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Discussão:Microsoft/Arquivo/1

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Transição da Microsoft para sistemas proprietários

Têm-se usado os termos “padrão” e “aberto” para descrever sistemas fechados e proprietários, como o MS Windows em suas diversas encarnações e a arquitetura Intel, em contraste com sistemas realmente padronizados como os diversos Unices e as arquiteturas Sun SPARC e IBM POWER, por exemplo.

Esse erro tem origens históricas relativamente antigas na Informática. Explicar cada detalhe dessa história seria um artigo mais longo, em várias partes; aqui somente delineamos a história do MS Windows e de como a Microsoft deliberadamente se afastou do ideal dos sistemas abertos, assim se colocando na posição de precisar espalhar desinformação sobre os sistemas realmente padronizados, além de semear confusão sobre o próprio conceito de sistemas padronizados ou abertos. Passaremos ao largo da história de como o MS-DOS foi parar na Microsoft e na IBM, o que já dá uma história em si.

MS-DOS originalmente um caminho de migração para sistemas abertos.[editar código-fonte]

O MS-DOS da Microsoft é modo real. Isso significa que é capaz de executar apenas um programa de cada vez. O projeto original previa também uma outra versã multiusuária do MS-DOS, que mixou logo no começo. Isso consta da história do MS-DOS conforme a Introdução à MS-DOS 3.0 Encyclopædia.

Para suprir a lacuna causada pelo abandono do projeto de um MS-DOS multiusuário, ainda nos anos oitenta a Microsoft comprou da AT&T uma licença do Unix, e lançou uma versão para Intel 80286, chamada Xenix. A idéia era migrar todos os usuários de DOS para Xenix. Um dos piores problemas nessa migração era o uso de “/” para designar opções para o COMMAND.COM, o interpretador padrão de linhas de comando do DOS, também conhecido como “Aviso de Comando MS-DOS” ou simplesmente “linha de comando”. Por isso a versão 2.11 do MS-DOS e derivados tinha um parâmetro do arquivo de configuração CONFIG.SYS chamado SWITCHAR que aceitava os valores “/” ou “-”. O “-” era o padrão na 2.11. O plano era que na versão 3.0 o padrão seria “/”, facilitando a migração para Xenix porque não haveria mais problemas com os nomes de caminho do Unix. Isso está documentado no manual ITT XTRA DOS 2.11 Reference — a ITT era uma das empresas que revendia o MS-DOS, no caso sob o nome de XTRA DOS.

O caminho do monopólio I: com a IBM.[editar código-fonte]

Quando a Microsoft percebeu que junto com a IBM tinha poder para dominar o mercado sem precisar da compatibilidade com o padrão POSIX, vendeu o Xenix à SCO e partiu para o desenvolvimento de um DOS modo protegido, num projeto conjunto com a IBM. O plano era lançá-lo como MS-DOS 3.0, o que se provou impossível. Assim, o DOS modo real com acionadores de rede foi lançado com o nome de MS-DOS 3.0 antes reservado ao modo protegido, e este ia ganhar o nome de DOS 4 — por isso houve tanto tempo entre as versões 3 e 4 do DOS. Mas o projeto atrasou e o DR-DOS, um concorrente mais capaz do MS-DOS derivado do CP/M-86, começou a ganhar mercado. Por isso a Microsoft mudou de planos e lançou uma nova versão do DOS modo real como 4.0; chegou a pensar em ainda lançar o DOS protegido como DOS 5, mas decidiram simplesmente mudar o nome para OS/2, combinando com as novas máquinas IBM PS/2.

Ao mesmo tempo criaram o Windows como um ambiente gráfico e de programação para rodar sobre DOS. A idéia era eventualmente vender o DOS protegido como base para o MS-Windows. Mas a IBM achou que o MS Windows era ruim demais e não tinha conserto (no que, a História mostra, ela tinha toda a razão), e forçou a Microsoft a trocar o Windows protegido pelo muito superior Presentation Manager, que é a interface gráfica do OS/2 até hoje.

Até esse momento a Microsoft iria cuidar das versões ímpares do OS/2, e a IBM das pares — algo semelhante ao acerto entre a Intel e a HP sobre o IA-64 (também conhecido como IPF, Merced, Itanium ou McKinley). O 1.0 foi lançado, mas a Microsoft não fez a tarefa de casa dos acionadores de dispositivo de que o OS/2 precisava para poder fazer uso de equipamentos periféricos como impressoras e placas adaptadoras de vídeo. A compatibilidade com aplicações modo real era muito ruim, porque a IBM ia demorar a ter uma máquina 386 e queria que o OS/2 rodasse no 286, que não tinha modo virtual. O resultado é que a “caixa de compatibilidade DOS” do OS/2 ficou conhecida como “caixa de tortura DOS”.

O OS/2 presumia uma configuração parruda de uma máquina de boa qualidade. Para quem tinha IBM, Compaq, Xerox ou outro equipamento de boa qualidade, tudo bem, mas naquela época os clones de IBM PC eram ainda piores que hoje, e aí o OS/2 acabava dando mensagens de erro de montão. Para complicar, essas mensagens de erro eram no formato padrão da IBM, que praticamente não tem informação útil nenhuma para o usuário comum, somente um código que está muito bem explicado numa documentação enorme, cara e que ninguém tinha. Finalmente, o OS/2 custava cerca de US$ 500,00, contra cerca de US$ 200,00 da combinação MS-DOS (ou DR-DOS) e MS Windows — um preço subsidiado pelo monopólio da Microsoft, o qual ela já cuidou de aumentar com o advento do MS Windows NT.

