Portal:Algarve

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Brazão do Algarve
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   O Portal do Algarve
Localização do Algarve
Localização do Algarve
Praia de D. Ana, perto de Lagos

A Região do Algarve ou Algarve é uma região portuguesa situada no sul do país, com a capital localizada na cidade de Faro, tendo uma área de 4 997 km2 e uma população de 469 983 habitantes, registando uma densidade populacional de 94 habitantes por km2. sendo a quinta região mais populosa de Portugal e a quarta região mais extensa.

É uma das sete regiões de Portugal, constituída por apenas uma sub-região com o mesmo nome e 16 municípios, que se dividem em 67 freguesias. Limita a norte com a região do Alentejo, a leste com a região espanhola da Andaluzia e a sul e a oeste com o Oceano Atlântico.

A economia algarvia registou um Produto interno bruto (PIB) de 9,2 mil milhões de euros em 2021, correspondendo cerca de 4,3 % do PIB nacional. Em comparação com as outras seis regiões portuguesas dispõe da 5° maior economia regional, à frente da Madeira e atrás do Alentejo. Já no PIB per capita, a região dispõe do segundo maior valor de todas as regiões, registando 21 173 € em 2021, à frente do Alentejo e atrás da Área Metropolitana de Lisboa,

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR-ALG) é a agência que coordena as políticas ambientais, o ordenamento do território, as cidades e o desenvolvimento global desta região, apoiando os governos e associações locais.

O Algarve transformou-se numa das regiões portuguesas com maior número de residentes estrangeiros, oriundos principalmente de outros países europeus. Em 2018, 69 mil dos habitantes não eram portugueses, tendo sido os cidadãos oriundos de França, Itália e Suécia os que mais cresceram naquele ano. Os cidadãos de nacionalidade britânica continuam a ser os mais representativos entre a população estrangeira residente no Algarve.


Sumários temáticos

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   Artigos destacados
Praia de Faro

Também conhecida por “Ilha de Faro”, esta extensão de areia faz parte da Península do Ancão, que delimita a Ria Formosa a poente e donde se pode obter uma vista privilegiada sobre a serra e sobre a cidade de Faro.

Na verdade trata-se de uma longa península e não de uma ilha. Caos é a palavra que melhor caracteriza a urbanização sobre as dunas, as embarcações na ria, as toalhas na praia e o trânsito nos acessos. As inúmeras esplanadas e as águas quentes são os principais argumentos a seu favor. Localizada perto da universidade e do aeroporto, é bastante popular entre os moradores da cidade de Faro.

O acesso viário faz-se através duma estreita ponte que atravessa a Ria Formosa. No Verão, a “ilha de Faro” está, igualmente, acessível por barco através do Cais das Portas do Sol. É possível fazer praia no estreito cordão arenoso virado a Norte, para um canal da Ria Formosa, A utilização deste plano de água é óptima para a prática de desportos náuticos (jetski, canoagem, remo, windsurf, vela, etc.). No Centro náutico da Praia de Faro é feita a iniciação às Modalidades Náuticas e disponibilizado ao público, equipamento para vela, windsurf e canoagem.


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   História do Algarve
A histórica cidade de Silves foi a capital do Algarve durante o domínio árabe

Nas décadas que antecederam a invasão muçulmana, diversos concílios, fruto da aliança entre a Igreja e o Estado, haviam dado início a uma série de perseguições que tinham a comunidade judaica como alvo. Em 654, o rei Recesvinto adoptou diversas disposições austeras contra os judeus. Em 681, Ervígio forçou-os a optar entre a conversão ao cristianismo ou o exílio. Em 693, Égica impôs a proibição do comércio com cristãos, atitude essa que, segundo o historiador sírio Ali Nasrah, prejudicou enormemente a comunidade judaica que, então, era consideravelmente numerosa e bem estabelecida na Península Ibérica. Ainda segundo Nasrah, que se apoiava numa ampla variedade de documentos e provas que corroboravam o seu raciocínio, tais acontecimentos impeliram os judeus a urdir, em começos do século VIII, juntamente com os seus correligionários norte africanos, um plano que tinha como intuito a expulsão dos visigodos. Em efeito, os invasores árabes incumbiram aos judeus a tarefa de vigilância da guarda das cidades que caíam em poder muçulmano, enquanto que os seus exércitos avançavam.

