Sônia Gumes Andrade

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Sônia Gumes Andrade
Conhecido(a) por pioneira no estudo da doença de Chagas
Nascimento 1928
Caetité, Bahia, Brasil
Morte 11 de outubro de 2022 (94 anos)[1]
Salvador, Bahia, Brasil
Residência Brasil
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Zilton de Araújo Andrade
Alma mater
Instituições
Campo(s) Medicina
Tese O modelo murino da miocardiopatia crônica chagásica (1986)

Sônia Gumes Andrade (Caetité, 1928Salvador, 11 de outubro de 2022[1]), foi uma médica patologista brasileira.

Pioneira na área da parasitologia, Sônia recebeu vários prêmios e títulos científicos ao longo da carreira, como o de professora emérita da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Sônia nasceu em Caetité, na Bahia, em 1928. Era a filha mais velha de três irmãs da escritora Marieta Lobão Gumes e de Huol Gumes. Era neta de João Gumes, pioneiro do jornalismo sertanejo. Mudou-se em 1941 para a capital baiana por instância da avó materna, a professora Maria Teodolina Neves Lobão; em Salvador conclui a formação básica no Ginásio da Bahia vindo em 1948 a cursar, ainda com o apoio avoengo, a Faculdade de Medicina (que, mais tarde, seria incorporada pela Universidade Federal da Bahia) concluído em 1953.[2]

Em 1953 casou-se com também médico Zilton Andrade, com quem teve seis filhos e realizou uma parceria nos estudos patológicos.[2]

Notabilizou-se pelo estudo de doenças parasitárias, especialmente na doença de Chagas, propondo num trabalho original em que propôs a classificação das cepas do protozoário, em 1970 e, nas décadas seguintes evoluindo para o campo da patologia experimental e em estudo das doenças autoimunes e seu tratamento.[2]

Realizou pesquisas e estágios em vários centros, como a Universidade Cornell, Case Western Reserve University ou Institutos Nacionais da Saúde, fazendo seu doutorado pela UFBa (1984-1986) e pós-doutorado no Instituto Pasteur de Lião (1986-1987).[2]

Foi professora de Anatomia Patológica e Medicina Legal da Faculdade de Medicina, havendo ingressado na UFBa em 1973 e, de 1975 a 1995, lecionou na pós-graduação (mestrado e depois também doutorado) que coordenou de 1975 a 1995, ano em que se aposentou.[2]

Publicou mais de cento e vinte artigos científicos em revistas do Brasil e estrangeiras. Integrou o comitê assessor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (1986-1987) e recebeu várias premiações de instituições como a Sociedade Brasileira de Patologia (1987), Fundação Oswaldo Cruz (2000) ou da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (2008), fazendo parte de várias instituições médicas como a Academia de Medicina da Bahia ou a Fiocruz.[2]

Morte[editar | editar código-fonte]

Sônia morreu na capital baiana em 11 de outubro de 2022, aos 94 anos. Ela foi sepultada no mesmo dia, no Cemitério Jardim da Saudade.[3]

Referências

  1. a b Institucional (11 de outubro de 2022). «Nota de pesar - Morre a pesquisadora emérita da Fiocruz Sonia Gumes». Fiocruz - PE. Consultado em 14 de outubro de 2022. Cópia arquivada em 14 de outubro de 2022 
  2. a b c d e f g Nara Azevedo. «Sônia Gumes Andrade». CNPq. Consultado em 31 de agosto de 2020. Cópia arquivada em 31 de agosto de 2020 
  3. Institucional (11 de outubro de 2022). «Sonia Gumes Andrade - Nota de pesar». UFBA. Consultado em 14 de outubro de 2022. Cópia arquivada em 14 de outubro de 2022