O caminho do monopólio II: sem a IBM.[editar código-fonte]

O resultado é que a adoção do OS/2 não aconteceu nas versões 1.X. Antes de chegar à versão 2.0, a Microsoft percebeu que não precisava mais da IBM porque o MS-DOS já tinha um domínio muito grande do mercado. Então rompeu o acordo com a IBM, que previa também que o Windows ia ter uma versão modo protegido mas não modo virtual, enquanto o OS/2 2.0 ia rodar no 386 com modo virtual, facilitando a migração de aplicações DOS.

Assim a Microsoft lançou seu Windows 3.1, que rodava aplicações DOS em modo virtual, portanto melhor que o OS/2 1.3. A IBM ainda lançou o OS/2 2.0, inclusive com uma interface melhorada, a WorkPlace Shell (WPS), mas precisando de um 386 com 8 MiB de memória e 70+ MiB de disco. Isso era considerado muito, a WPS era muito diferente do que as pessoas esperavam, a configuração inicial era muito pobre e feia, e ainda não havia muitos acionadores de dispositivo, especialmente impressoras. Em contraposição o MS Windows 3.1 modo virtual exigia apenas 4 MiB, o modo protegido 2 MiB e o modo real (pouco usado), 1 MiB. Tinha muitos acionadores, uma interface familiar (semelhante à interface do Windows 2 e OS/2 1), e a Microsoft logo cancelou o MS Word e o MS Excel para o OS/2, se dedicando às versões para Windows 3.1.

Por essa época a Microsoft já desenvolvia o OS/2 3.0, apelidado de OS/2 NT, que rodava em cima do micronúcleo Mach (ou algum sistema similar nele inspirado ou dele derivado — é difícil determinar o que de fato aconteceu nas primeiras versões). O que fez foi substituir a API e o Presentation Manager do OS/2 por uma interface baseada no seu antigo MS Windows 3.1, e lançar o resultado com Windows NT. Dado o fracasso do OS/2 e, naquela época, do PowerPC (que deveria tornar o OS/2 ainda mais interessante) no mercado de massa, e à preocupação com outros assuntos, a IBM acabou desistindo do OS/2 NT e a versão 3.0 (Warp) acabou sendo simplesmente uma otimização da 2.3 — até algumas telas diziam 2.3 em vez de 3.0 Warp.

Por que nunca ouvimos falar disso antes?[editar código-fonte]

Com o fim da popularidade de sistemas (realmente) abertos e a consolidação do domínio da Microsoft, ela deixou de falar que o MS Windows NT era baseado em micronúcleo ou orientado a objeto, cancelou as versões RISC e as personalidades OS/2 e POSIX, e só lançou a versão multiusuário porque a Citrix fez sucesso com seu WinFrame (atual combinação de MS Windows Terminal Server com Citrix MetaFrame).

Modo real[editar código-fonte]

Cada programa enxerga os endereços “reais”, ou seja físicos, da memória. Assim, o DOS não é capaz de limitar o quanto cada programa usa de memória, nem evitar que um programa tente usar a memória já em uso por outro programa.

Derivados do MS-DOS[editar código-fonte]

Ou versões OEM, do MS-DOS eram cópias entregues por fabricantes de computadores pessoais junto com os equipamentos sob outros nomes, como Compaq DOS ou ITT XTRA DOS por exemplo.


Modo virtual[editar código-fonte]

É a capacidade de um sistema de “virtualizar” outro, ou seja, “fingir” para outro sistema operacional que ele está rodando em uma máquina própria quando na verdade ele aparece como mais um programa. Assim, o MS Windows 95 “virtualiza” o MS-DOS, para poder rodar o próprio MS-DOS como se fosse um programa comum e portanto os programas MS-DOS; o MS Windows NT e sucessores (2000, XP) virtualiza o MS Windows 3.0 (16 bits), e assim por diante.

Referências[editar código-fonte]

  • MOHR, Jim, Supporting Windows NT & 2000 Workstation & Server, Chapter 1 — Windows NT Basics, Dezembro de 1.999, Prentice Hall, ISBN 0130830682, Microsoft Technet.
  • DUNCAN, Ray, Editor. Janeiro de 1.988, Microsoft Press, Redmond, WA, EUA. Com prefácio de William Gates III. ISBN 1556151748.
  • HETTIHEWA, Sanjaya, Windows NT 4 Web Development, 1.995, SAMS Publishing.

ISBN 1-57521-089-4

  • UDELL, Jon, The Great OS Debate, Byte Magazine, janeiro de 1.994

Leandro Guimarães Faria Corcete DUTRA, abril de 2.001 a outubro de 2.003. Contribuído pelo [REMOVIDO POR WP:SPAM] à Wikipedia. Feito com a colaboração dos membros da lista de discussões de usuários lusófonos de Debian.

Que vergonha![editar código-fonte]

Notei neste artigo a grande comodidade da parte dos Wikipedistas da língua portuguesa. Os dados sobre a Microsoft que estavam na predefinição Info Empresa, estavam em sua maioria bastante incorretos e desatualizados. Se não sabe, não digite. Semelhante no artigo sobre a American Express, antes, lá estava informando que a sede dela é em São Paulo, quando na verdade São Paulo é uns de seus locais no mundo (veja: Edição feita às 23h31min de 20 de Março de 2008 por Affleck). Desculpe a franquesa, mas isto está passando dos limites nessa Wikipédia. Afinal, será que é tão difícil seguir os padrões do Livro de estilo?
--Vin 2 (discussão) 23h25min de 23 de Março de 2008 (UTC)


Maior empresa de software[editar código-fonte]

A IBM é maior do que a Microsoft com relação a Faturamento, o que geralmente mede a capacidade da empresa de produção. IBM Faturamento Imagem:green up.png 98.8 bilhões USD (2007) Nº empregados 355,766 (2006)