Diferenças de género no suicídio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

As diferenças de género nas taxas de suicídio têm-se mostrado significativas. Existem diferentes taxas de suicídios consumados e comportamento suicida entre homens e mulheres.[1] Enquanto as mulheres têm pensamentos suicidas com maior frequência, os homens cometem suicídio com mais frequência.[2] Isso também é conhecido como o paradoxo de género no suicídio.

Globalmente, a morte por suicídio ocorreu cerca de 1,8 vezes mais frequentemente entre homens do que entre mulheres em 2008 e 1,7 vezes em 2015.[3][4][5] No mundo ocidental, os homens morrem por suicídio três a quatro vezes mais do que as mulheres. Essa maior frequência masculina aumenta em pessoas com mais de 65 anos.[6] As tentativas de suicídio são duas a quatro vezes mais frequentes entre as mulheres.[7][8][9] Os pesquisadores atribuíram em parte a diferença entre tentativas e suicídios consumados entre os sexos aos homens que usam meios mais letais para acabar com as suas vidas.[10][11][12] A extensão dos pensamentos suicidas não é clara, mas a pesquisa sugere que os pensamentos suicidas são mais comuns entre as mulheres do que entre os homens, especialmente em menores de 25 anos.[13]

Referências

  1. Udry, J. Richard (novembro de 1994). «The Nature of Gender» (PDF). Demography. 31: 561–573. JSTOR 2061790. PMID 7890091. doi:10.2307/2061790. Cópia arquivada (PDF) em 3 de abril de 2013 
  2. WHO (2002). «Self-directed violence» (PDF). www.who.int 
  3. Värnik, P (março de 2012). «Suicide in the world». International Journal of Environmental Research and Public Health. 9: 760–71. PMC 3367275Acessível livremente. PMID 22690161. doi:10.3390/ijerph9030760 
  4. «Estimates for 2000–2012». WHO. Consultado em 24 de agosto de 2016 
  5. «Age-standardized rates, male:female ratio». WHO. Consultado em 10 de setembro de 2017 
  6. Holzer, Dr Jacob; Kohn, Dr Robert; Ellison, Dr James; Recupero, Dr Patricia (2017). GERIATRIC FORENSIC PSYCHIATRY: Principles and Practice. Oxford University Press. [S.l.: s.n.] ISBN 9780199374663 
  7. Chang, B; Gitlin, D; Patel, R (setembro de 2011). «The depressed patient and suicidal patient in the emergency department: evidence-based management and treatment strategies». Emergency Medicine Practice. 13: 1–23; quiz 23–4. PMID 22164363 
  8. Stern, Theodore A.; Fava, Maurizio; Wilens, Timothy E.; Rosenbaum, Jerrold F. (2015). Massachusetts General Hospital Comprehensive Clinical Psychiatry. Elsevier Health Sciences 2 ed. [S.l.: s.n.] ISBN 9780323328999 
  9. Krug, Etienne G. (2002). World Report on Violence and Health. World Health Organization. [S.l.: s.n.] ISBN 9789241545617 
  10. David Sue, Derald Wing Sue, Stanley Sue, Diane Sue (1 de janeiro de 2012). Understanding abnormal behavior. Wadsworth/Cengage Learning Tenth ed., [student ed.] ed. Belmont, CA: [s.n.] ISBN 978-1-111-83459-3 
  11. Updesh Kumar, Manas K Mandal (2010). Suicidal Behaviour: Assessment of People-At-Risk. Sage Publications India. [S.l.: s.n.] ISBN 978-8132104995 
  12. Lee Ellis, Scott Hershberger, Evelyn Field, Scott Wersinger, Sergio Pellis, David Geary, Craig Palmer, Katherine Hoyenga, Amir Hetsroni, Kazmer Karadi (2013). Sex Differences: Summarizing More than a Century of Scientific Research. Psychology Press. [S.l.: s.n.] ISBN 978-1136874932 
  13. Crosby AE, Han B, Ortega LAG, Parks SE, Gfoerer J. "Suicidal thoughts and behaviors among adults aged ≥18 years-United States, 2008-2009." MMWR Surveillance Summaries 2011;60(no. SS-13).