Mir Hormisda

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Hormisda.
Mir Hormisda
Mir Hormisda
Execução de Cosroes por Mir Hormisda segundo iluminura do Xanamé de Ferdusi
Nacionalidade Império Sassânida
Ocupação General
Religião Zoroastrismo

Mir Hormisda (em persa médio: 𐭌𐭕𐭓𐭉 𐭠𐭥𐭧𐭥𐭬𐭦𐭣; romaniz.: Mihr Hormizd; m. 628) foi um nobre iraniano da Casa de Surena.

Nome[editar | editar código-fonte]

Mir é a forma em persa médio do nome do deus Mitra.[1] Por sua vez, o teônimo Hormisda é a versão latinização do persa médio Hormisde (𐭠𐭥𐭧𐭥𐭬𐭦𐭣; Hormizd),[2] Ormasde (Ōhrmazd),[3] Hormosde / Ormosde ((H)ormozd),[4] Ormusde (Ormozd)[5] ou Oramasde (Ohramazd), o nome da divindade suprema no zoroastrismo, cujo nome avéstico era Aúra-Masda (Ahura-Mazdāh). O equivalente persa antigo era Auramasda (Auramazdā); [6][7] o grego era Hormisdas (Ορμίσδας), Hormisdes (Ορμίσδης), Horomazes (Ωρομάζης) e Hormisdates (Ορμισδάτης); o árabe era Hormuz (هرمز); o armênio era Oramasde (Օրամազդ; Oramazd)[8] e Ormisde (Ormizd, Որմիզդ); e o georgiano era Urmisde (ურმიზდი, Urmizd).[9][10]

Vida[editar | editar código-fonte]

Mir Hormisda pertencia à Casa de Surena, uma das casas dinásticas do Império Sassânida, e era filho de Merdasas, o paduspã de Ninruz, que mais tarde foi executado por ordem do xainxá Cosroes II (r. 590–628).[11] Em 25 de fevereiro de 628, Cosroes foi derrubado por seu filho Cavades II (r. 628), e foi levado à prisão.[12] Três dias depois, foi executado por Mir Hormisda, que procurou vingar a morte de seu pai. No entanto, após a execução, Cavades matou Mir Hormisda.[13]

Referências

  1. Sundermann 2002.
  2. Lukonin 1967, p. 217.
  3. Kellens 2009, p. 292; 295.
  4. Aḥsan 1992, p. 312.
  5. Murray 1985, p. 35.
  6. Shayegan 2004, p. 462-464.
  7. Vevaina 2018, p. 1110.
  8. Justi 1895, p. 7-10.
  9. Schmitt 1986, p. 445–465.
  10. Rapp 2014, p. 341-343.
  11. Pourshariati 2008, p. 157.
  12. Shahbazi 2005.
  13. Tabari 1999, p. 398.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Aḥsan, ʻAbdushshakūr (1992). Studies in Persian Language and Literature. Laore, Paquistão: Bazm-e-Iqbal 
  • Justi, Ferdinand (1895). Iranisches Namenbuch. Marburgo: N. G. Elwertsche Verlagsbuchhandlung 
  • Kellens, Jean (2009). Zarathushtra entre l'Inde et l'Iran études indo-iraniennes et indo-européennes offertes à Jean Kellens à l'occasion de son 65e anniversaire. Viesbade: L. Reichert 
  • Lukonin, Vladimir Grigorʹevich (1967). Persia II. Cleveland: World Publishing Company 
  • Murray, John (1985). Samarkand. Battle Creek, Michigão: Ellis. ISBN 9780856281518 
  • Pourshariati, Parvaneh (2008). Decline and Fall of the Sasanian Empire: The Sasanian-Parthian Confederacy and the Arab Conquest of Iran. Nova Iorque: IB Tauris & Co Ltd. ISBN 978-1-84511-645-3 
  • Rapp, Stephen H. Jr. (2014). The Sasanian World through Georgian Eyes: Caucasia and the Iranian Commonwealth in Late Antique Georgian Literature. Farnham: Ashgate Publishing, Ltd. ISBN 1472425529 
  • Schmitt, R. (1986). «Artaxerxes». Enciclopédia Irânica, Vol. II, Fasc. 6. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia. pp. 654–655 
  • Shayegan, M. Rahim (2004). «Hormozd I». Enciclopédia Irânica, Vol. XII, Fasc. 5. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia. pp. 462–464 
  • Tabari (1999). Bosworth, C.E., ed. The History of al-Tabari Vol. V - The Sasanids, The Byzantines, the Lakhmids and Yemen. Nova Iorque: Imprensa da Universidade Estadual de Nova Iorque 
  • Vevaina, Yuhan; Canepa, Matthew (2018). «Ohrmazd». In: Nicholson, Oliver. The Oxford Dictionary of Late Antiquity. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia. ISBN 978-0-19-866277-8