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Corrida profissional de ciclismo

O ciclismo é a prática de se usar uma bicicleta, seja como na modalidade ou na forma de locomoção.

Foi na Inglaterra, em meados do século XIX, que o ciclismo surgiu, época em que o aperfeiçoamento do veículo possibilitou o alcance de maiores velocidades. O ciclismo esportivo é regido por diversas regras, e geralmente enquadra-se em quatro categorias: provas em estradas, provas em pistas, provas de montanha (Mountain Bike ou MTB) e BMX e é praticado com diversos tipos e modelos de bicicletas.

Na modalidade de Mountain Bike existem várias categorias que são divididas em mais ou menos radicais, e são elas: cross country, em todo o tipo de terreno, de preferência no monte, seja a subir, plano ou a descer; o Freeride, com um andamento mais extremo em que se dá preferência a saltos e descidas; o Downhill, que é a versão mais extrema e perigosa do MTB que consiste somente em descer, normalmente a velocidades altas, sendo este praticado tanto no monte ou em cidade (o chamado downhill urbano ou DHU). Em termos de saúde, o ciclismo é uma atividade rítmica e cíclica, ideal para desenvolvimento dos sistemas de energia aeróbico e anaeróbico, dependendo do tipo de treinamento aplicado. Desenvolve o sistema cardiovascular dos praticantes, sendo ainda indicado por médicos especialistas como ótimo exercício para queima de gordura corporal e desenvolvimento de resistência de força muscular de pernas, em treinamentos.

O mundo moderno inventou também o ciclismo estático, ou seja, a prática do ciclismo em bicicletas ergométricas e em locais fechados, casa, academia, clube, etc., um exercício aeróbico alternativo e seguro ideal para indivíduos que desejam maior segurança, sustentação e facilidade de manejo do que o ciclismo de estrada ou de pista, e é indicado para pessoas que apresentam determinados tipos de lesões de joelhos, quadris, coluna e que não podem caminhar.


Sumários temáticos

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   Artigos destacados

O Tour de France (pronúncia em francês: ​[tuʁ də fʁɑ̃s]) (em português Volta à França em bicicleta (título em Portugal) ou Volta da França em ciclismo (título no Brasil)) ou simplesmente Tour, é uma competição anual de ciclismo de estrada realizada na França, disputada em etapas. A corrida foi organizada pela primeira vez em 1903 para aumentar as vendas do jornal L' Auto; é atualmente gerido pela Amaury Sport Organisation. Desde a sua primeira edição, em 1903, a corrida tem sido realizada anualmente, exceto durante as duas Guerras Mundiais. À medida em que ganhava destaque e popularidade, a corrida foi-se alongando e a competição passou a contar com ciclistas de todo o mundo. O tour é um evento de UCI WorldTour, o que significa que as equipas que competem na corrida são UCI WorldTeams, com exceção das equipes UCI ProTeams que são convidadas pelos organizadores ou adquiriram o direito de participar devido aos bons resultados.

O Tour de France, o Giro d'Italia (Giro) e a Vuelta a España (Vuelta) fazem parte das prestigiadas provas de três semanas de duração Grand Tour do ciclismo,[1] sendo que o Tour é a mais antiga e geralmente considerada como a mais prestigiada das três.

Tradicionalmente, a corrida é realizada no mês de julho. Enquanto a rota muda de edição para edição, o formato da prova permanece o mesmo, com provas de contrarrelógio, a passagem através das cadeias de montanhas dos Pirenéus e dos Alpes, e a finalização na Avenida de Champs-Élysées, em Paris. As edições atuais do Tour de France consistem em 21 etapas diárias (fases), ao longo de 23 dias, cobrindo cerca de 3 200 km (1 990 mi). As corridas se alternam percorrendo a França em circuitos no sentido horário e anti-horário.[2] O número de equipes geralmente varia entre 20 e 22, com nove ciclistas em cada uma. O percurso é constituído de estradas irregulares e montanhosas na França, com pequenas passagens através de países vizinhos.

Todas as etapas são cronometradas, e após o término de cada etapa o tempo de cada ciclista é somado aos tempos das etapas anteriores. O ciclista com o menor tempo total é o vencedor da corrida e ganha o cobiçado maillot jaune. Embora a classificação geral atraia mais atenção, há outras classificações na Volta à França: a classificação por pontos para os sprinters, a classificação de montanha para os escaladores, a classificação de ciclista jovem (idade inferior a 26 anos) e a classificação por equipas do Tour.


