Francisco Maximiliano de Sousa

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Francisco Maximiliano de Sousa (Lisboa 1775-1835) foi um politico e militar português.

Foi Secretario de Estado da Marinha (Regência 1821), filho do Sargento-Mor de Cavalaria Carlos António Ferreira Monte, e sua mulher D. Maria Rosa de Sousa Vieira.

Sexto, de treze irmãos, entre os quais, do Marechal de Campo, Domingos Bernardino Ferreira de Sousa, do Tenente-General e Diretor da Academia de Belas Artes de Lisboa, João José Ferreira de Sousa, e do Tenente-General e 1º Barão de Pernes, Pedro Paulo Ferreira de Sousa.

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Formulário de passaporte para as embarcações portuguesas que se destinam ao tráfico lícito de escravos (1821).

Casou com D. Ana José de Mesquita Espinosa, filha de Manuel de Mesquita Espinosa.

Teve dois filhos:

  1. Carlos Maximiliano de Sousa, que casou com D. Teresa Delfina de Sampaio Melo e Castro
  2. D. Mariana Adelaide de Sousa, que casou com o General de Divisão e Comandante do Estado Maior, António Francisco de Melo Breyner

Carreira militar[editar | editar código-fonte]

Guarda-Marinha (24.12.1789), Sub-Brigadeiro (28.09.1791). Brigadeiro (12.06.1792). Chefe de Brigada (24.01.1793). 2º Tenente (06.02.1793). 1º Tenente (10.09.1795). Capitão-Tenente (20.10.1796).Capitão-de-fragata (17.12.1806).

Comandante do Bergantim Voador, no qual transportou, o Príncipe Regente e mais Família Real, ao Brasil (29.11.1807).

Capitão-de-mar-e-guerra (08.03.1808). Em 1816, como Capitão-de-mar-e-guerra, elabora uma importante "Memória", para o então Secretário de Estado dos Negócios do Reino, o 1º Conde da Barca, "Memória sobre a dificuldade de fazer guerra em país cortado de rios e canais como no Rio da Prata", no qual, Francisco Maximiliano de Sousa, apresenta algumas sugestões acerca da melhor forma da Divisão de Voluntários Reais actuar no teatro do Rio da Prata, “em hum pais cortado de rios”, sem o auxílio da marinha e um tipo específico de embarcação para o efeito. Para além do interesse técnico e táctico que o texto suscita sobre o momento histórico de 1816 e a iminente campanha portuguesa sobre a Banda Oriental, Francisco Maximiliano de Sousa refere também expressamente uma apresentação que o almirante Sidney Smith (1764-1840) fez no Rio de Janeiro em 1809 e num exercício que decorreu a 5 de Junho de 1809 na baía de Botafogo, com a presença do príncipe regente D. João, demonstrando o uso e benefício das embarcações sugeridas.[1]

Chefe de Divisão Graduado (15.11.1817).

Chefe de Divisão Efetivo da Armada Real (13.05.1819).

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Secretario de Estado da Marinha, na Regência de 1821.[2]

Intendente da Marinha do Porto e Beira Mar das Províncias do Norte em 1826.

Distinções[editar | editar código-fonte]

Cavaleiro das Ordens de S. Bento de Avis,

Cavaleiro da Ordem da Torre e Espada

Cavaleiro da Ordem de Leopoldo (Alemanha)

Coroa de Ferro na Alemanha.[3]

Referências

  1. Arquivo Distrital de Braga
  2. Maltez, José Adelino. «Regência do reino nomeada pelas Cortes (1821)»
  3. Silva Canedo, Fernando de Castro. "A descendencia portuguesa de El-Rei D.João II"