Nauro Machado

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Nauro Machado
Nome completo Nauro Diniz Machado
Nascimento 2 de agosto de 1935
São Luís, Maranhão Maranhão
Morte 28 de novembro de 2015 (80 anos)
São Luís, Maranhão Maranhão
Residência São Luís
Nacionalidade Brasil Brasileira
Cônjuge Arlete Nogueira da Cruz
Filho(a)(s) Frederico da Cruz Machado
Ocupação Escritor, poeta
Prêmios Prêmio Sousândrade (1958, 1964)

Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (1982)
XXII Concurso Literário e Artístico "Cidade de São Luís(1997) Prêmio ABL de Poesia (1999)

Magnum opus O Cavalo de Tróia (1982)
Assinatura

Nauro Diniz Machado (São Luís, 2 de agosto de 1935 - 28 de novembro de 2015), foi um poeta e escritor brasileiro.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Torquato Rodrigues Machado e Maria de Lourdes Diniz Machado, foi casado com a também escritora Arlete Nogueira da Cruz.

Poeta autodidata com vasto conhecimento em artes e filosofia. Comparado por alguns críticos a Fernando Pessoa, é original por ser poeta universal entre seus contemporâneos mais imediatos, como Ferreira Gullar, Lago Burnett, José Chagas e Bandeira Tribuzi. Se Gullar questiona a própria forma poética, Nauro Machado questiona a própria essência e destinação do ser humano, sem deixar de cultivar uma linguagem poética e uma técnica de versos exemplares. Sua obra apresenta traços de reflexão existencial angustiada e violenta que encontra poucas comparações na lírica de língua portuguesa.

Exerceu diversos cargos em órgão públicos entre eles DETRAN e EMATER e também na Secretaria de Cultura do Estado do Maranhão. Nauro Machado sempre viveu em São Luís, ausentando-se apenas por breves períodos, sobretudo para o Rio de Janeiro para publicar boa parte de suas obras. No entanto, grande parte de sua vida Nauro dedicou à sua grande paixão, a poesia. Recebeu diversos prêmios, dentre eles Academia Brasileira de Letras e da União brasileira de Escritores; teve varias de suas obras traduzidas para o alemão, francês e inglês.

Em novembro de 2014 publicou um livro, com o título: Esôfago Terminal, cujas poesias remetem a dor e a superação da sua luta contra o câncer.

Em outubro de 2015 recebeu o título de "Doutor Honoris Causa", concedido pelo Reitor da Universidade Federal do Maranhão,

Em novembro de 2015 lançou seu último livro em vida: O baldio som de Deus. Na ocasião revelou ter cinco livros prontos, ainda não publicados.

Morreu aos 80 anos em decorrência de uma isquemia no trato digestivo e foi sepultado no cemitério do Gavião, no bairro Madre Deus, em São Luís.[2]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Campo sem base (1958)
  • O Exercício do caos (1961)
  • Do frustrado órfico (1963)
  • Segunda comunhão (1964)
  • Ouro noturno (1965)
  • Zoologia da alma (1966)
  • Necessidade do divino (1967)
  • Noite ambulatória' (1969)
  • Do eterno indeferido (1971)
  • Décimo divisor comum (1972)
  • Testamento provincial (1973)
  • A Vigésima jaula (1974)
  • Os parreirais de Deus (1975)
  • Os órgãos apocalípticos (1976)
  • A antibiótica nomenclatura do inferno (1977)
  • As órbitas da água (1978)
  • Masmorra didática (1979)
  • Antologia poética, (1958-1979) (1980)
  • O calcanhar do humano (1981)
  • O cavalo de Tróia (1982)
  • O signo das tetas (1984)
  • Aplicerum da clausura : (novos sonetos) (1985)
  • Opus da agonia (1986)
  • O anafilático desespero da esperança (1987)
  • A rosa blindada (1989)
  • Mar abstêmio (1991)
  • Lamparina da aurora (1992)
  • Funil do ser : canções mínimas (1995)
  • A travessia do Ródano (1997)
  • Antologia poética (1998)
  • Túnica de ecos (1999)
  • Jardim de infância (2000)
  • Nau de Urano (2002)
  • O alaúde ambíguo (2002)
  • A rocha e a rosca: poema (2003)
  • Pão maligno com miolo de rosas: poema (2004)
  • Pátria do exílio : terceiro e último canto do poema Trindade Dantesca (2007)
  • Trindade dantesca: (poema) (2008)
  • O Cirurgião de Lázaro (2010)
  • Província : o pó dos pósteros (2012)
  • Percurso de sombras (2013)
  • Esôfago Terminal (2014)
  • O baldio som de Deus (2015)
  • Canções de Roda nos Pés da Noite (2016)

Referências

  1. «Morre o poeta e escritor Nauro Machado, em São Luís». G1. 28 de novembro de 2015. Consultado em 29 de novembro de 2015 
  2. «Corpo do poeta Nauro Machado é sepultado em São Luís». G1. 29 de novembro de 2015. Consultado em 29 de novembro de 2015