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   História do Tour de France

O Tour de France foi criado em 1903. Suas origens remontam ao célebre Caso Dreyfus, que dividiu a França no final do século XIX. Alfred Dreyfus era um capitão do exército francês de origem judaica, que havia sido condenado (embora mais tarde absolvido) por vender segredos militares aos alemães. As disputas de opiniões se exacerbaram e houve manifestações de ambos os lados. Uma delas foi a que o historiador Eugen Weber chamou "um absurdo baile político", em 1899, no hipódromo de Auteuil, em Paris.[3] Entre os envolvidos estava Conde Jules-Albert de Dion, proprietário da fábrica de automóveis De Dion-Bouton, que acreditava que Dreyfus era culpado.[4] De Dion passou 15 dias na prisão e foi multado em 100 francos por seu papel em Auteuil, que incluiu golpear a cabeça do presidente da França, Émile Loubet, com uma bengala.[5]

Weber relata que o incidente em Auteuil havia sido "... feito sob medida para a imprensa esportiva". O primeiro e maior jornal diário esportivo na França, Le Vélo[6], vendeu 80 mil exemplares no dia.[7] Pierre Giffard, seu editor, achava que Dreyfus era inocente. Ele relatou a prisão de uma forma que desagradou de Dion, que ficou com tanta raiva que se juntou a outros que eram contra Dreyfus, como Adolphe Clément e Édouard Michelin, e abriu um jornal desportivo rival, L'Auto.

O novo jornal nomeou Henri Desgrange como o editor. Ele era um ciclista de destaque e proprietário, com Victor Goddet, do velódromo do Parc des Princes [8]. De Dion conhecia-o através de sua reputação ciclística, através de livros e artigos sobre ciclismo que ele havia escrito, e através de artigos de imprensa que tinha escrito para a empresa de pneus Clément.

O jornal L'Auto não teve o sucesso que os fundadores queriam. A estagnação das vendas, sempre em menor quantidade do que se pretendia para superar o seu rival, levou a uma reunião para discutir a crise em 20 de novembro de 1902 no escritório do L'Auto na Rue du Faubourg Montmartre, em Paris. O último a falar foi o mais jovem - o jornalista chefe de ciclismo, Géo Lefèvre (1877-1961), de 26 anos de idade [9]. Desgrange o havia recrutado a partir do jornal de Giffard. [10] Lefèvre sugeriu uma corrida de seis dias, do tipo popular na estrada, mas em toda a França. Corridas de ciclismo de longa distância eram um meio popular para vender mais jornais, mas nada na distância que Lefèvre sugeria havia sido tentado. Se tivesse sucesso, ele iria ajudar o L'Auto a responder ao seu rival e talvez poderia colocá-lo fora do negócio [11], como disse Desgrange, "prega o bico de Giffard fechado".

Desgrange e Lefèvre discutiram sobre isso depois do almoço. Desgrange estava em dúvida, mas o diretor financeiro do jornal, Victor Goddet, estava entusiasmado. Ele entregou as chaves do cofre da empresa a Desgrange e disse: "Pegue o que você precisa." [12] L'Auto anunciou a corrida em 19 de janeiro 1903.


Desporto Olímpico

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   Desporto Olímpico
Thomas J. Hicks correndo a maratona nos Jogos Olímpicos de Verão de 1904

No início do século XX, muitos atletas olímpicos começaram a usar drogas para melhorar suas habilidades atléticas. Por exemplo, o vencedor da maratona nos Jogos de 1904, Thomas J. Hicks, recebeu estricnina e conhaque do seu técnico. A morte olímpica apenas ligada ao doping ocorreu nos Jogos de Roma de 1960. Durante a corrida de ciclismo de estrada, o ciclista dinamarquês Knud Enemark Jensen caiu de bicicleta e morreu mais tarde. Um legista do inquérito concluiu que ele estava sob o efeito de anfetaminas. Em meados da década de 1960, federações desportivas estavam começando a proibição do uso de drogas de elevação do desempenho, em 1967 o COI seguiu o exemplo.

O primeiro atleta olímpico a testar positivo para o uso de drogas de aumento do desempenho foi Hans-Gunnar Liljenwall, um pentatleta sueco nos Jogos Olímpicos de 1968, que perdeu sua medalha de bronze por uso do álcool. A desqualificação mais divulgada relacionada ao doping é a do velocista canadense Ben Johnson que ganhou os 100 metros rasos em 1988 na Olimpíada de Seul, mas seu teste acusou positivo para estanozolol. Sua medalha de ouro foi cassada e posteriormente atribuída ao vice-campeão Carl Lewis, que teve seu teste acusado positivo para substâncias proibidas antes das Olimpíadas.

