Francisco Jeronymo Salles Lara
Francisco Jeronymo Salles Lara | |
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Conhecido(a) por | pioneiro bioquímico brasileiro |
Nascimento | 22 de junho de 1925 São José dos Campos, SP, Brasil |
Morte | 7 de setembro de 2004 (79 anos) São Paulo, SP, Brasil |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater |
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Prêmios | Grande oficial da Ordem Nacional do Mérito Científico |
Orientador(es)(as) | Cornelis Bernardus van Niel |
Instituições | Universidade de São Paulo |
Campo(s) | Bioquímica |
Tese | Studies on the oxidation of pyrimidines by bacteria (1952) |
Francisco Jeronymo Salles Lara (São José dos Campos, 22 de junho de 1925 – São Paulo, 7 de setembro de 2004) foi um bioquímico, pesquisador e professor universitário brasileiro.
Grande oficial da Ordem Nacional do Mérito Científico e membro titular da Academia Brasileira de Ciências[1], Francisco foi professor da Universidade de São Paulo e um dos mais importantes bioquímicos do Brasil.[2]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Francisco nasceu em São José dos Campos, em 1925. Ingressou no curso de biologia pela antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), formando-se em 1944 como bacharel e obtendo a licenciatura em 1945. Embarcou para os Estados Unidos em 1949 para seu doutorado na Universidade Stanford, onde foi orientado por Cornelis Bernardus van Niel, renomado cientista norte-americano responsável pela demonstração da fotossíntese como processo metabólico de fotólise.[1][2]
De volta ao Brasil, ingressou como pesquisador independente no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da então Universidade do Brasil (hoje a Universidade Federal do Rio de Janeiro), dirigido pelo por Carlos Chagas Filho. Saiu do Rio de Janeiro e foi para Ribeirão Preto, para a recém-instalada Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), em 1951. Por último, foi para a capital paulista, como professor-colaborador junto ao Departamento de Botânica da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras a fim de ministrar Bioquímica aos alunos de Biologia.[1][3]
Foi como professor de bioquímica na USP que Francisco começou a estudar pufes de DNA que ocorrem nos cromossomos politênicos de Rhynchosciara americana, uma espécie de mosca. Francisco também foi responsável pela organização da pós-graduação em bioquímica da USP, além de ter sido promovido a professor titular de biologia molecular.[1][2]
Francisco usou o estudo dos pufes de DNA para formar seus estudantes na nova disciplina e introduziu suas técnicas e modo de ataque a problemas científicos no Brasil. Formou cerca de dezenove doutores e sete mestres, tendo publicado 60 artigos originais em revistas de renome internacional. O principal feito de seu laboratório consistiu em descobrir, na década de 70 que os pufes de DNA são responsáveis pela formação de ácidos mensageiros, o que norteou as pesquisas no campo desde então.[1][2]
Além de professor e pesquisador, Francisco trabalhou no desenvolvimento e aperfeiçoamento dos órgãos nacionais de pesquisa, como membro-titular da Academia Brasileira de Ciências e como Membro-fundador da Academia de Ciências do Estado de São Paulo. Foi secretário executivo e presidente da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq), e membro da comissão organizadora do programa de Bioquímica da FAPESP.[1][2]
É pai da historiadora Silvia Hunold Lara, professora na Unicamp e referência na discussão sobre a escravidão.
Morte[editar | editar código-fonte]
Francisco morreu em 7 de setembro de 2004, na capital paulista, aos 79 anos, por complicações após um infarto. Sua missa de 7º dia se deu e 13 de dezembro, na Igreja São José, no Jardim Europa, em São Paulo.[4]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ a b c d e f «Francisco Jeronymo Salles Lara». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 23 de março de 2021
- ↑ a b c d e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (ed.). «Francisco Jeronymo Salles Lara». Laboratório de Biologia Molecular e Genômica. Consultado em 23 de março de 2021
- ↑ «Fundadores e Pioneiros». Instituto de Química da Universidade de São Paulo. Consultado em 23 de março de 2021
- ↑ «Mortes». Folha de São Paulo. Consultado em 23 de março de 2021