No ano 711, um exército muçulmano, chefiado por Tárique, parte à conquista da Península Ibérica. Rodrigo, o último soberano visigodo, de uma dinastia que remontava a , levanta uma resistência mas as suas forças provam-se incapazes de suster o avanço das tropas árabes. No ano seguinte, em 712, o governador de Ifríquia, Mussa ibn Nossair, com o objectivo de finalizar a conquista, reforça o exército de Tárique que fora, a princípio, pouco numeroso. Segundo Ignácio Olagüe, professor da Universidade de Madrid, a ocupação de boa parte da Península Ibérica pelos muçulmanos não demorou mais que três anos a se concretizar.

Após o sucesso da invasão, facilitada também pelas constantes disputas que ocorriam no seio da nobreza e realeza visigodas,[1] os muçulmanos mantiveram a estrutura territorial de 'províncias-ducados' e 'províncias-condados' sob uma denominação diferente, as Coras, do árabe kūrah. No Algarve situava-se a Cora de Ocsonoba, circunscrita a norte pela de Beja. Ulteriormente à ocupação, os muçulmanos adoptaram diversas tradições e costumes ibéricos, romanos e romano-helénicos, assimilando também múltiplos aspectos da arte visigoda, arte já orientalizada por conta de influências bizantinas. Após o ano de 715 e até 1249, a região esteve sob o domínio de povos islâmicos, desde árabes e berberes a populações nativas convertidas ao islão, embora o cristianismo continuasse a ser praticado pelos moçárabes — cristãos que, a troco de um imposto, tinham o direito de praticar a sua religião sob o governo muçulmano. Os berberes, que habitavam nas mesetas de cada lado dos rios Guadiana e Tejo, constituíam, entre os muçulmanos, a população mais numerosa. Composta principalmente por cultivadores, alguns exerciam nas cidades ofícios mais humildes, enquanto que outros ocupavam posições sociais elevadas.

A torre sineira, originalmente um minarete, da igreja Matriz de São Clemente, em Loulé

O Algarve, assim como a restante Península Ibérica ocupada pelos mouros, atravessou por períodos de conflito, mas passou igualmente por fases de elevado desenvolvimento cultural, artístico e económico, em continuidade com as características herdadas da época romana. Silves tornou-se na capital de um reino taifa muçulmano após a fragmentação do Califado de Córdova.[2]

As regiões espanholas e portuguesas outrora conhecidas por Algarbe Alandalus () eram o mais importante centro muçulmano da época da "Hispânia Islâmica", sendo assim o núcleo islâmico da cultura, ciência e tecnologia. Nessa altura, a cidade mais proeminente da região era Silves. O historiador Alexandre Herculano comentou que «comparada com Lisboa, Silves era muito mais forte, e em opulência e sumptuosidade de edifícios dez vezes mais notável.».

O Algarve foi a última porção de território de Portugal a ser definitivamente conquistada aos mouros, no reinado de D. Afonso III, no ano de 1249.

A ocupação de Portugal por parte de povos muçulmanos deixou um legado arquitectónico, linguístico (em diversas palavras árabes que foram introduzidas na língua portuguesa e no vocabulário regional algarvio), gastronómico e cultural notável, sendo tal influência mais visível no Algarve e Alentejo, onde a presença foi mais ampla e duradoura, presença essa compartilhada com a região espanhola de Andaluzia, com a qual, devido a uma herança quase idêntica, em comparação com outras regiões portuguesas mais distantes e culturalmente díspares, o Algarve partilha maiores similaridades. Existem, como remanescentes desta ocupação, diversas fortificações, como o Castelo de Silves, o Castelo de Aljezur, o Castelo Belinho, o Castelo de Paderne, o Castelo de Loulé, entre outros. Não obstante significativa, a longa presença de povos muçulmanos no Algarve não foi suficiente para mudar o tipo dominante da população ou alterar a sua etnia. A influência linguística, apesar de considerável, não deixou vestígios na sintaxe. Linguistas estimam entre trezentas a seiscentas o número de palavras que os povos berberes, árabes e congéneres deixaram no idioma, nomeadamente para designar vegetais, produtos hortícolas, sistemas de aproveitamento de água e rega, assim como alguns termos associados ao comércio.


