Oi Futuro

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Oi Futuro
Centro Cultural
Fundação Maio de 2005 como Centro Cultural Telemar
Locais Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, Rio de Janeiro - RJ CEP 22220-040
Presidente Suzana Santos
Vice-presidente Bernardo Scudiere
Pessoas-chave Bernardo Scudiere, Carlos Eduardo Monteiro, Suzana Santos, Sara Crosman

O Instituto Oi Futuro [1][2] é o instituto de inovação e criatividade para impacto social da empresa de telecomunicações Oi e atua como um laboratório para cocriação de projetos transformadores nas áreas de Educação, Cultura e Inovação Social. Por meio de iniciativas e parcerias em todo o Brasil, o instituto estimula o potencial dos indivíduos e das redes para a construção de um presente com mais inclusão e diversidade.

Áreas de atuação[editar | editar código-fonte]

Na área de Educação, o Oi Futuro investe em novas formas de aprender e ensinar com o NAVE (Núcleo Avançado em Educação), programa que já formou mais de 2,8 mil jovens desde 2006 e foi reconhecido como uma das escolas mais inovadoras do mundo em 2013, quando passou a integrar o grupo "Microsoft Schools World Tour" [3].

Desenvolvido em parceria com as Secretarias de Estado de Educação do Rio de Janeiro e de Pernambuco, o programa é desenvolvido no NAVE/CEJLL - Núcleo Avançado em Educação / Colégio Estadual José Leite Lopes (RJ) e na Escola Técnica Estadual Cícero Dias (PE) na modalidade de Ensino Médio Integrado ao Profissional, com foco nas economias criativa e digital. As duas unidades do NAVE funcionam como laboratórios de criação e experimentação de metodologias pedagógicas inovadoras [4][5], disseminadas por meio de cursos de formação oferecidos gratuitamente a educadores da rede pública, em áreas como Robótica e Midiaeducação. A iniciativa também produz conteúdos para educadores, entre eles a publicação digital “E-NAVE - Guia de Práticas Pedagógicas Inovadoras”, que teve sua segunda edição lançada em 2019 [6][7].

No segmento da Cultura, o instituto mantém o Centro Cultural Oi Futuro, no Rio de Janeiro, com uma programação que valoriza a produção de vanguarda e a convergência entre arte contemporânea e tecnologia. A unidade abriga o MUSEHUM – Museu das Comunicações e Humanidades [8], antigo Museu das Telecomunicações, três galerias, um teatro multiúso [9] com capacidade para 63 espectadores, além de uma cafeteria.

Em 2019, o Instituto Oi Futuro apresentou a pesquisa “Museus: narrativas para o Futuro” [10][11], que fez um raio-x da percepção dos brasileiros sobre museus. O estudo, realizado em parceria com a empresa Consumoteca, aponta que metade dos entrevistados vai a museus a cada dois anos ou menos e considera os espaços sem novidades e elitizados. A pesquisa levantou ainda as dinâmicas comportamentais do público pelo Brasil com o intuito de mapear novos interesses nos ambientes culturais urbanos.

Há 16 anos, o Oi Futuro gerencia o Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados [12], responsável por selecionar projetos em todas as regiões do país por meio de edital público. Desde 2003, foram mais de 2.500 projetos culturais apoiados instituto, que beneficiaram milhões de espectadores. O instituto também criou e mantém o LabSonica, laboratório de experimentação sonora e musical, localizado na unidade do Rio de Janeiro, no Lab Oi Futuro [13], e o Oi Kabum! Lab, que promove a formação de jovens de periferia no campo da arte e tecnologia.

Nascido numa confluência entre as áreas de Cultura e Inovação Social, o Lab Oi Futuro [14] é um espaço de criação, experimentação e colaboração, idealizado para impulsionar criadores de diversas áreas e startups de impacto social de todo o Brasil, selecionados por editais públicos. Com mais de 500m², localizado no prédio administrativo do Oi Futuro (Rua Dois de Dezembro), o laboratório oferece – por meio das iniciativas LabSonica [15] e Labora [16] – estrutura física e suporte técnico necessários para que seus participantes viabilizem seus projetos em um ambiente que estimula a produção colaborativa e a inovação.

Na área de Inovação Social, o Oi Futuro criou o Labora [16], laboratório dedicado à conexão e ao fortalecimento de empreendedores, negócios e organizações comprometidos com o impacto social. Lançado em 2017, o Labora é um ambiente de aprendizagem, criação e articulação e oferece ciclos de aceleração para startups e organizações sociais selecionados por editais públicos, além de uma agenda contínua de workshops, cursos, seminários e palestras para o público em geral. Já foram 80 negócios e organizações acelerados, com mais de 400 empreendedores impactados. A iniciativa também faz parte da estrutura do Lab Oi Futuro, no Rio de Janeiro.  

