Desbutal

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Estrutura química de Desbutal
Desbutal
Aviso médico
Nome IUPAC (sistemática)
5-etil-5-pentan-2-il-1,3-diazinano-2,4,6-triona;N-metil-1-fenillpropan-2-amina;hidrocloreto
Identificadores
CAS 8028-71-5
ATC ?
PubChem 154472
Informação química
Fórmula molecular C21H34N3O3 
Massa molar ?
Farmacocinética
Biodisponibilidade ?
Metabolismo ?
Meia-vida ?
Excreção ?
Considerações terapêuticas
Administração ?
DL50 ?

Desbutal foi o nome comercial de uma associação medicamentosa produzida pela farmacêutica americana Abbott. Era composta por cloridrato de metanfetamina (Desoxyn) e pentobarbital sódico (Nembutal). O Desbutal foi comercializado como um antidepressivo e também como medicamento para o tratamento da obesidade, narcolepsia, parkinsonismo e alcoolismo, mas também era comumente prescrito off label para diversas patologias.[1] Foi um medicamento muito abusado por se tratar de duas drogas com alto potencial de causar dependência física e psíquica, e também uma das drogas de abuso envolvidas na primeira epidemia de anfetamínicos nos Estados Unidos.[1]

Formas farmacêuticas[editar | editar código-fonte]

Suas formas farmacêuticas incluíam 5/30 mg, 10/60 mg e 15/90 mg de cloridrato de metanfetamina e pentobarbital sódico, respectivamente.[2]

Os comprimidos de Desbutal, em forma de 5/30 mg, eram apresentados em cápsulas de cor verde. Na forma de 10/60 mg, consistia em comprimidos bifásicos divididos numa metade de cor rosa e outra azul. A forma de maior dosagem, 15/90 mg, possuía a aparência de comprimidos bifásicos redondos, com os dois princípios ativos também divididos entre as duas metades do comprimido, a fim de controlar suas taxa de liberação plasmática e atingir um melhor perfil farmacocinético. Cada comprimido apresentava uma metade amarela que continha uma formulação de liberação imediata de pentobarbital sódico e uma metade azul que continha uma formulação de liberação prolongada de cloridrato de metanfetamina.[3]

O abuso de Desbutal frequentemente ocorria pela separação das duas metades do comprimido, a fim de consumir as drogas em tempos distintos. Geralmente, a forma de abuso consistia em primeiro ingerir a metade contendo metanfetamina, seguida pela ingestão da metade amarela contendo pentobarbital após o pico da primeira droga ter sido atingido, pois sendo um hipnótico ajudava a minimizar a insônia e ansiedade induzidas pela metanfetamina.[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Rasmussen, Nicolas (junho de 2008). «America's First Amphetamine Epidemic 1929–1971». American Journal of Public Health (6): 974–985. ISSN 0090-0036. PMC 2377281Acessível livremente. PMID 18445805. doi:10.2105/AJPH.2007.110593. Consultado em 2 de março de 2021 
  2. Delinquency, United States Congress Senate Committee on the Judiciary Subcommittee to Investigate Juvenile (1973). Proper and Improper Use of Drugs by Athletes: Hearings, Ninety-third Congress, First Session, Pursuant to S. Res. 56, Section 12 (em inglês). [S.l.]: U.S. Government Printing Office 
  3. Powell, William (5 de fevereiro de 2018) [1971]. The Anarchist Cookbook 🔗 (em inglês). [S.l.]: Lyle Stuart. p. 55 
  4. Jackson, Bruce (1 de agosto de 1966). «White-Collar Pill Party». The Atlantic (em inglês). Consultado em 2 de março de 2021