Fauna e Flora

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   Fauna e Flora

Titanobochica magna, comummente conhecido como pseudoescorpião-gigante, é uma espécie predatória de pseudoescorpião cavernícola gigante da família Bochicidae, que habita as grutas do Algarve, de Portimão a Olhão.


Geografia

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   Geografia do Algarve
Geografia
Algarve (NUTS II)
Mapa divisão, por concelhos, do Barlavento e do Sotavento

O Algarve confina a norte com a região do Alentejo (sub-regiões do Alentejo Litoral e Baixo Alentejo), a sul e oeste com o oceano Atlântico, e a leste o Rio Guadiana marca a fronteira com Espanha. O ponto mais alto situa-se na serra de Monchique, com uma altitude máxima de 902 m (Pico da Foia).

Além de Faro, têm também categoria de cidade os aglomerados populacionais de Albufeira, Lagoa, Lagos, Loulé, Olhão, Portimão, Quarteira, Silves, Tavira e Vila Real de Santo António. Destas, todas são sede de concelho à excepção de Quarteira.

A zona ocidental do Algarve é designada por Barlavento e a oriental por Sotavento. A designação deve-se com certeza ao vento predominante na costa sul do Algarve, sendo a origem histórica desta divisão incerta e bastante remota. Na Antiguidade, os Romanos consideravam no sudoeste da Península Ibérica a região do cabo Cúneo — que ia desde Mértola por Vila Real de Santo António até à enseada de Armação de Pêra — e a região do Promontório Sacro — que abrangia o restante do Algarve.

Internamente, a região é subdividida em duas zonas, uma a Ocidente (o Barlavento) e outra a Leste (o Sotavento). Com esta divisão podemos registar um claro efeito de espelho entre as duas zonas. Cada uma destas zonas tem 8 municípios e uma cidade dita principal: Faro está para o Sotavento como Portimão está para o Barlavento. De igual modo possui cada uma delas uma serra importante (a Foia, no Barlavento, e o Caldeirão, no Sotavento). Rios com semelhante importância (o Arade no Barlavento e o Guadiana no Sotavento).

Um hospital principal em cada uma das zonas garante os cuidados de saúde em todo o Algarve. Em termos de infraestruturas, o Aeroporto Internacional está numa zona e o Autódromo Internacional noutra. Finalmente, a nível desportivo, os históricos do futebol algarvio Sporting Clube Olhanense (representante do Sotavento) e o Portimonense Sporting Clube (representante do Barlavento) encontram-se regularmente na Primeira Liga do futebol português. A equipa do Olhanense ascendeu à 1.ª Liga em 2009, enquanto que por sua vez a equipa de Portimão ascendeu um ano depois, em 2010.


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   Clima do Algarve
Mapa climático de Portugal Continental segundo a classificação climática de Köppen-Geiger
Sobreiro num campo de trigo, uma imagem típica da região do Alentejo.
Estância de esqui na Serra da Estrela, o ponto mais alto de Portugal continental.

O clima em Portugal é mediterrânico, Csa no sul e Csb no norte, de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger. Portugal é um dos países europeus mais amenos: a temperatura média anual em Portugal continental varia dos 4 °C no interior norte montanhoso até 18 °C no sul, na bacia do Guadiana. Os verões são amenos nas terras altas do norte do país e na região litoral do norte e do centro. O outono e o inverno são tipicamente ventosos, chuvosos e frescos, sendo mais frios nos distritos do norte e central do país, nos quais ocorrem temperaturas negativas durante os meses mais frios. No entanto, nas cidades mais ao sul de Portugal, as temperaturas só muito ocasionalmente descem abaixo do 0 °C, ficando-se pelos 5 °C na maioria dos casos.

Normalmente, os meses de Primavera e Verão são ensolarados e as temperaturas são altas durante os meses secos de julho e agosto, podendo ocasionalmente passar dos 40 °C em boa parte do país, em dias extremos, e com maior frequência no interior do Alentejo.

A precipitação total anual média varia de pouco mais de 3000 mm nas montanhas do norte a menos de 500 mm em zonas do sul do Alentejo. O país tem à volta de 2500–3200 horas de sol por ano, e uma média de 4–6 horas no Inverno e 10–12 horas no Verão, com valores superiores no sudeste e inferiores no noroeste.

