Dionisio Lapa

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Dionisio Lapa
Dr. Dionísio
7.º Prefeito de Maracanaú
Período 1° de janeiro de 1995
a 31 de dezembro de 1996
Antecessor(a) Antônio Correia Viana Filho
Sucessor(a) Júlio César Costa Lima
Deputado estadual do  Ceará
Período 1999
a 2002
Dados pessoais
Nascimento 27 de dezembro de 1952 (71 anos)
Teresina
Alma mater Universidade Federal da Paraíba
Partido PSDB, PTN
Profissão Médico.

Dionisio Broxado Lapa Filho (Teresina, 27 de dezembro de 1952) é um médico e político aposentado brasileiro. Nascido no Piauí, fez carreira política no estado do Ceará sendo deputado estadual e prefeito de Maracanaú. Atuou na área da ginecologia e absteria. Em 2010 foi preso por realizar abortos.

Formação e carreira[editar | editar código-fonte]

Nascido em Tereseina, o piauiense foi estudar medicina em Paraíba. Formou-se pela Universidade Federal da Paraíba em 1976. Veio para Fortaleza se especializar em ginecologia e absteria pela Maternidade Assis Chateaubrian em 1977.[1] Dionísio foi casado com a, também piauiense, Maria Elizabeth Rosado Lapa, conhecida como Dra. Beth, atual vereadora de Maracanaú. Com ela teve 3 filhos e, em 1996, fundou o a Associação Beneficente Médica da Pajuçara, também chamado de Hospital Dr. Dionísio.[2] Em 1983 a 1985 foi o Secretário da Saúde de Maracanaú. Foi eleito como vice de Antônio Viana (Vianinha) em 1993. Assumiu a prefeitura em 1995, quando o seu antecessor renunciou.[3] Filiado ao Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB) concorreu nas eleições de 1998 para deputado estadual. Ganhou com mais de 43 mil votos. Tento reeleição em 2002, porém perdeu a disputa eleitoral daquele ano.[4]

Crimes e casos na Justiça[editar | editar código-fonte]

Dr. Dioniso, em novembro de 2010, foi preso da na Operação Exterminador do Futuro, operação que desarticulava uma rede clandestina de abortos. A operação foi realizada pelo Ministério Público do Ceará com a ajuda da Polícia Civil. Os abortos eram realizados na clínica particular do político no Bairro de Fátima (Fortaleza) e no Associação Beneficente e Médica de Pajuçara (AMBEP). Era cobrado mais de 2 mil reais para o procedimento abortivo. Ao todo, dez mulheres pagaram o procedimento clandestino.[5] A denúncia foi feita pelo Movimento Pró Vida da cidade. Além do ex-prefeito, mais cinco foram presos.[6]

Em 2014, os seis envolvidos na rede clandestina de Aborto foram a júri popular. A juíza Daniela Pontes de Arruda, considera que Dionisio Lapa tenha feito os precedimentos pessoalmente. Em 2017 a justiça manteve a decisão de levar a caso a júri popular.[7]

Referências

  1. Legislatura de 1999. [S.l.]: Assembleia Legislativa do Estado do Ceará. p. 53 
  2. «Dra. Beth, Vereadora». Câmara Municipal de Maracanaú 
  3. «História de Maracanaú». Câmara Municipal de Maracanaú 
  4. «Dr. Dionisio». Poder360. 1998 
  5. «Médico e mais seis foram presos em operação da Polícia». Tribunal de Justiça do Ceará. 11.11.2010 
  6. «Operação prende médico e fecha clínica de Abortos no Ceará». G1 Ceará !publicado= 10.11.2010 
  7. Povo, O. (24 de maio de 2017). «TJCE mantém decisão de levar a júri médico acusado de praticar abortos em clínica». O Povo - Fortaleza. Consultado em 5 de julho de 2020