Desastre Ferroviário de São Marcos da Serra

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Desastre Ferroviário de São Marcos da Serra
Descrição
Data 17 de Fevereiro de 1994
Local São Marcos da Serra, concelho de Silves
Coordenadas 37° 21′ 33,58″ N, 8° 22′ 38,74″ O
País Portugal Portugal
Linha Linha do Sul
Operador Caminhos de Ferro Portugueses
Tipo de acidente Colisão
Estatísticas
Comboios/trens 1
Mortos 6
Feridos 7

O Desastre Ferroviário de São Marcos da Serra foi uma colisão entre um comboio e uma carrinha numa passagem de nível, na localidade de São Marcos da Serra, em Portugal.[1]

Acidente[editar | editar código-fonte]

Estação de São Marcos, situada perto do local do acidente.

A colisão deu-se numa passagem de nível sem guarda na zona do Poleirão, em São Marcos da Serra, e envolveu uma carrinha Bedford de transporte escolar e um automotora da empresa Caminhos de Ferro Portugueses.[1] Deste acidente resultou a morte do condutor e de cinco crianças, enquanto que sete alunos ficaram gravemente feridos.[1]

Consequências[editar | editar código-fonte]

Em 21 de Julho de 1994, o deputado José Manuel Maia do Partido Comunista Português apresentou um requerimento na Assembleia da República sobre os problemas de segurança nas passagens de nível em São Marcos da Serra.[2] Com efeito, a situação das passagens de nível na freguesia tinha atingido um nível preocupante, tendo-se verificado treze vítimas mortais em acidentes deste tipo nos últimos doze anos.[2] Dentro daquele período, também se verificaram outros acidentes, embora de menor gravidade.[2]

Assim, a Junta e a Assembleia da Freguesia, e uma comissão formada pela população, enveredaram esforços no sentido de alertar as autidades competentes sobre a situação, e para reclamar melhores condições de segurança.[2] Foi pedido à operadora Caminhos de Ferro Portugueses que instalasse cancelas ou baias nas duas passagens de nível situadas no interior da localidade, pretensão que não foi aceite pela empresa, alegando que o movimento de veículos não era suficiente para justificar esta medida, que seria de custos muito elevados.[2] Esta explicação foi criticada pelo Partido Comunista Português, devido à importância daquelas duas vias para o trânsito regional, e à localização das passagens de nível, num local em declive e de reduzida visibilidade.[2] Além disso, acusou a operadora de ter dado mais importância aos custos do que às vidas humanas da população local.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira: Livro do ano: 1994. Lisboa: Zairol. 1995. p. 208-210. 607 páginas. ISBN 972-9362-10-6 
  2. a b c d e f g «Debates Parlamentares». Assembleia da República. 1994. Consultado em 30 de Dezembro de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Ícone de esboço Este artigo sobre transporte ferroviário é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.