A neve ocorre regularmente em quatro distritos no norte do país (Guarda, Bragança, Vila Real e Viseu) e diminui a sua ocorrência em direcção ao sul, até se tornar inexistente na maior parte do Algarve. No Inverno, temperaturas inferiores a -10 °C e nevões ocorrem com alguma frequência em pontos restritos, tais como a Serra da Estrela, a Serra do Gerês e a Serra de Montesinho, podendo nevar de Outubro a Maio nestes locais.

Os arquipélagos da Madeira e Açores têm uma faixa mais estreita de temperatura, com temperaturas médias anuais que excedem os 20 °C, de acordo com o Instituto de Meteorologia, na costa sul da ilha da Madeira. A precipitação total anual média no território continental varia de pouco mais do que 3000 mm nas montanhas do norte, até menos de 300 mm na região do vale do Massueime, próxima de Vila Nova de Foz Côa na bacia hidrográfica do Douro. Na Montanha do Pico, nos Açores, fica o local mais chuvoso de Portugal, atingindo os 6250 mm num ano, de acordo com o IM (Instituto de Meteorologia).

As ilhas dos Açores situam-se na dorsal meso-atlântica ao passo que as ilhas da Região Autónoma da Madeira foram formadas pela actividade de um ponto quente, de forma semelhante às ilhas do Havai. Algumas ilhas tiveram recentemente actividade vulcânica, a mais conhecida, ocorreu em 1957. Tanto as ilhas dos Açores como a da Madeira têm um clima temperado, mas existem diferenças entre as ilhas, principalmente devido a diferenças na temperatura e precipitação.

As ilhas dos Açores não têm meses secos no Verão, logicamente um clima temperado marítimo em que segundo Köppen-Geiger (Cfb) há uma ausência de meses secos no Verão. Na vertente norte da ilha da Madeira apresenta-se um clima oceânico, enquanto que a vertente sul tem um clima mediterrânico, com maior humidade do que num clima mediterrânico típico, mas com menos humidade do que na vertente norte da ilha. As Ilhas Selvagens, que se incluem no arquipélago da Madeira, têm um clima desértico (BWh) com uma precipitação total anual média de cerca de apenas 150 mm (5,9 pol.). As temperaturas médias à superfície do mar nestes arquipélagos variam dos 16 °C—18 °C, no Inverno, aos 23 °C—24 °C, no Verão, atingindo ocasionalmente os 26 °C.


Cultura

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   Biografia selecionada


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   Pesca no Algarve
Fortaleza de Sagres

Quando o Infante D. Henrique, filho de D. João I e duque de Viseu, iniciou as suas explorações, deu começo às Era dos Descobrimentos na sua Vila do Infante, já que a península de Sagres não tinha os requisitos para tal empreitada. Havia pouca água potável, a agricultura era residual, havia falta de madeira para a construção naval, não havia porto de águas profundas, e a população era muitíssimo reduzida. O Infante repovoou uma aldeia chamada Terçanabal, que ficaria deserta devido a ataques de pirataria contínuos a partir do mar. A aldeia situava-se num local estratégico para as suas empreitadas marítimas e mais tarde chamar-se-ia Vila do Infante.

O Príncipe Henrique empregou cartógrafos, como Jehuda Cresques, para o ajudarem a mapear as costas da Antiga Mauritânia e promoveu viagens de reconhecimento para tal. Contratou um especialista em instrumentação e cartografia, Jaime de Maiorca, de modo que os seus capitães puderam ter a melhor informação e equipamento náuticos da época. Tal conduziu à lenda da Escola Naval de Sagres (embora uma "escola" signifique aqui um grupo de estudo, e não um edifício). Nunca existiu um centro de ciências da navegação ou um observatório. O centro das expedições era Lagos, mais a leste. Só mais tarde as rotas de navegação partiriam de Belém, a oeste de Lisboa.

Placa em homenagem ao Infante D. Henrique, oferecida pela Marinha dos EUA e colocada na Fortaleza de Sagres

Foi uma época de importantes descobertas: a cartografia era tornada mais precisa graças a novos instrumentos de medida, com versões melhoradas do astrolábio e do relógio de sol, os mapas eram atualizados e melhorados, e foi concebido um tipo revolucionário de embarcação, a caravela.

