Sciarra Colonna

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Sciarra Colonna (nome original é Giacomo, Sciarra, na linguagem popular da época significava duro) (1270-1329), foi um militar italiano e um poderoso membro da família Colonna, sendo um forte inimigo do Papa Bonifácio VIII. Durante o episódio conhecido como atentado de Anagni, em setembro de 1303, Sciarra supostamente teria dado um tapa na face do papa.[1]

Sciarra Colonna
Príncipe da Palestrina
Sciarra Colonna
Retrato feito por Cristofano dell'altissimo de Colonna, antes de 1568.
Nascimento 1270
Morte 1329
  Veneza, Italia
Nome completo Giacomo Sciarra Colonna
Casa Colonna
Ocupação Militar
Religião Catolicismo Romano
Brasão

A família Colonna foi, portanto, arruinada durante o pontificado do Papa Bonifácio VIII que prendeu apoiantes do antigo Papa Celestino V, que tinha sido preso por Bonifácio após sua abdicação, o tio de Sciarra, Giacomo Colonna, e o irmão Pietro foram depostos de seus cargos no Colégio Sagrado e despojados de seus benefícios e paramentos. Juntamente com o resto da família Colonna, eles foram excomungados e suas propriedades, Palestrina, não muito longe de Anagni, foi invadida por forças papais.

Colonna é lembrado, sobretudo, porque em setembro de 1303, com Guilherme de Nogaret, chanceler do rei da França, Filipe, o Belo, marchou sobre Roma com trezentos cavaleiros na tentativa de prender o Papa Bonifácio VIII e trazê-lo à França para ser julgado, por ordem do monarca francês. No entanto, o Papa Bonifácio VIII (pertencente à família Caetani, inimigos jurados dos Colonna, que estavam em litígio com o monarca francês) não estava lá, mas em Anagni, para onde se encaminharam. Perante a passividade das pessoas, arrasaram a cidade e fizeram o papa prisioneiro. Durante o cativeiro, Sciarra acertou-o, num evento que é conhecido como "ultraje de Anagni" (Oltraggio di Anagni). O Papa Bonifácio VIII morreu 3 semanas mais tarde, na Itália.

Todos os envolvidos nesses eventos foram excomungados e notificados para comparecer perante o tribunal papal. A solução de compromisso foi: com uma bula foi mostrada a inocência do rei francês, e Sciarra Colonna e os habitantes de Anagni foram absolvidos, exceto os responsáveis pelos saques do tesouro papal.

Ilustração do tapa de Colonna ao Papa Bonifácio VIII por Alphonse-Marie-Adolphe de Neuville

O 2.º Senhor de Mortágua Dom Martim Afonso de Sousa, bisavô do explorador e nobre português Martim Afonso de Sousa, 1.º donatário da Capitania de São Vicente, teve filhos com a abadessa Aldonça Rodrigues de Sá, filha de Rodrigo Anes de Sá e de Cæcilia Iulia Sciarra Colonna, filha de Jacopo Sciarra-Colonna e bisneta de Sciarra Colonna[2][3]. Também ele era irmão de Stefano Colonna, o Velho. Era também Bisavô de João Gonçalves da Câmara, segundo Capitão-donatário do Funchal.[4]

Referências

  1. «Colónna, Sciarra (propr. Giacomo Colonna)». Enciclopedia Treccani 
  2. [1], Buratto, Sousas do Prado
  3. D. António Caetano de Sousa, História Genealógica da Casa Real Portuguesa
  4. Da Silva Leme. Genealogias Paulistanas. [S.l.: s.n.] p. 181 

Ver também[editar | editar código-fonte]