Diogo Gonçalves de Travassos

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Diogo Gonçalves de Travassos
Diogo Gonçalves de Travassos
Nascimento 1390
Morte 20 de maio de 1449 (59 anos)
Alfarrobeira, Alverca
Nacionalidade Portuguesa
Progenitores Mãe: Catarina Dias de Melo
Pai: Martim Gonçalves de Travassos
Ocupação Cavaleiro Fidalgo, Escrivão da Puridade, Alcaide-mor
Religião Católico

Diogo Gonçalves de Travassos foi um cavaleiro fidalgo português.[1]

Filho de Martim Gonçalves de Travassos, aio da Infanta D. Beatriz, e de Catarina Dias de Mello, casou com D. Violante Velho Cabral, irmã de frei Gonçalo Velho, navegador e 1.º capitão donatário dos ilhas de Santa Maria e São Miguel nos Açores, e filha de Fernão Velho, Cavaleiro da Ordem de Santiago, alcaide-mor e senhor, de juro e herdade, do castelo e terra Veleda e D. Maria Álvares Cabral, filha do Alcaide-mor de Belmonte.[2][3]

Foi escudeiro de El-Rei D. João I e dos Conselhos de El-Rei D. Afonso V, do Infante D. Pedro, e aio e padrinho de seu filho D. Pedro, Condestável de Portugal.[4]

Por concessão de El-Rei D. Duarte de 15 de junho de 1425, foi provedor do morgado e hospital de D. Mor Dias, de Ponte de Leiria. Foi alcaide do Castelo de Outeiro de Miranda até 27 de fevereiro de 1443, altura em que por ordem de El-Rei D. Afonso V o entregou a D. Afonso I, Duque de Bragança.[5] Possuía o morgado de Ceira no termo de Coimbra.[6][7]   

Foi escrivão da puridade do Infante D. Pedro, Duque de Coimbra, enquanto regente, conselheiro,[8] vedor das suas terras e padrinho de seus filhos.[9]

Segundo Gaspar Frutuoso, "era um homem, bem-disposto, gentil-homem, valente e forçoso" e que militara nas guerras de Castela, sendo armado cavaleiro na Conquista de Ceuta pelo Infante D. Pedro, quando o próprio também foi armado cavaleiro,[10] e de quem foi tão amigo na vida como foi companheiro na morte, merecendo a notável honra de ser sepultado junto do glorioso infante no Mosteiro da Batalha.[3][11]

Morreu assim, no dia 20 de maio de 1449, ao lado do seu infante D. Pedro na Batalha de Alfarrobeira.

Referências

  1. Pinheiro Chagas, Manuel (1899). Empreza de Historia de Portugal. [S.l.]: Sociedade Editora 
  2. Cordeiro, António (1717). António Pedrozo Galram, ed. História Insulada das Ilhas a Portugal sujeitas no oceano ocidental. [S.l.: s.n.] 
  3. a b Meira Amaral Bogaciovas, Marcelo. «Os Irmãos Mellos de Itu» (PDF). Marcelo Meira Amaral Bogaciovas 
  4. Paes Leme, Pedro (1872). «Revista trimensal do Instituto Histórico, Geográphico e Etnográphico do Brazil (Rio de Janeiro)». Garneir Livreiro Editor 
  5. Torre do Tombo, Arquivo Nacional. Chanc. Régias, 53 Afonso V, livro 27. [S.l.: s.n.] 
  6. A.N.T.T. Chancelaria de D. Pedro V. livro 34, fol.108;livro 8 de Estremadura, fol.174
  7. Moreno, Humberto Baquero (1979). A Batalha de Alfarrobeira: antecedentes e significado histórico Vol.1. [S.l.]: Universidade de Coimbra. p. 230. Consultado em 15 de Junho de 2018 
  8. «Monumenta Henricina, Volume IV (1431-1434)» 
  9. de Sanches de Baena, Visconde (1873). Arquivo Heráldico e Genealógico. Lisboa: Tipografia Universal. p. 637 
  10. Gouveia Monteiro, João; Martins Costa (2015). 1415 A Conquista de Ceuta - O relato empolgante da última grande vitória de D. João I. Lisboa: Manuscrito. p. 80-81. ISBN 978-989-8818-04-1 
  11. Frutuoso, Gaspar (1926). Saudades da terra, Ilha de São Miguel. [S.l.]: Diário dos Açores