MUSEHUM (Museu das Comunicações e Humanidades)[editar | editar código-fonte]

O MUSEHUM é uma evolução do Museu das Telecomunicações (em atividade desde 2007) e fica no Rio de Janeiro, no sexto nível do Centro Cultural Oi Futuro, no bairro do Flamengo. O local passou por obras de modernização e foi reaberto ao público em janeiro de 2020 [17], com nova proposta conceitual e instalações totalmente remodeladas. O espaço original nasceu como Museu do Telephone, em 1981.  

Atrações[editar | editar código-fonte]

Com um acervo de mais de 130 mil peças [18], o museu tem cerca de 450 itens em exposição permanente e oferece entrada gratuita. O espaço é reconhecido por suas experiências únicas e imersivas, com atrações interativas customizáveis e acesso a novas tecnologias. O MUSEHUM busca colocar o visitante no centro da experiência, para contemplá-lo como parte integrante do repertório, e centra a narrativa nas relações humanas, entendendo que para falar de da evolução tecnológica é preciso tratar da troca de conhecimentos e abordar o impacto da expansão da conectividade na sociedade [19].

Desde junho de 2020, em meio ao isolamento social adotado contra a pandemia do novo coronavírus, o instituto conta também com uma plataforma digital de exposição. O Acervo Online MUSEHUM [20] expõe mais de 3.800 itens inéditos da coleção [21], entre fotografias históricas, objetos e documentos.  O portal foi criado para ampliar o acesso ao acervo, preservar a memória, abrir novas formas de interação com o público e provocar novas experiências, com trilhas digitais de visitação.     

O museu oferece ainda um tour virtual imersivo, com tecnologia de fotografia 360º [22]. A ferramenta também gratuita foi lançada em agosto de 2020 e permite ao público explorar o espaço, o acervo exposto e parte de suas atrações.

Linha do tempo[editar | editar código-fonte]

1981 – O Museu do Telephone é inaugurado no prédio centenário da Rua Dois de Dezembro, onde funcionava a estação telefônica Beira-Mar, uma das principais do Rio de Janeiro nos primórdios da telefonia brasileira.  

2001 - Criação do Instituto Telemar, que mais tarde tornou-se o instituto Oi Futuro [23].

2005 - Abertura do Centro Cultural Telemar, rebatizado posteriormente de Centro Cultural Oi Futuro.

2007 – O museu ganha uma perspectiva mais ampla, virando o Museu das Telecomunicações, passando a abordar a expansão da internet, da telefonia celular e da indústria de telecom.  

21 de janeiro de 2020 – Reinauguração do espaço, que, sob nova proposta conceitual, recebe o nome de MUSEHUM – Museu das Comunicações e Humanidades.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Site Oficial Oi Futuro». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  2. «Oi Futuro». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  3. «Nave é reconhecido como uma das escolas mais inovadoras do mundo». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  4. «Tarefa escolar abre espaço para 'CEOs adolescentes'». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  5. «Estudante de 17 anos é CEO de startup que une tecnologia e educação». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  6. «E-NAVE 2 reúne práticas pedagógicas para o Novo Ensino Médio». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  7. «E-book reúne práticas pedagógicas inovadoras alinhadas à BNCC». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  8. «Museu das Comunicações e Humanidades - MUSEHUM». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  9. «Elenco encena Fim de Caso no Teatro Oi Futuro». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  10. «Mais da metade dos brasileiros acha os museus monótonos. Artistas e curadores dão ideias para 'espanar o pó' das instituições». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  11. «Classes A e B reúnem 82% dos frequentadores de museus, diz pesquisa». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  12. «Festivais Favela Sounds, Plural e Vamos ao Cinema! ganham patrocínio da Oi». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  13. «Festival LabSonica apresenta shows gratuitos de 21 artistas pelo YouTube». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  14. «Oi Futuro inaugura espaço de coworking para projetos de impacto social». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  15. «LabSonica: por dentro do novo estúdio carioca, que funciona com editais para residência de artistas e bandas». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  16. a b «Oi está lançando seu laboratório de Inovação Social, o Labora». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  17. «Museu das Comunicações e Humanidades reabre após obras de modernização». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  18. «Oi Futuro abre acervo on-line de Museu das Comunicações e Humanidades». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  19. «Musehum: Centro Cultural Oi Futuro oferece experiência imersiva». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  20. «Museu das Comunicações e Humanidades abre parte do acervo com peças inéditas na internet». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  21. «Museu das Comunicações e Humanidades (Musehum) ganha plataforma digital». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  22. «Três exposições para admirar sem sair de casa». Consultado em 22 de Setembro de 2020 
  23. «Instituto Telemar passa a se chamar Oi Futuro». Consultado em 22 de Setembro de 2020