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Isabel Fernandes

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Isabel Fernandes
Conhecido(a) por Formar um grupo de combatentes no Segundo Cerco de Diu
Nascimento Século XVI
Morte Século XVI
Nacionalidade Portugal Portugal
Ocupação Combatente

Isabel Fernandes (século XVI), também conhecida como a Velha de Diu, foi uma combatente portuguesa no segundo cerco de Diu (1546).

Biografia[editar | editar código-fonte]

Isabel Fernandes, junto com Isabel Madeira, Catarina Lopes, Garcia Rodrigues e Isabel Dias, lutou na frente de batalha contra os turcos, no segundo cerco de Diu. Numa carta enviada em 1559 a Catarina de Áustria, rainha de Portugal, declara que o seu filho Afonso Fernandes era "o derradeiro que me ficou de dezoito que tinha, que todos se gastaram em serviço de Deus e de Vossa Alteza nestas partes".[1]

Este feito encontra-se registado nas Décadas de Diogo de Couto, e numa revista de 1842 foi assim descrito:

Do primeiro cerco de Diu, passemos ao segundo. Este (que sustentou com valor digno da sua pessoa o famoso e esclarecido Capitão D. João Mascarenhas, no tempo do memoravel D. João de Castro, um dos maiores homens, que com grande credito seu, e igual gloria de Portugal, governou os Estados da India) foi certamente pelas circumstancias que se lhe juntárão muito mais formidavel que o primeiro. Por este motivo se formou uma grande Companhia de mulheres, para que unido um e outro esforço, masculino e feminino, pudesse mais fortemente resistir á furia dos inimigos. Entre aquellas ficárão em memoria os nomes de Garcia Rodrigues, Isabel Dias, Catharina Lopes, e Isabel Fernandes, governando a todas como Capitão Isabel Madeira. Estas, de tal sorte se houverão neste memoravel cerco, que não só acodião aos reparos dos muros e baluartes, senão que, ajudando aos mesmos Soldados, a ellas se deveo o não ser rendida aquella Fortaleza.[2]

Referências

  1. Corte Real, Jerónimo (1546). "SUCESSO DO SEGUNDO CERCO DE DIU ESTANDO D. JOÃO MASCARENHAS POR CAPITÃO E GOVERNADOR DA FORTALEZA". PT/TT/CCDV/31. [S.l.]: Torre do Tombo 
  2. «Heroínas Portuguesas». Imprensa Nacional. O Recreio (jornal das famílias). 8: 2. 1842