Discussão:Delirium

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Ver a discussão de delusão. Cralizemsg 20h46min de 4 de Fevereiro de 2008 (UTC)


Precisamos alterar o conteúdo dessa página. Está muito ruim como está. Em 2008 havia uma discussão em mudar o artigo, separando os conceitos de delirium e delírio. Alanvalente 12 dezembro 2010.

O texto seguinte foi movido de: Delírio , coloco aqui no caso de alguém considerar utilizável. 14h03min de 9 de janeiro de 2011 (UTC)

Delírio é uma idéia que o usuário tem que, que a realidade não muda.


   1. Uma convicção subjetivamente irremovível e uma crença absolutamente inabalável;
   2. Impenetrabilidade e incompreensibilidade psicológica para o indivíduo normal, bem como, impossibilidade de sujeitar-se às influências de correções quaisquer, seja através da experiência ou da argumentação lógica e;
   3. Impossibilidade de conteúdo (da realidade) .

A Idéia Delirante, ou Delírio, espelha uma verdadeira mutação na relação eu-mundo e se acompanha de uma mudança nas convicções e na significação da realidade . O delirante encontra-se imerso numa nova realidade de forma à desorganizar a sua própria identidade e se desorganiza pela ruptura entre o sujeito e o objeto, entre o interno e o externo, ou seja, entre o eu e o mundo. Sintomas:

   * distúrbio da atenção (atenção interrompida ou divagante)
         o incapacidade de manter um comportamento ou pensamento intencionais, direcionados a um objetivo
         o incapacidade de concentração
   * pensamento desorganizado, evidenciado por
         o fala incoerente
         o incapacidade de cessar padrões de fala ou comportamento
   * desorientação quanto ao tempo ou espaço
   * alterações na sensação e percepção (aumenta a desorientação)
         o pode precipitar ilusões ou alucinações
   * nível alterado da consciência
   * padrões do sono alterados, sonolência
   * a condição de alerta pode variar, geralmente mais alerta de manhã, menos alerta à noite (veja sonolência)
   * diminuição da memória e recordação recentes
         o incapacidade de recordar eventos depois de iniciado o delírio (amnésia anterógrada)
         o incapacidade de recordar eventos passados (amnésia retrógrada)
   * alterações nas atividades motoras, no movimento (por exemplo, o indivíduo pode estar letárgico ou lento)
   * movimentos ativados pelas alterações no sistema nervoso (inquietação psicomotora)
   * alterações emocionais ou de personalidade
         o ansiedade
         o raiva
         o apatia
         o depressão
         o euforia
         o irritabilidade

Sinais e exames:

O exame neurológico pode revelar anormalidades, incluindo reflexos anormais e níveis anormais de reflexos normais. Os estudos psicológicos e exames de sensação, função cognitiva e função motora podem apresentar resultados anormais.

As lesões específicas, extensão do dano e causa do delírio podem ser indicadas pelos resultados dos exames e procedimentos, incluindo, entre outros:

   * eletrólitos séricos
   * análise bioquímica do sangue (chem-20)
   * cálcio sérico
   * exame de glicose
   * exame de magnésio sérico
   * CPK
   * testes da função hepática
   * níveis de amônia
   * nível do hormônio estimulante da tireóide
   * exames de função tireóidea
   * nível de B12
   * níveis de drogas, álcool (triagem toxicológica)
   * teste de urina I
   * gasometria do sangue
   * EEG, eletroencefalograma
   * tomografia computadorizada da cabeça
   * exame de ressonância magnética da cabeça
   * análise do LCR (líquido cefalorraquidiano)

Tratamento:

O objetivo do tratamento é controlar ou reverter os sintomas, variando de acordo com a condição específica que está causando o delírio. As pessoas devem estar em um ambiente agradável, confortável, que não ofereça qualquer ameaça e fisicamente seguro para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento. Pode ser necessária a hospitalização durante um curto período de tempo.

Deve-se identificar e tratar a causa.

A suspensão ou alteração de medicamentos que piorem a condição de confusão ou que não sejam essenciais para o cuidado das pessoas pode melhorar o funcionamento cognitivo, mesmo antes do tratamento do distúrbio subjacente. Os medicamentos que podem piorar a condição de confusão são os anticolinérgicos, analgésicos, cimetidina, depressores do sistema nervoso central e lidocaína, entre outras.

Os distúrbios que contribuem para a condição de confusão devem ser tratados. Estes podem incluir insuficiência cardíaca, diminuição de oxigênio (hipóxia), níveis excessivos de dióxido de carbono (hipercapnia), distúrbios tireóideos, anemia, distúrbios nutricionais, infecções, insuficiência renal, insuficiência hepática e condições psiquiátricas como a depressão, por exemplo. A correção de distúrbios médicos e psiquiátricos coexistentes geralmente melhora significativamente o funcionamento mental do paciente.

Podem ser necessários medicamentos para controlar comportamentos agressivos ou agitados ou que ofereçam algum perigo, tanto para as próprias pessoas como para outras. Os medicamentos geralmente são administrados em dosagens muito baixas, sendo adaptadas posteriormente de acordo com a necessidade.

Os medicamentos que podem ser administrados são:

   * tiamina
   * antipsicóticos, tomados à noite
   * beta-bloqueadores (se a demência estiver relacionada com lesões do sistema nervoso central)
   * drogas que afetem a serotonina (lítio, trazodona, buspirona e clonazepan)
   * bloqueadores de dopamina (como o haloperidol)
   * fluoxetina, imipramina (podem ajudar a estabilizar o humor)
   * vasodilatadores cerebrais (com relatos de resultados variáveis)
   * as drogas estimulantes podem melhorar o humor

O funcionamento sensorial deve ser avaliado e aumentado de acordo com a necessidade, utilizando aparelhos auditivos, óculos ou cirurgia de catarata.

Pode haver necessidade de tratamento psiquiátrico convencional. Para controlar os comportamentos inaceitáveis ou perigosos, pode ser de valia o estímulo à modificação comportamental por meio de recompensas ou estímulos positivos, ao mesmo tempo em que se ignoram os comportamentos inadequados (dentro dos limites de segurança). Para ajudar a diminuir a desorientação, deve-se reforçar repetidamente a orientação da realidade, do ambiente e outras orientações. Expectativas (prognóstico):

O resultado varia, uma vez que os distúrbios agudos que causam o delírio podem coexistir com distúrbios crônicos que causam a demência. As síndromes cerebrais agudas podem ser reversíveis com o tratamento da causa subjacente. O delírio geralmente dura apenas cerca de uma semana, embora possa levar várias semanas para que a função cognitiva retorne aos níveis normais. A recuperação total é comum. Complicações:

   * perda da capacidade de cuidar de si próprio
   * perda da capacidade de interação
   * pode evoluir e converter-se em estupor ou coma
   * efeitos colaterais de medicamentos utilizados para tratar o distúrbio
   * outras complicações que variam dependendo do distúrbio causador.

Solicitação de assistência médica:

Chame seu médico se ocorrer uma rápida alteração no estado mental. Prevenção:

O tratamento de distúrbios e condições causadores reduzem o risco de delírio.

M. Fátima B. Cruz


Na figura sobre as causas do delírium ocorre confusão entre delírium e delírio. É fundamental tratar esses dois conceitos como coisas completamente diferentes. Sim, é verdade que as vias dopaminérgicas estão associadas ao delírio e à psicose de maneira geral, mas isso não tem nada a ver com as causas do transtorno neurocomportamental chamado delírium.