Intoxicação por proteínas
O envenenamento por proteínas (também conhecido coloquialmente como fome de coelho, mal de caribu ou fome de gordura) é uma forma aguda de desnutrição causada por uma dieta deficiente em gordura e carboidratos, onde quase todas as calorias consumidas vêm da proteína da carne magra.[1][2] O conceito é discutido no contexto de investigações paleoantropológicas sobre a dieta de humanos antigos, especialmente durante o último máximo glacial e em altas latitudes.[3][4]
O termo fome de coelho se origina do fato de que a carne de coelho é muito magra, com quase todo o seu conteúdo calórico de proteína e não de gordura, e, portanto, um alimento que, se consumido exclusivamente, causaria intoxicação por proteínas.[4] Animais em ambientes hostis e frios também se tornam magros.[3]
Os sintomas relatados incluem náusea e fadiga iniciais, seguidas de diarreia e, finalmente, morte.[4]
Referências
- ↑ Cordain, L.; Miller, J. B.; Eaton, S. B.; Mann, N.; Holt, S. H.; Speth, J. D. (março de 2000). «Plant-animal subsistence ratios and macronutrient energy estimations in worldwide hunter-gatherer diets». The American Journal of Clinical Nutrition. 71 (3): 682–692. ISSN 0002-9165. PMID 10702160. doi:10.1093/ajcn/71.3.682
- ↑ Hosfield, Rob (2 de outubro de 2016). «Walking in a Winter Wonderland? Strategies for Early and Middle Pleistocene Survival in Midlatitude Europe». Current Anthropology. 57 (5): 653–682. ISSN 0011-3204. doi:10.1086/688579
- ↑ a b Hardy, Bruce L. (1 de março de 2010). «Climatic variability and plant food distribution in Pleistocene Europe: Implications for Neanderthal diet and subsistence». Quaternary Science Reviews (em inglês). 29 (5): 662–679. Bibcode:2010QSRv...29..662H. ISSN 0277-3791. doi:10.1016/j.quascirev.2009.11.016. Consultado em 9 de janeiro de 2021. Cópia arquivada em 13 de janeiro de 2022
- ↑ a b c Fiorenza, Luca; Benazzi, Stefano; Henry, Amanda G.; Salazar‐García, Domingo C.; Blasco, Ruth; Picin, Andrea; Wroe, Stephen; Kullmer, Ottmar (2015). «To meat or not to meat? New perspectives on Neanderthal ecology». American Journal of Physical Anthropology (em inglês). 156 (S59): 43–71. ISSN 1096-8644. PMID 25407444. doi:10.1002/ajpa.22659. hdl:10550/42057. Consultado em 9 de janeiro de 2021. Cópia arquivada em 10 de novembro de 2021
