José Costa Leite

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José Costa Leite
Nascimento 27 de julho de 1927
Sapé
Morte 24 de agosto de 2021
Condado
Cidadania Brasil
Ocupação gravurista, poeta, cordelista

José Costa Leite (Sapé, 27 de julho de 1927Condado, 24 de agosto de 2021) foi um cordelista, xilogravurista e autor de almanaque popular brasileiro. Viveu grande parte de sua vida na cidade de Condado, Zona da Mata Norte de Pernambuco.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Iniciou-se na arte da literatura de cordel e da gravura aos 20 anos, vendendo, declamando e escrevendo folheto de feira. O primeiro almanaque foi feito em 1959, exibido no ano de 1960, e chamava-se Calendário Brasileiro. As primeiras xilogravuras são de 1949, ilustravam os folhetos de sua autoria, O rapaz que virou bode e a Peleja de Costa Leite e a poetisa baiana.[3]

Artista completo, Costa Leite extrapolou o mundo da escrita, exercitando sua criatividade em outras áreas: era ele quem desenhava, talhava na madeira e ilustrava as capas dos próprios folhetos. Aventura e discussão, por exemplo, foram alguns dos temas preferidos do artista popular.[4]

Criou pelejas fictícias com importantes personagens do mundo da cantoria de viola, como Preto Limão, Severino Borges Silva, Patativa do Assaré, Ivanildo Vila Nova. Além de José Costa Leite, assina como “H. Renato”, “João Parafuso”, “Seu Mané do Talo Dentro”, “Nabo Seco” nos folhetos de “safadeza”, cheios de picardia e duplo sentido, como A mulher da coisa grande, A pulga na camisola, dentre outros.[5]

Dono de uma técnica muito pessoal, Costa Leite já expôs sua obra nos Estados Unidos, França e Chile, além de vários estados brasileiros. Contava com um acervo de mais de 500 títulos, além de manuscritos inéditos.[5] Foi considerado Patrimônio Vivo de Pernambuco de 2006 até 2021, data de sua morte.

Referências

  1. GASPAR, Lúcia. José Costa Leite. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: 29 out. 2012.
  2. «Pernambuco perde José Costa Leite, Patrimônio Vivo do Estado, aos 94 anos». Diario de Pernambuco. Consultado em 18 de dezembro de 2022 
  3. Amorim, Maria Alice (2010). Patrimônios Vivos de Pernambuco. Recife: FUNDARPE 
  4. Amorim, Maria Alice. «Interpoética». Consultado em 29 de outubro de 2012. Arquivado do original em 12 de março de 2012 
  5. a b Bezerra, C.P.A. et al. Mostra Patrimônios Vivos de Pernambuco. Recife: FUNDARPE, 2010.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]