Discussão:Jargão

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Jargão

Jargão é uma palavra medieval. No século XII foi empregada para descrever o gorjeio dos pássaros que emitiam um som ininteligível, como um gargarejo. Aliás, esta palavra, gargarejo, vem de gargle, jargon, que são derivadas da mesma raiz. É como se significasse tagarelice, lengalenga. Com o passar dos séculos e conseqüentemente com o nome jargão traduzido de uma língua para outra, ela mudou seu significado. Passou a referir-se à linguagem do submundo, um tipo de gíria, linguagem dos pedintes, ladrões e vigaristas de forma a tornar-se incompreensível para o cidadão comum. A linguagem dos ciganos, por exemplo, era chamada de caló, já que cigano e ladrão eram as mesmas coisas. Daí deriva o calão (em português). Conrad Gesner, humanista suíço, discutiu as línguas dos ciganos e dos mendigos como “língua inventada”. Outro exemplo de jargão derivado de um grupo é o furbesco, linguagem dos malandros, que em italiano era chamado de furbi. Na 1ª Guerra Mundial foi feito um estudo sobre a gíria dos soldados e jargão dos estudantes, assim como no século XVIII houve a formalização dos esportes e assim manifestou-se outro jargão. A linguagem das mulheres também foi motivo de crítica. O poeta Francisco Quevedo escreveu uma sátira “Damas que usam jargões” (Las damas jeringonzas), pois elas falavam o espanhol com palavras emprestadas do latim. Molière escreveu uma peça zombando das mulheres francesas que usavam esse artifício. Prostitutas, pedreiros, médicos, carrascos, limpadores de chaminé, freiras, costureiras, todos esses grupos possuem jargões. Assim, aos poucos, o jargão ia se constituindo como um vernáculo. Cada profissão tinha sua maneira de usá-lo de maneira eficiente de modo que os leigos não entendessem. O jargão, como foi estudado, mostra-se rico em metáforas e eufemismos. Até aqui pode-se entender o jargão como uma variedade da linguagem falada pelas subculturas, onde era estudada apenas por curiosos, como Balzac, Charles Dickens e Vitor Hugo. Com o surgimento da Lingüística, os jargões e gírias tomaram um estudo aprofundado. Em 1930, o que os lingüistas chamavam de jargão profissional passou a dar origem ao pidgin e ao crioulo. Com base nesses estudos os lingüistas puderam abranger o conceito de jargão, distanciando-o um pouco da linguagem do submundo. Os séculos XIX e XX testemunharam uma grande proliferação dos jargões. Não se pode delimitar demasiadamente jargões às profissões, afinal, grupos pequenos em comunicação direta são necessários para a formação de línguas particulares. Claro que alguns grupos profissionais produziram mais jargões do que outros. Vê-se claramente a evolução da palavra jargão, uma vez que passou de um som ininteligível de pássaros para uma linguagem própria de um grupo ou de profissionais. Existem três teóricos que enfatizam o conceito de jargão: Niceforo, que diz que exercer diferentes ocupações é, em cada uma delas, falar de maneira diferente; Bernstein, que afirma ser um código restrito; e Marie Roberts, que aplica-o na teoria do segredo, como os maçons, que precisam de uma linguagem secreta por serem uma sociedade secreta.

Concordo...imitar o som dos passaros é um jargão, contudo estão quase afirmando que "o cantar dos passaros" é uma giria que evolui para formar palavras. ...realmente???...não sei no que vai dar com essa proposta de fusão.

A causa do abacaxi[editar código-fonte]

Ele e emcontrado em malhor situasão em são luis do maranão