Ethnic Cleansing

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Ethnic Cleansing
Desenvolvedora(s) National Alliance
Publicadora(s) Resistance Records
Designer(s) D. Bryan Ringer
Motor Genesis 3D
Plataforma(s) Windows
Lançamento 21 de Janeiro de 2002
Gênero(s) Tiro em primeira pessoa
Modos de jogo Single-Player

Ethnic Cleansing é um jogo de tiro em primeira pessoa para computadores Microsoft Windows , criado pela organização norte-americana nacionalista branca National Alliance (e publicado por sua gravadora Resistance Records) em 21 de janeiro de 2002.[1]

O jogo retrata o início de uma "Guerra Racial" onde sua pele é seu uniforme, baseando-se em teorias da conspiração o jogo o coloca para salvar a raça branca de uma conspiração de judeus e negros que estão atacando e estuprando pessoas brancas.[2]

Ethnic Cleansing seria o primeiro de uma longa linha de jogos nacionalistas brancos(neonazistas) a serem lançados pela Resistance Records, porém somente uma continuação foi feita, White Law.[3]

Jogabilidade[editar | editar código-fonte]

O jogador pode escolher entre três personagens jogáveis: Will, o protagonista do jogo que aparece na capa, menu e demais mídias do jogo além de um Skinhead e um Klansman. O jogador também pode escolher que tipo de trilha sonora irá tocar durante sua gameplay que incluí diferentes estilos de músicas, principalmente músicas racistas desde o tradicional estilo de música skinhead Oi até o estilo de música Country(onde são tocadas faixas do cantor e compositor racista americano Johnny Rebel).[4] Podendo alternar entre primeira e terceira pessoa o jogador tem acesso a apenas uma metralhadora e combate inimigos negros, judeus e latinos, todos representados com estereótipos racistas. Os inimigos negros emitem sons de macacos ao serem atingidos(lembrando que na capa do jogo é dito que as vozes dos negros foram capturadas em locais com negros reais.) enquanto inimigos judeus gritam "Oy Vey" ao serem mortos.[5]

Polêmica[editar | editar código-fonte]

Embora tenha recebido pouca ou nenhuma atenção da grande mídia, o jogo foi imediatamente controverso entre os americanos de ambos os lados do espectro político. A Liga Anti-Difamação , uma organização antirracista que cobre especialmente o antissemitismo , divulgou a existência do jogo e, sem sucesso, pressionou os desenvolvedores do Genesis3D a alterar suas condições de licenciamento para proibir o uso do mecanismo para desenvolver jogos racistas. Eles pressionaram a Interactive Digital Software Association para encorajar seus membros a adotar tais políticas.[6]

A recepção do jogo pelos críticos foi extremamente negativa. Em janeiro de 2003, Stuff nomeou Ethnic Cleansing o 40º videogame mais controverso de todos os tempos. A equipe opinou que apenas "crianças muito estúpidas" seriam suscetíveis à sua mensagem e que faria os jogadores se sentirem como "idiotas de mente pequena".[7] Complex[8]  e UGO o classificaram como o videogame mais racista da história. O escritor da equipe da UGO , K. Thor Jensen, o chamou de "profundamente estúpido".[9]

William Luther Pierce, líder da National Alliance, estimou que "algumas milhares" de cópias do jogo foram vendidas dentro de um mês de seu lançamento e que 90% dos consumidores eram adolescentes brancos.[10]

Atualmente, o jogo está proibido de ser transmitido no serviço de transmissão ao vivo Twitch.[11]

Jogos similares[editar | editar código-fonte]

  • Um outro jogo foi criado pela National Alliance e distribuído pela Resistence Records, cujo nome é White Law (Lei Branca). Foi lançado em 2003 para PC.
  • Outro jogo racista feito por Jim Ramm e distribuído pela National Socialist Movement se chama Zogs' Nightmare. Ele foi lançado em 2006, utilizando a engine FPS Creator, o jogo teve mais duas sequências lançadas respectivamente em 2007 e 2013.[12]
  • Alguns dos mais recentes jogos inspirados por Ethnic Cleansing foram Angry Goy e Angry Goy 2 lançados respectivamente em 2017 e 2018, desenvolvidos pela Wheel Maker Studios e distribuídos gratuitamente na internet.[13]
  • Wikipédia:Ethnic Cleansing(english).

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Ethnic Cleansing (video game) - Wikipedia @ WordDisk». WordDisk. Consultado em 31 de março de 2022 
  2. «R E S I S T A N C E   R E C O R D S NEWS». web.archive.org. 9 de dezembro de 2004. Consultado em 31 de março de 2022 
  3. «RESISTANCE». web.archive.org. 21 de fevereiro de 2005. Consultado em 31 de março de 2022 
  4. «3: Ethnic Cleansing». Dave and Isaac (em inglês). Consultado em 31 de março de 2022 
  5. «White Supremacist Games or Just More of the Same?, PopMatters». PopMatters (em inglês). 26 de fevereiro de 2004. Consultado em 31 de março de 2022 
  6. (PDF). [S.l.: s.n.] https://www.adl.org/sites/default/files/documents/assets/pdf/combating-hate/Racist-groups-use-computer-gaming.pdf  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  7. «50 Most Controversial Games Ever (Stuff Magazine 200X) | PDF». Scribd. Consultado em 31 de março de 2022 
  8. «The 10 Most Racist Video Games». Complex (em inglês). Consultado em 31 de março de 2022 
  9. «Ethnic Cleansing - The 11 Most Racist Video Games - UGO.com». web.archive.org. 28 de janeiro de 2012. Consultado em 31 de março de 2022 
  10. Scheeres, Julia. «Games Elevate Hate to Next Level». Wired (em inglês). ISSN 1059-1028. Consultado em 31 de março de 2022 
  11. «Customer Support». help.twitch.tv. Consultado em 31 de março de 2022 
  12. «ZOG's Nightmare». Crappy Games Wiki (em inglês). 28 de março de 2022. Consultado em 31 de março de 2022 
  13. «Angry Goy: The Ethnic Cleansing Video Game». Crappy Games Wiki (em inglês). 2 de março de 2022. Consultado em 31 de março de 2022 
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