 2012 (64 anos)
Local de morte Salvador (BA)
Nacionalidade brasileiro
Instrumento(s) Violão, voz

Dercio Rocha Marques (Uberaba, 19 de agosto de 1947 - Salvador, 26 de junho de 2012) foi violeiro, cantor, intérprete e compositor brasileiro.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Pesquisador das raízes musicais brasileiras e iberoamericanas (seu pai era uruguaio) tem em sua irmã Doroty Marques uma das principais parceiras de atuação e produção. Participa na produção musical de dezenas de discos de colegas músicos. Defensor da natureza e da cultura popular do Brasil, do bioma cerrado de sua infância em especial, que evoca em diversas de suas canções, acordes, toadas e parcerias. Seu primeiro disco "Terra, vento, caminho." foi lançado pelo selo Discos Marcus Pereira, obra em que interpreta canções e poemas de Atahualpa Yupanqui, na ocasião praticamente inédito no Brasil, "As Curvas do rio", do hoje célebre violeiro da Bahia Elomar na época pouco conhecido e de sua própria autoria.

Em 1979, lançou pelo selo Copacabana o disco "Canto forte-Coro da primavera", com produção de Doroty Marques e a participação de Irene Portela, Toninho Carrasqueira, Zé Gomes, Marco Pereira, Paulinho Pedra Azul, Orquestra de violas de Osasco (54 violas), Oswaldinho do Acordeon, Heraldo, ex-integrante do Quarteto Novo e regência do Maestro Briamonte.

Lançou "Fulejo" que é um disco inspirado na tradição das congadas de Minas Gerais e veio trazendo ao público músicas brasileiras tais como "Riacho de Areia" (Vale do Jequitinhonha), "Serra da Boa Esperança" (Lamartine Babo), "Disco Voador" (Palmeira Guimarães), "Casinha Branca" e "Ranchinho Brasileiro" (Elpídio dos Santos), "Mineirinha" (Raul Torres) e "Flores do Vale" parceria com o poeta João Bá.

Ainda dentre seus parceiros ou companheiros de shows destacam-se João do Vale, Paulinho Pedra Azul, Luis Di França, Pereira da Viola, Fernando Guimarães, Dani Lasalvia, Xangai, Guru Martins, Hilton Accioly, Carlos Pita, Milton Edilberto, Luiz Perequê e Diana Pequeno.

Depois da bem sucedida gravação de um disco infantil "Anjos da Terra", em homenagem a sua filha Mariana e a todas as crianças, foi indicado em 1996 para o prêmio Sharp de melhor disco infantil com "Monjolear", gravado em Uberlândia em longo processo de oficinas de música com sua irmã Dorothy e a participação de 240 crianças.

Em seu disco "Folias do Brasil" de 2000, ano de comemoração dos +500 anos, registra aspectos desta secular tradição da folia de Reis e folia do Divino que teve origem em Portugal no século XIII (segundo o prof. Agostinho da Silva), foi banida pela Igreja Católica no tempo da Inquisição, migrou para ilhas dos Açores, chegando ao Brasil com esse povo açoreano e espalhando-de por todas as regiões do país, principalmente Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro.

Discografia[editar | editar código-fonte]

  • Terra, vento, caminho (1977) Marcus Pereira LP
  • Canto forte / Coro da primavera (1979) Copacabana LP
  • Fulejo [1983] LP
  • Segredos vegetais [1986] LP duplo
  • Anjos da Terra [1990] LP
  • Anjos da terra [1993] CD
  • Espelho d'água [1993] CD
  • Monjolear (1996) CD
  • Cantigas de abraçar [1998] CD
  • Cantos da Mata Atlântica [1999] CD
  • Folias do Brasil [2000] CD
  • Fulejo [2003] CD
  • Segredos Vegetais [2003] CD
  • Canto Forte [2003] CD

Referências

  1. BERTELLI, Letícia. Dércio Marques: da Latinoamérica ao Brasil de dentro
  2. «Morre aos 64 anos o músico e compositor Dércio Marques». O Globo. 28 de junho de 2012. Consultado em 23 de novembro de 2021