O Infante D. Henrique construiu uma capela junto da sua casa em 1459, à medida que ia passando mais tempo em Sagres ou nas proximidades nos anos seguintes. Veio a falecer em Sagres em 13 de Novembro de 1460.

A localização precisa da escola de navegação do Príncipe Henrique (em Lagos?) é desconhecida (é uma crença popular que foi destruída no Terramoto de 1755).


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   Educação em Algarve

A Universidade do Algarve (UAlg) é a instituição de Ensino Superior de referência do Sul de Portugal, reconhecida pela excelência da investigação, pela qualidade do ensino e pelas relações estreitas que estabelece com a sociedade. Criada em 1979, a UAlg tem consolidado a sua oferta formativa, a sua capacidade de investigação e o seu potencial de transferência de conhecimento. Composta por três campi: Gambelas e Penha, em Faro, e um em Portimão, a Universidade do Algarve oferece mais de 150 cursos de formação inicial e pós-graduada. Conta atualmente com espaços amplos, infraestruturas e equipamentos que proporcionam excelentes condições de estudo, trabalho, investigação e socialização a uma população de cerca de 700 docentes e investigadores e 9 mil estudantes nas suas diversas áreas de formação: Artes, Comunicação e Património; Ciências Sociais e da Educação; Ciências e Tecnologias da Saúde; Ciências Exatas e Naturais; Economia, Gestão e Turismo; Engenharias e Tecnologias.


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   Transportes e comunicações
N125 - Estradas Nacionais de Portugal
N125
156
Cruza com:
EN268, EN120, EN124, EN124-1, IC1, EN395, EN270, EN2, EN2-6, EN398, EN122

A EN 125 é uma estrada nacional que integra a rede nacional de estradas de Portugal.

Atravessa longitudinalmente o litoral sul do Algarve, ligando Vila do Bispo a Vila Real de Santo António. Trata-se de uma via com uma elevada taxa de sinistralidade rodoviária, agravada pela existência de diversos pontos negros.

O seu trajecto inicial, delineado ainda no século XIX, quando se chamava Estrada Real 78 e foi concluído em 1874 incluía o atravessamento das quatro principais cidades costeiras do Sul do Algarve (Tavira, Faro, Portimão e Lagos), assim como muitas outras localidades de menor população (exemplo, Olhão, Luz de Tavira, Lagoa, Vila Nova de Cacela).

Com o plano rodoviário de 1945, a sua identificação mudou para a actual (EN125).

Com o passar do tempo, com a generalização do uso do automóvel, os conflitos de trânsito regional com o trânsito local, por um lado, e o transporte ferroviário, por outro, obrigou à construção de variantes e viadutos, os primeiras para evitar penetrar o perímetro urbano dessas cidades, noutro caso para eliminar passagens de nível.

O seu troço actual ainda atravessa o perímetro urbano das cidades actuais de Olhão, Lagoa, e Lagos, sendo que foram construídas variantes em Tavira, Faro e Portimão que evitam atravessar o interior dessas cidades.

A construção e abertura ao público da Via do Infante, uma via rápida com 2 faixas de rodagem, veio permitir o desafogo de muito do trânsito da N125.

A Via do Infante foi concessionada em 2000 à empresa privada Euroscut, no contexto de uma concessão com portagens virtuais. Mais tarde nessa década, a Via do Infante foi reclassificada como autoestrada e recebeu a numeração A22. Com a introdução de portagens reais na A22 em 2011, a EN 125 tornou-se, na medida do possível, uma alternativa gratuita a essa estrada, tendo o tráfego aumentado consideravelmente na EN 125. Estes fatores conjugados levaram a um aumento de 30% na sinistralidade na estrada até ao início de 2012.

Marco Miriamétrico do km80 em Boliqueime


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   Turismo do Algarve

O Algarve é um dos destinos turísticos preferidos dos europeus. O clima e a temperatura da água são os principais factores que contribuem para o grande crescimento do turismo nesta região. A maior densidade populacional e de turismo da região concentra-se na costa, mas os antepassados que preenchem uma rica história, assim como belas paisagens no seu interior, também atrai bastante turismo, em locais como na cidade de Lagos, Silves, Lagoa, Alcoutim, Monchique, entre outros.

