Roma (couraçado de 1907)

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Roma
 Itália
Operador Marinha Real Italiana
Fabricante Arsenal de La Spezia
Homônimo Roma
Batimento de quilha 20 de setembro de 1903
Lançamento 21 de abril de 1907
Finalização 17 de dezembro de 1908
Descomissionamento 3 de setembro de 1926
Destino Desmontado
Características gerais
Tipo de navio Couraçado pré-dreadnought
Classe Regina Elena
Deslocamento 13 993 t (carregado)
Maquinário 2 motores de tripla-expansão
28 caldeiras
Comprimento 144,6 m
Boca 22,4 m
Calado 8,58 m
Propulsão 2 hélices
Velocidade 20 nós (37 km/h)
Autonomia 10 000 milhas náuticas a 10 nós
(19 000 km a 19 km/h)
Armamento 2 canhões de 305 mm
12 canhões de 203 mm
24 canhões de 76 mm
2 tubos de torpedo de 450 mm
Blindagem Cinturão: 250 mm
Convés: 38 mm
Torres de artilharia: 203 mm
Torre de comando: 254 mm
Tripulação 742 a 764

O Roma foi um couraçado pré-dreadnought operado pela Marinha Real Italiana e a quarta e última embarcação da Classe Regina Elena, depois do Regina Elena, Vittorio Emanuele e Napoli. Sua construção começou em setembro de 1903 no Arsenal de La Spezia e foi lançado ao mar em abril de 1907, sendo finalizado em dezembro de 1908. Era armado com uma bateria principal de dois canhões de 305 milímetros montados em duas torres de artilharia simples, tinha um deslocamento de quase catorze mil toneladas e alcançava uma velocidade máxima de vinte nós.

O Roma passou seus primeiros anos de serviço participando principalmente de exercícios junto com seus irmãos e o restante da frota italiana no Mar Mediterrâneo. Lutou na Guerra Ítalo-Turca entre 1911 e 1912, participando de operações em Cirenaica e no Mar Egeu. Também serviu na Primeira Guerra Mundial, porém não entrou em combate por causa de estratégias navais cautelosas por parte dos italianos e seus inimigos, a Áustria-Hungria. O Roma permaneceu servindo depois do final do conflito, porém acabou descomissionado em setembro de 1926 e desmontado.

Características[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Classe Regina Elena
Desenho da Classe Regina Elena

O projeto da Classe Regina Elena foi preparado por Vittorio Cuniberti, o Chefe Engenheiro da Marinha Real Italiana. Esta especificou uma embarcação mais poderosa que cruzadores blindados contemporâneos e mais rápida que couraçados estrangeiros, porém tudo dentro de um deslocamento de não mais de 13,2 mil toneladas. Os dois primeiros navios da classe foram encomendados para o ano fiscal de 1901 e os dois últimos no ano seguinte.[1]

O Roma tinha 144,6 metros de comprimento de fora a fora, uma boca de 22,4 metros e um calado de 8,58 metros. Seu deslocamento carregado era de 13 993 toneladas. Seu sistema de propulsão tinha 28 caldeiras Babcock & Wilcox a carvão que alimentavam dois motores verticais de tripla-expansão com quatro cilindros, cada um girando uma hélice. A potência indicada do sistema era de 22 279 cavalos-vapor (16 382 quilowatts) para uma velocidade máxima de mais de vinte nós (37 quilômetros por hora). A autonomia era de dez mil milhas náuticas (dezenove mil quilômetros) a dez nós (dezenove quilômetros por hora). A tripulação era formada por 742 a 764 oficiais e marinheiros.[1]

O armamento principal consistia em dois canhões calibre 40 de 305 milímetros montados em duas torres de artilharia únicas, uma à vante e uma à ré. O armamento secundária tinha doze canhões calibre 45 de 203 milímetros em seis torres de artilharia duplas, três em cada lateral. A defesa contra barcos torpedeiros era proporcionada por uma bateria de dezesseis canhões calibre 40 de 76 milímetros montados em casamatas. Além disso, havia dois tubos de torpedo submersos de 450 milímetros. O cinturão principal de blindagem tinha uma espessura máxima de 250 milímetros, já o convés tinha 38 milímetros. A torre de comando era protegida por laterais de 254 milímetros, enquanto as torres de artilharia principais tinham laterais de 203 milímetros e as torres secundárias de 152 milímetros.[1]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Tempos de paz[editar | editar código-fonte]

O batimento de quilha do Roma ocorreu em 20 de agosto de 1903 no Arsenal de La Spezia e foi lançado ao mar em 21 de abril de 1907. Foi finalizado em 17 de dezembro de 1908 depois do processo de equipagem.[1] O Roma serviu na esquadra ativa até 1910, época em que estava na companhia dos seus três irmãos e também dos dois couraçados da Classe Regina Margherita.[2] A esquadra ativa normalmente atuava por sete meses ao ano para treinamento, enquanto nos cinco restantes ficavam na reserva.[3]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d Fraccaroli 1979, p. 344.
  2. Brassey 1911, p. 56.
  3. Brassey 1908, p. 52.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Beehler, William Henry (1913). The History of the Italian-Turkish War: September 29, 1911, to October 18, 1912. Annapolis: Naval Institute Press. OCLC 1408563 
  • Brassey, Thomas A. (1908). «Comparative Strength». Portsmouth: J. Griffin & Co. The Naval Annual 
  • Brassey, Thomas A. (1911). «Comparative Strength». Portsmouth: J. Griffin & Co. The Naval Annual 
  • Fraccaroli, Aldo (1979). «Italy». In: Chesneau, Roger; Kolesnik, Eugene M. Conway's All the World's Fighting Ships 1860–1905. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-0-85177-133-5 
  • Fraccaroli, Aldo (1985). «Italy». In: Gardiner, Robert; Gray, Randal. Conway's All the World's Fighting Ships 1906–1921. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-0-85177-245-5 
  • Halpern, Paul G. (1995). A Naval History of World War I. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 1-55750-352-4 
  • Halpern, Paul G. (2004). The Battle of the Otranto Straights: Controlling the Gateway to the Adriatic in WWI. Bloomington: Indiana University Press. ISBN 978-0-2533-4379-6 
  • Henderson, W. H. (1919). «Four Months in the Adriatic». The Naval Society. The Naval Review. IV 
  • Willmott, H. P. (2009). The Last Century of Sea Power: From Port Arthur to Chanak, 1894–1922. Volume 1, From Port Arthur to Chanak, 1894–1922. Bloomington: Indiana University Press. ISBN 978-0-253-35214-9 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]