Discussão:Shivá

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As origens da shivá

Estabelecer um tempo para a expressão da dor está indicado na Torá e é mencionado, de forma recorrente, em suas primeiras narrativas históricas. O Sumo sacerdote, Aharon, é golpeado pela morte súbita de seus dois filhos no auge de suas carreiras. Quando Moshê pergunta por que a oferenda de sacrifício não fora comida no dia da morte deles, Aharon responde: "Coisas assim caíram sobre mim, e se eu tivesse comido a oferenda, isso teria sido agradável aos olhos do Eterno?" (Vayicrá 10:20). A explicação de Aharon é que o tempo de luto não é uma ocasião para festejar perante Hashem; é, especificamente, para expressar a dor.

Assim também, Amos refere-se a um período especial para o luto. Eles profetiza as conseqüências desastrosas da injustiça e imoralidade, e declara: "E eu transformarei seus festins em luto, e todas as suas canções em lamentos; e trarei sacos de estopa sobre todas as cinturas, e calvície sobre todas as cabeças; e farei isso como se fosse o luto pelo único filho; e o fim será um dia amargo" (Amos 8:10). O dia de chorar é yom mar: "um dia amargo".

Os Sábios escreveram que esta era a prática nos tempos antigos, ainda antes da Revelação no Monte Sinai, prantear intensamente, não apenas por um dia, mas por uma semana – shivá. Assim, Yossef foi um enlutado durante sete dias após o falecimento do seu pai, o Patriarca Yaacov.

Após a Revelação, Moshê estabeleceu os sete dias de luto por decreto especial, declarando-o como doutrina formal, que até então tinha sido praticado apenas como costume. Ele fez valer, garantiram os Sábios, os sete dias de luto assim como fez valer os sete dias bíblicos de júbilo das Grandes Festas. A conexão entre os dois opostos é sugerida no versículo de Amos, acima citado: "E eu transformarei seus festins em luto." Assim como as festas eram observadas por sete dias, também o luto deveria durar uma semana.

Assim, desde os primeiros momentos da História Judaica, o povo judeu tem cumprido shivá pelos parentes falecidos como "dias de amargura". O ocasional desrespeito a shivá em algumas partes da comunidade judaica, ou a decisão informal, sem autorização rabínica, de observar um número arbitrário de dias de luto para convir às necessidades da pessoa, ou para coincidir com um fim de semana constituem, na verdade, um nocivo desrespeito a gerações de sagrada memória.