Fátima é um destino de turismo religioso conhecido em todo o mundo porque no lugar da Cova da Iria e nos Valinhos terá a aparecido Virgem Maria a três pastorinhos e, hoje em dia, o Santuário de Nossa Senhora de Fátima é motivo de visitas papais e possui ao seu redor muitos museus, grutas e outros pontos de interesse turístico.

Por seu lado, Lisboa atrai turistas quer pela sua História, quer pela sua contemporaneidade, quer pelos seus monumentos (Aqueduto das Águas Livres, a Sé Catedral, a Baixa Pombalina, a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, Castelo de São Jorge, o Oceanário de Lisboa). Capital Europeia da Cultura em 1994, acolheu a Exposição Mundial de 1998, e vários jogos do Euro 2004. Cidade rica em museus, Museu de Arte Antiga, Museu dos Coches, Museu do Azulejo, entre outros.

O Porto é uma cidade com um lugar de relevo no panorama cultural do País e da Europa,[carece de fontes?] principalmente devido ao surgimento de cruzeiros no Rio Douro, e à popularização das visitas às caves do Vinho do Porto. Foi Capital Europeia da Cultura em 2001. A Fundação de Serralves e a Casa da Música são dois pontos de visita obrigatória, assim como a Torre dos Clérigos (tornada ex-libris da cidade) e a . De destacar ainda o Teatro Nacional São João, os Jardins do Palácio de Cristal, a Ponte D. Luís e toda a zona do centro histórico.

A ilha da Madeira, com a sua floresta laurissilva, classificada de Património da Humanidade pela UNESCO, é um pólo de interesse turístico pelo seu clima ameno, pelas paisagens exuberantes e pela sua gastronomia. Na passagem de ano ocorre o mais belo fogo de artifício da Europa, sendo que nessa data diversos Cruzeiros atracam, ou fazem escala, na baía do Funchal para que os turistas possam contemplar tal beleza.

A Península de Setúbal, na Margem Sul do Tejo, tem das mais variadas características naturais e culturais destacando-se a Serra da Arrábida,[carece de fontes?] a praia de Sesimbra, a Baía Natural do Seixal, as salinas de Alcochete, os Moinhos de Maré, as embarcações típicas do Rio Tejo e Rio Sado, as antigas vilas piscatórias e toda a fauna e flora ribeirinha, o Estuário do Sado e os seus Golfinhos.

Na lista do Património Mundial encontram-se os centros históricos do Porto, Angra do Heroísmo, Guimarães, Elvas, Coimbra, Évora e Sintra, bem como monumentos em Lisboa, Alcobaça, Batalha, Coimbra e Tomar, as gravuras paleolíticas ao longo do Rio Côa, a floresta laurissilva da Ilha da Madeira, e as paisagens vitivinícolas da Ilha do Pico e do Rio Douro.

Portugal é também um país onde se pratica, além de muitos outros desportos, o surf. Entre as melhores praias para o desenvolvimento dessa prática desportiva estão Peniche, Ericeira, Cabedelo (Viana do Castelo), Aguçadoura (Póvoa de Varzim) e Canal das Barcas/ Malhão (Vila Nova de Milfontes). A ilha da Madeira e o Algarve também são locais de eleição por turistas estrangeiros e nacionais para a prática de golfe.

Em termos de turismo religioso, os pontos turísticos mais atractivos são o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, o Santuário da Beata Alexandrina de Balazar, o Santuário do Sagrado Coração de Jesus (ou Bom Pastor), o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, Mosteiro dos Jerónimos e Santuário Nacional de Cristo Rei.

Outras importantes atracções turísticas portuguesas são as cidades de Braga (Sé de Braga, Santuário do Sameiro, Santuário do Bom Jesus do Monte e Falperra), Bragança (Centro Histórico, Castelo e Teatro Municipal), Chaves (Centro Histórico e Termas), Aveiro (Arte Nova, Centro histórico com os seus canais fazendo lembrar Veneza, a Ria de Aveiro e a Reserva Natural das Dunas de São Jacinto), Coimbra (Universidade, Judiaria, Portugal dos Pequenitos, Alta, Baixa, Sé Nova e Velha, Mosteiro de Santa Cruz) e Vila Real (Palácio de Mateus e Teatro Municipal), Santarém (a Capital do Gótico), Elvas (Castelo de Elvas, Aqueduto da Amoreira, Forte de Santa Luzia, Centro Histórico de Elvas, Santuário do Senhor Jesus da Piedade e Sé de Elvas), Évora (Centro Histórico e Templo de Diana), Vila Viçosa (Paço Ducal de Vila Viçosa, Castelo de Vila Viçosa, Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e Centro Histórico), Viana do Castelo (Palácio da Brejoeira, Igreja de Santa Luzia, Centro Histórico e romaria), Lamego (Centro Histórico, Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, Sé Catedral de Lamego e Castelo de Lamego). A serra da Serra da Estrela, a serra do Gerês, Caramulo e Lousã, são também pontos muito procurados por quem se interessa por turismo rural, longe dos grandes centros.[carece de fontes?]


