Santuário de Nossa Senhora da Piedade de Tábuas

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Santuário de Nossa Senhora da Piedade das Tábuas
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Estatuto patrimonial
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O Santuário de Nossa Senhora da Piedade de Tábuas, ou das Tábuas, é um santuário localizado na freguesia de Vila Nova, município de Miranda do Corvo.[1]

É constituído pelas capelas de Nossa Senhora da Piedade, de São José e de Santo Amaro, esta ao lado do cruzeiro.[1]

A fundação e o fundador da capela, Domingos Pires, estão envoltos numa curiosa lenda de aparições e anjos escultores. O lavrador, que era julgado de recuada época, veio o historiador Belisário Pimenta encontrá-lo bem identificado, com a mulher Leonor Eanes e as filhas Eva e Maria Martinho, nos meados do século XVI. Os restos artísticos mais antigos confirmam-no igualmente. O santuário foi sede de grande devoção e romaria.

Vista para Miranda do Corvo desde o Santuário

Capela principal[editar | editar código-fonte]

A capela principal encontra-se disposta cenograficamente numa elevação – que teve o nome de Malhadinha – que se destaca numa garganta apertada da serra de Miranda do Corvo. Como de costume, desenvolveu-se o santuário ao longo do caminho de acesso, por meio de motivos secundários, que formam um todo: capela de São José, cruzeiro e capela de Santo Amaro, fonte, a capela propriamente dita, ao que juntaram nas vertentes próximas umas capelas nichos sem valor. A capela de São José, na saída da povoação e no fundo do vale, parece ter sido instituída pelo padre Baltasar Arnau Queirós. Insignificante, mostra porta rectangular e óculo sobreposto, tipo do século XVII, com ampliação posterior; o retábulo é da segunda metade do século XVIII. No começo da encosta está o cruzeiro e ao lado a capela de Santo Amaro. A fonte era obra rústica, colocada já dentro do souto da encosta.

Capela da Piedade[editar | editar código-fonte]

O edifício da capela da Piedade data da segunda metade do século XVI, com algumas reformas no século XVIII e adendas posteriores. Um violento incêndio destruiu-o irremediavelmente. Subsiste o esqueleto do alpendre, corpo e capela-mor. Formam o alpendre, dois gigantes angulares e colunas toscanas levantadas em parapeito pleno, a fazerem três vãos adintelados à frente e quatro aos lados; levantando-se sobre os gigantes altas pirâmides de alvenaria. No ângulo interno da esquerda encontra-se o púlpito, para a pregação ao ar livre. A porta rectangular é acompanhada de dois postigos que são já do tipo setecentista. As casas do eremitão e da confraria são simples, do tipo de janelas de aventais rectangulares.

Incêndio[editar | editar código-fonte]

Na madrugada do dia 15 de Novembro de 1998, Miranda do Corvo ficou mais pobre. Um incêndio na capela centenária, destruiu grande parte do seu recheio interior. Após este incêndio, iniciou-se a recuperação da capela, que já se encontra concluída.

Referências