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Haematera pyrame

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaHaematera pyrame
H. pyrame, vista superior, fotografada em Pindamonhangaba (SP).
H. pyrame, vista superior, fotografada em Pindamonhangaba (SP).
H. pyrame, vista inferior, fotografada em Pindamonhangaba (SP).
H. pyrame, vista inferior, fotografada em Pindamonhangaba (SP).
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Nymphalidae
Subfamília: Biblidinae[1]
Género: Haematera
Doubleday, [1849][1]
Espécie: H. pyrame
Nome binomial
Haematera pyrame
(Hübner, [1819])[1]
Ilustração de H. pyrame feita por Dru Drury no ano de 1782.
Sinónimos
Papilio pyramus Fabricius, 1781
Callidula pyrame Hübner, [1819]
Callidula pyramus
Haematera pyramus[1]
Wikispecies
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O Wikispecies tem informações sobre: Haematera pyrame

Haematera pyrame (denominada popularmente, em inglês, Rose Beauty)[2] é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae, subfamília Biblidinae[1] e tribo Callicorini,[3] encontrada da Nicarágua até a Argentina e Peru. Foi classificada por Jakob Hübner em 1819, com a denominação de Callidula pyrame e com o seu tipo nomenclatural tendo sido coletado em Caiena (Guiana Francesa). É a única espécie do seu gênero (táxon monotípico). Anteriormente o entomólogo Johan Christian Fabricius a havia denominado Papilio pyramus, no ano de 1781,[1] porém tal denominação já havia sido dada por Pieter Cramer, em 1779, para denominar uma espécie de Hesperiidae.[4]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Indivíduos desta espécie, vistos por cima, possuem as asas de contornos levemente ondulados e pouca variação em sua coloração, atingindo até 2 centímetros de envergadura e apresentando tons de coloração em preto, nas extremidades das asas anteriores, com uma faixa em vermelho no centro, estendendo-se para o meio das asas posteriores, cujas partes restantes são de um roxo azulado que varia de acordo com a incidência de luz. Vistos por baixo apresentam uma padronagem que se disfarça com a areia do solo, oferecendo-lhes uma eficiente camuflagem.[5] Em exemplares de ambos os sexos, na Colômbia e Venezuela, a cor avermelhada é substituída por uma tonalidade em laranja. Existe pouco dimorfismo sexual, com as fêmeas apenas apresentando suas asas traseiras inteiramente castanhas.[2][6]

Hábitos[editar | editar código-fonte]

Segundo Adrian Hoskins, ela pode ser encontrada em ambientes antrópicos ou em florestas de altitudes que vão de 200 até 1 200 metros. Machos são vistos absorvendo a umidade mineralizada do solo, em praias de rios, estradas de terra e trilhas em florestas. Eles frequentemente são vistos solitariamente, mas, em alguns anos, há grandes explosões populacionais. Nestas ocasiões, grandes agregações podem ser encontradas, sendo muito ativas com a luz e o calor do sol; flutuando constantemente de um ponto a outro ou estabelecendo-se para alimentação.[2][7] Também se alimentam de frutos em fermentação. No Brasil, esta espécie pode ser encontrada em ambiente de cerrado, junto com outros Callicorini.[3]

Lagarta, crisálida e planta-alimento[editar | editar código-fonte]

Suas lagartas, quando desenvolvidas, são de coloração verde, com pequenas verrugas brancas na superfície, apresentando um par de projeções ramificadas em sua cabeça. A crisálida, verde no início, adquire a coloração das asas do adulto, próximo ao período de eclosão. Foram encontradas se alimentando de plantas de Serjania, no Brasil central,[8] e de Urvillea ulmacea (gênero Urvillea), na região norte da América do Sul (Colômbia e Venezuela).[1]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

H. pyrame possui três subespécies[1] (Adrian Hoskins cita seis subespécies reconhecidas):[2]

  • Haematera pyrame pyrame - Descrita por Hübner em 1819, de exemplar proveniente da Guiana Francesa; também ocorre no Brasil e Argentina.
  • Haematera pyrame thysbe - Descrita por Doubleday em 1849, de exemplares provenientes da Venezuela e Colômbia.
  • Haematera pyrame rubra - Descrita por Kaye em 1904, de exemplar proveniente de Trinidad.

Referências

  1. a b c d e f g h Savela, Markku. «Haematera» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 11 de setembro de 2017 
  2. a b c d Hoskins, Adrian. «Rose Beauty - Haematera pyrame (Hübner, 1819)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 11 de setembro de 2017 
  3. a b Santos, Jessie Pereira dos; Freitas, André Victor Lucci; Constantino, Pedro de Araujo Lima; Prado, Marcio Uehara. «Guia de identificação de tribos de borboletas frugívoras - Cerrado» (PDF). Icmbio.gov.br. 1 páginas. Consultado em 11 de setembro de 2017 
  4. Brower, Andrew V. Z. (2 de junho de 2011). «Haematera Doubleday 1849» (em inglês). Tree of Life Web Project. 1 páginas. Consultado em 11 de setembro de 2017 
  5. Durán, Gustavo Fernando (25 de abril de 2015). «Haematera pyrame» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 11 de setembro de 2017 
  6. Wade, Dan (2011). «Haematera pyrame» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 11 de setembro de 2017. COLOMBIA: Minca, 13-VII-2008 
  7. Garwood, Kim (14 de fevereiro de 2015). «Haematera pyrame» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 11 de setembro de 2017. BR Itatiaia 
  8. «Ciclo de borboleta Haematera em Minas Gerais». Insetologia - Identificação de insetos. 14 de fevereiro de 2016. 1 páginas. Consultado em 11 de setembro de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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