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   Desportos no Algarve

O Estádio Algarve, situado na fronteira dos concelhos de Faro e de Loulé, foi construído para o Campeonato Europeu de Futebol, o "Euro 2004", e tem uma capacidade total de 30.305 lugares, sendo que só 22.000 lugares podem ser usados para os jogos de futebol devido a questões de segurança.

O Sporting Clube Farense e o Louletano Desportos Clube são os clubes residentes, sendo que atualmente nenhuma das duas o utiliza como "casa". Nas épocas 2006/2007 e 2010/2011, também o Portimonense fez daqui a sua casa até que as obras no Estádio Municipal de Portimão estivessem concluídas, e em 2013/2014 foi a vez do Olhanense que devido ao mau estado do relvado do Estádio José Arcanjo se viu obrigado a jogar aqui os jogos caseiros da sua equipa.

Tendo sido inaugurado a 23 de Novembro de 2003, teve o seu primeiro jogo oficial a 1 de Janeiro de 2004 e opôs em jogo amigável as equipas do Sporting Clube Farense e do Louletano Desportos Clube.

A autoria do projeto é da empresa australiana HOK S+V+E, a mesma que projetou o Estádio Olímpico de Sydney na Austrália e o novo estádio da Luz em Portugal.


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   Imagens destacadas
Algarve em Portugal com vista Montes de Alvor Over sobre telhados para Monchique


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   Sabia que...


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Menires de Vila do Bispo algumas decorações

O município de Vila do Bispo possui a mais importante concentração de menires de todo o Algarve. Com um número conhecido a rondar os cerca de 300 exemplares. São constituídos na sua maioria por calcário branco, cuja alvura faz deles um elemento que se destaca na paisagem, sendo também conhecidos, no município, três exemplares em arenito. Com formas sub-cilíndricas, sub-cónicas, estelares ou simples pedras eretas, a grande maioria dos menires apresentam decoração.

As decorações mais usuais nos menires do município de Vila do Bispo são:

  • (i) conjuntos de 3 ou 4 linhas onduladas paralelas;
  • (ii) conjuntos de elipses segmentadas;
  • (iii) conjuntos de elipses não segmentadas que se estendem desde o topo do menir até à base;
  • (iv) conjuntos de semi-elipses que se organizam à volta de um cordão no topo do menir (ver foto). Desconhece-se o seu significado.

As principais áreas de distribuição de menires no município de Vila do Bispo são.

Lugares Freguesia direção menires
Vila do Bispo Vila do Bispo N/ NE 32 menires
Altos das Raposeira Raposeira NE 16 menires
Altos das Barradas - Serra da Borges Vila do Bispo SE 29 menires
Monte dos Amantes Vila do Bispo SW 33 menires
Lagoa do Garcia - Ponte da Granja Vila do Bispo W / SW 17 menires
Milrei Raposeira S 33 menires
Padrão Raposeira S / SW 30 menires
Aspradantas Raposeira SE 24 menires
Figueira,Budens,B.S.Miguel Budens SW / E 39 menires
Menires recolhidos em Museus + destruídos/desaparecidos - - 5 menires
- - total = 258 menires

Apesar da proteção formalmente garantida pelas entidades oficiais para alguns menires, na prática os menires de Vila do Bispo continuam expostos, no dia a dia, a todo um vandalismo que se traduz, principalmente, na sua utilização para a construção civil.


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   Portais relacionados

Portais de Países e Regiões de Língua Oficial Portuguesa

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  1. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Algarve CivVeG
  2. AAVV. (1963). "Algarve" in Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. Lisboa: Editorial Verbo.