Margarida de Ávila

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Margarida de Ávila
Nome completo Margarida de Ávila Pereira Machado
Nascimento 3 de maio de 1930
São Pedro do Estoril, Cascais, Portugal
Morte 3 de abril de 2009 (78 anos)
Brisbane, Austrália
Causa da morte afogamento
Nacionalidade Portuguesa
Cidadania Australiana
Progenitores Mãe: Florinda de Ávila
Pai: Mário Alberto Pereira Machado
Cônjuge Chris Jackson
Filho(a)(s) Paulo Roberto de Ávila Araújo
Isabel d'Ávila Winter
Educação Escola Artística António Arroio
Alma mater ESBAL
Ocupação escultora e designer
Outras ocupações professora, arte finalista, criativa
Início da atividade 1950
Fim da atividade 2002

Margarida de Ávila (Cascais, Portugal, 3 de maio de 1930 - Brisbane, Austrália, 3 de abril de 2009) foi uma escultora e designer portuguesa.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascida a 3 de maio de 1930, em São Pedro do Estoril, concelho de Cascais, Margarida de Ávila Pereira Machado era filha de Florinda Diniz de Ávila e Sousa e de Mário Alberto Pereira Machado, sendo sobrinha de Estela Diniz de Ávila e Sousa, casada com Luís de Freitas Branco.

Frequentou a Escola Artística António Arroio, tendo participado de seguida no I Salão de Arte Abstracta da Galeria de Março, em 1954, com Artur Bual, Jorge de Oliveira, Fernando Lanhas, Joaquim Rodrigo, René Bértholo, Marcelino Vespeira e Jorge Vieira,[2] e depois concluído a licenciatura em Escultura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (ESBAL) em 1958. Trabalhou como fotógrafa, ilustradora, escultora, arte finalista em publicidade, nomeadamente para as agências McCann Ericksson e Cinevoz, sediadas em Lisboa, decoradora da FOC – Fábrica Jerónimo Osório de Castro e professora de desenho técnico na Escola Industrial do Cacém, actual Escola Industrial e Comercial de Sintra (EICS).

Em 1962 participou no projecto de criação da nova Casa da Comédia, criada anteriormente em 1948 por Fernando Amado, estreando-se como encenadora ao lado de João Osório de Castro e Norberto Barroca.[3] Em 1969 aceitou uma proposta para integrar a fábrica de vidros Ivima da Marinha Grande como designer de vidro, começando a desenvolver desde então vários trabalhas artísticos e peças em vidro.[4][5]

Durante a década de 1970, participou em algumas das mais significativas e marcantes exposições e competições artísticas do design em Portugal, como a 1ª e 2ª Exposição de Design Português, organizados pela escultora e designer de vidro Maria Helena Matos, na antiga FIL de Lisboa e posteriormente no Palácio da Bolsa do Porto, em 1971 e 1973, respectivamente, onde apresentou quatro candeeiros, dois produzidos pela companhia industrial vidreira Cive e os outros dois pela fábrica Ivima, um cálice e várias peças de vidro,[6][7] ou ainda no Concurso Internacional para Vidraria Manual e a Exposição Internacional de Vidro Manual, decorridos em 1972, na Fundação Calouste Gulbenkian.[8]

Em 1978, emigrou para a Austrália, onde voltou a casar, tendo trabalhado em Sydney e em Brisbane.

Veio a falecer nas inundações que assolaram o estado de Queensland, a 3 de Abril de 2009, um mês antes de cumprir 79 anos de idade.[9] Deixou um filho, uma filha e 6 netos, quatro meninas e dois rapazes.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Gonçalves, Rui Mário (1980). Pintura e escultura em Portugal, 1940-1980. [S.l.]: Instituto de Cultura Portuguesa, Ministério da Cultura e da Ciência, Secretaria de Estado da Cultura 
  2. Coimbra, Prudência Maria Fernandes Antão (1999). «Jorge Vieira : ofício: escultor». Repositório da Universidade do Porto. Jorge Vieira : ofício: escultor 
  3. «Teatro em Portugal: Casa da Comédia». Centro Virtual do Instituto Camões 
  4. Almeida, Teresa (2020). «Design Glass Objects: The Portuguese Panorama». Arts (em inglês) (3). 79 páginas. doi:10.3390/arts9030079 
  5. «Museu do Vidro recebe exposição "Pop & Tutti Frutti: O Vidro Em Portugal Nos Anos 60 & 70"». Portal da Marinha Grande. 2019 
  6. Elias, Margarida (2015). «Design no feminino em Portugal nos Anos 70». Universidade Lusófona 
  7. Tipton, Teresa M. «New leylines to the future: With cultural creatives leading the way». Universidade do Minho – CESC, Escola Superior de Educação de Viana do Castelo-IPVC Portugal. Diálogos com a Arte nº 3: Revista de arte, cultura e educação (em inglês). Consultado em 11 de abril de 2021 
  8. Manaças, Vítor (2006). «Percursos do Design em Portugal, Vol. I». Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Repositório da Universidade de Lisboa 
  9. Morrissey, Carly (2009). «Flood takes Kin Kin woman's life». Sunshine Coast Daily (em inglês). Consultado em 11 de abril de 2021