No final de 1990, o COI tomou a iniciativa de forma mais organizada na batalha contra o doping, formando a Agência Mundial Antidoping (WADA) em 1999. Houve um aumento acentuado nos testes positivos de drogas nas Olimpíadas de 2000 e nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002. Vários medalhistas no levantamento de peso e esqui cross-country foram desqualificados por doping. Durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 2006, apenas um atleta foi pego em um teste de drogas e teve sua medalha revogada. O regime de testes de drogas do COI (agora conhecido como o padrão olímpico) tem se firmado como referência mundial que outras federações em torno do mundo tentam imitar. Durante os jogos de Pequim, 3 667 atletas foram testados pelo COI sob os auspícios da Agência Mundial Antidoping. Ambos os testes de urina e de sangue foram usadas para detectar substâncias proibidas. Muitos atletas foram impedidos de concorrer pelos Comitês Olímpicos Nacionais antes dos Jogos, apenas três atletas foram flagrados nos testes de drogas enquanto competiam em Pequim.

Além disso, é comum no COI guardar as amostras coletadas durante os Jogos Olímpicos por oito anos, para sempre que métodos mais modernos de análise sejam criados elas possam ser submetidas a novos testes. Um exemplo disso foi que quatro atletas que haviam ganhado medalhas nos Jogos Olímpicos de Verão de 2004 tiveram seus resultados caçados em 2012.


Disciplinas

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   Disciplinas de Ciclismo


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   Grandes Nomes

Ciclistas

Corredores vencedores de pelo meno dois Tours de France, três grandes voltas, cinco monumentos, duas classificações de lideres anuais, três Campeonatos do Mundo :

Eddy Merckx em1966
Eddy Merckx em1966

Eddy Merckx em 1966

 Alemanha : Erik Zabel  Bélgica : Tom BoonenAlfred De Bruyne • Roger De VlaeminckFirmin LambotFreddy Maertens • Sylvère Maes • Eddy Merckx • Johan Museeuw • Philippe Thys • Rik Van Looy • Rik Van Steenbergen • Espanha : Alberto Contador • Pedro Delgado • Roberto Heras • Miguel Indurain • Luis Ocaña • Joaquim Rodríguez • Alejandro Valverde • Óscar Freire •  Estados Unidos : Greg LeMond •  França : Jacques Anquetil • Louison Bobet • Laurent Fignon • Bernard Hinault • Laurent Jalabert • André Leducq • Antonin Magne • Henri Pélissier • Lucien Petit-Breton • Bernard Thévenet • Maurice Garin •  Irlanda : Sean Kelly •  Itália : Moreno Argentin • Gino Bartali • Michele Bartoli • Gaetano Belloni • Paolo Bettini • Alfredo Binda • Ottavio Bottecchia • Giovanni Brunero • Gianni Bugno • Fausto Coppi • Maurizio Fondriest • Carlo Galetti • Felice Gimondi • Costante Girardengo • Fiorenzo Magni • Francesco Moser • Vincenzo Nibali •  Luxemburgo : Nicolas Frantz • Charly Gaul •  Reino Unido : Christopher Froome •  Rússia : Denis Menchov •  Eslováquia : Peter Sagan • Suíça  : Fabian Cancellara • Ferdi Kübler  • Tony Rominger

Ciclistas

Corredoras vencedoras de ao menos três grandes voltas, ou duas classificações mundiais anuais :

Jeannie Longo em 2000
Jeannie Longo em 2000

Jeannie Longo em 2000

 Alemanha : Hanka Kupfernagel • Espanha : Joane Somarriba •  França : Jeannie Longo • Catherine Marsal •  Itália : Maria Canins • Fabiana Luperini •  Lituânia : Edita Pučinskaitė • Diana Žiliūtė •  Países Baixos : Leontien van Moorsel • Marianne Vos •  Reino Unido : Nicole Cooke •  Suécia : Susanne Ljungskog • Suíça  : Nicole Brändli

Equipas

Equipas vencedoras de ao menos um Classificação mundial anual :

T-Mobile Team em 2005
T-Mobile Team em 2005

T-MOBILE Team em 2005

 Alemanha : T-Mobile  Bélgica : Omega Pharma-Lotto  Dinamarca : CSC • Saxo Bank • Espanha : Caisse d'Épargne • Movistar •  França : La Française des jeux •  Itália : Fassa Bortolo • GB-MG Maglificio • Mapei • Saeco • Cazaquistão : Astana Pro Team •  Países Baixos : Panasonic • PDM • Rabobank

 Reino Unido : Team Sky


Cultura

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   Biografia selecionada
Ivo Oliveira (2016)

Ivo Emanuel Alves Oliveira (Vila Nova de Gaia, 5 de setembro de 1996) é um ciclista português que participa em competições de ciclismo de pista e estrada. Foi campeão mundial e europeu na prova de contrarrelógio (pista) na categoria júnior em 2014. O seu irmão Rui também compete em ciclismo.

Ganhou uma medalha de prata no Campeonato Mundial de Ciclismo em Pista de 2018 e quatro medalhas no Campeonato Europeu de Ciclismo em Pista entre os anos 2017 e 2020.


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   Imagens destacadas
4ª etapa da Volta a França de 2008


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   Competições

Ciclismo de estrada

Ciclismo de pista


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