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Quinta do Paço de Arnelas

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 Nota: Este artigo é sobre a propriedade na antiga freguesia de Olival. Se procura a propriedade da Paço dos Almeidas, igualmente conhecida como Quinta do Paço, situada na freguesia de Avintes, veja Paço dos Almeidas.
Quinta do Paço de Arnelas
Quinta do Paço de Arnelas
Edifícios e parte da propriedade da Quinta do Paço
Inauguração Século XVIII
Geografia
País Portugal Portugal
Coordenadas 41° 4' 54.18" N 8° 31' 20.96" O
Mapa
Localização do edifício em mapa dinâmico

A Quinta do Paço de Arnelas é um complexo rural histórico situado a Sul da povoação de Arnelas, na freguesia de Sandim, Olival, Lever e Crestuma, no Município de Vila Nova de Gaia, em Portugal.

Descrição[editar | editar código-fonte]

A Quinta do Paço de Arnelas está situada a Sul da povoação de Arnelas, a cerca de 16,7 Km de distância da foz do Rio Douro.[1] A propriedade tem cerca de 10,8 Ha, ocupando uma faixa de 445 m na margem do Rio Douro.[1] Os terrenos são, em grande parte, compostos por declives acentuados, sendo ocupados por uma extensa mancha florestal, que é de grande importância do ponto de vista ecológico, para evitar a erosão.[1] Com efeito, grande parte do território não construído da quinta foi classificado como Estrutura Ecológica Fundamental, sendo igualmente considerada como como Reserva Ecológica Nacional.[1]

A propriedade foi descrita no Plano Estratégico para o Desenvolvimento das Encostas do Douro como sendo formada por «áreas agro-florestais, possuindo terrenos férteis (sedimentares) e, em grande parte, planos, onde se produz milho.».[1] Entre a flora presente na quinta ainda se podem encontrar árvores de fruto como castanheiros, figueiras e nespereiras, e alguns antigos suportes para vinha, como vigas, que revelam a antiga utilização da propriedade como complexo de produção agrícola.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Em meados do século XVIII, a Quinta do Paço de Arnelas era propriedade dos Condes da Feira.[1] A Quinta do Paço também fez parte da Casa do Infantado.[2] A Quinta é visível numa gravura de Arnelas, elaborada por Cesário Augusto Pinto em 1849.[2] Nos finais do século, a Quinta do Paço estava na posse da Viscondessa de Balsemão e do seu esposo, Roberto Guilherme Woodhouse.[1]

Existem alguns problemas com a identificação dos edifícios primitivos na Quinta, embora o conjunto seja considerado como de grande valor patrimonial,[1] surgindo como elemento com nível de protecção integral no regulamento do Plano Director Municipal da Câmara Municipal de Gaia, publicado em Julho de 2009.[3]

Em 1986, o Gabinete de História e Arqueologia do município de Vila Nova de Gaia fez uma proposta ao Instituto Português do Património Cultural, no sentido de classificar a localidade em si de Arnelas, em conjunto com várias propriedades em redor, incluindo a Quinta do Paço, como Imóveis de Interesse Público.[4] O processo foi enviado para a Direcção Regional do Porto do IPPC em 1992, mas não chegou a ter seguimento.[4]

No regulamento do Plano Director Municipal da Câmara Municipal de Gaia, publicado em Julho de 2009, a Quinta do Paço surge como elementos com nível de protecção integral.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g h i «O Património das Encostas do Douro por Unidades de Paisagem» (PDF). Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. 30 de Junho de 2011. p. 86. Consultado em 29 de Novembro de 2020 
  2. a b «Localização». Capela de Arnelas. Consultado em 28 de Novembro de 2020 – via Weebly 
  3. «Plano Director Municipal de Gaia» (PDF). Gaiurb e Câmara Municipal de Gaia. Julho de 2009. p. 65. Consultado em 28 de Novembro de 2020 
  4. a b «Capela de São Mateus de Ornelas, sita no lugar de Arnelas, união das freguesias de Sandim, Olival, Lever e Crestuma, concelho de Vila Nova de Gaia: proposta de abertura do procedimento administrativo de classificação» (PDF). Direcção Regional de Cultura do Norte. 9 de Maio de 2018. p. 1. Consultado em 28 de Novembro de 2020 – via Direcção Regional do Património Cultural 
  5. «Plano Director Municipal de Gaia» (PDF). Gaiurb e Câmara Municipal de Gaia. Julho de 2009. p. 65. Consultado em 28 de Novembro de 2020 


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