Ursus (personagem)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ursus é um personagem fictício, do subgênero peplum, protagonista de produções cinematográficas italianas e hispano-italianas dos anos 1960.

História[editar | editar código-fonte]

O personagem se inspira longinquamente em um escravo de mesmo nome da novela Quo Vadis (1895), do escritor polonês Henryk Sienkiewicz, adaptada ao cinema em 1901. Era apenas o criado da cristã Lígia, a quem salva depois de lutar com um touro. Na versão cinematográfica italiana, Quo Vadis (1912), de Enrico Guazzoni, o herói interpretado por Bruto Castellani tem um papel notável e obtém êxito com o público, ao ponto do ator só ter feito posteriormente papel de homens musculosos.[1]

O primeiro filme dedicado ao herói se chama Ursus (1922), dirigido por Pio Vanzi, com Bruno Castellani no papel principal. Veio a aparecer também no filme Hércules (1958).

O musculoso herói protagonizou uma dezena de filmes na esteira do sucesso de Hércules no fim dos anos 1950. Os estúdios de cinema, na tentativa de capitalizar o êxito, buscaram outros protagonistas similares. O cineasta italiano Carlo Campogalliani relançou então o personagem.

Filmes de Ursus[editar | editar código-fonte]

  • 1922: Ursus, de Pio Vanzi, com Bruno Castellani.
  • 1961: Ursus, de Carlo Campogalliani, Itália-Espanha, com Ed Fury e Maria Luisa Merlo.
  • 1961: La vendetta di Ursus, de Luigi Capuano, com Samson Burke.
  • 1962: Ursus nella valle dei leoni, de Carlo Ludovico Baraglia, com Ed Fury, Mariangela Giordano, Moira Orfei e Alberto Lupo.
  • 1962: Ursus e la ragazza tartara, de Remigio del Grosso, com Joe Robinson, Yoko Tani e Akim Tamiroff (no papel do Grande Kan).
  • 1963: Ursus gladiatore ribelle, de Domanico Paloella, com Dan Vadis.
  • 1963: Ursus nella terra di fuoco, de Giorgio Simonelli, com Ed Fury.
  • 1964: Ursus il terrore dei Kirghisi, de Antonio Margheriti, com Reg Park, Mirelli Granelli e Ettore Manni.
  • 1964: Ercole, Sansone, Maciste e Ursus gli invincibili, de Giorgio Capitani, com Yann Larvor.
  • 1964: Gli invincibili tre, de Gianfranco Parolini, com Alan Steel, que havia representado Hércules na produção anterior.

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • Richard Dyer: "The White Man's Muscles" in R. Dyer: White: London: Routledge: 1997: ISBN 0-4150-9537-9
  • David Chapman: Retro Studs: Muscle Movie Posters from Around the World: Portland: Collectors Press: 2002: ISBN 1-888054-69-7
  • Maggie Gunsberg: "Heroic Bodies: The Culture of Masculinity in Peplums" in M. Gunsberg: Italian Cinema: Gender and Genre: Houndsmill: Palgrave Macmillan: 2005: ISBN 0-333-75115-9
  • Irmbert Schenk: "The Cinematic Support to Nationalist(ic) Mythology: The Italian Peplum 1910-1930" in Natascha Gentz and Stefan Kramer (eds) Globalization, Cultural Identities and Media Representations: Albany: State University of New York Press: 2006: ISBN 0-7914-6684-1
  • Stephen Flacassier: "Muscles, Myths and Movies": Rabbit's Garage: 1994 : ISBN 0-9641643-0-2

Referências