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Usuária:Leni.ribeiro/Coriolano

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Caio Márcio Coriolano (em latim: Gaius ou Gnaeus Martius Coriolanus) foi um general lendário da Roma Antiga. Sua história é contada por Tito Lívio em sua obra Ab Urbe Condita e por Plutarco na obra Vidas Paralelas.

História[editar | editar código-fonte]

Coriolano era da família dos Marcii, descendentes de Anco Márcio, cujo avô materno era Numa Pompílio; a esta família pertenceram Publius e Quintus Marcius, que levaram a Roma seu melhor e mais abundante suprimento de água, e Censorinus, apontado como censor por duas vezes. Um dos feitos de Censorinus foi criar uma lei para que ninguém mais fosse censor mais de uma vez. Coriolano foi criado por sua mãe, já que seu pai faleceu quando ele era muito novo. Foi na Batalha do Lago Regillus que Coriolano começou a se destacar nas atividades militares.[1]

Origem de seu cognome[editar | editar código-fonte]

Segundo a lenda, Caio Márcio recebeu o cognome "Coriolano" por ter-se destacado no cerco romano a Corioli, uma cidade dos Volscos, inimigos dos romanos. Tal feito o levou a ser promovido a general. Séculos depois, começou-se a acreditar na ideia da existência de Coriolano, sendo sua história recontada por escritores como Lívio e Plutarco.

Após vencer a batalha, Coriolano teria se voltado contra as pretensões democráticas da plebe, fazendo inimigos. Foi acusado de se apropriar de fundos públicos,o que o levou a ser julgado e condenado ao exílio, tendo, então, suas posses confiscadas. Posteriormente, aliou-se aos Volscos, que antes combatera, para atacar Roma. Diante do ataque à cidade, sua mãe e outras matronas teriam suplicado a ele que desistisse da guerra, e ele consentiu, retirando-se para a cidade de Antium (atual Âncio). Traindo também os Volscos, foi capturado e condenado, sendo morto antes de o processo encerrar.[2]

Modernamente, a história de Coriolano tem como função ilustrar os efeitos de deslealdade, de ingratidão. Esta história também é usada para demonstrar aspectos de moralidade. Nenhum dos personagens que aparecem na narrativa foi atestado historicamente. Sua lenda, porém, atravessou os séculos.

Campanha dos Volscos sob o comando de Coriolano[editar | editar código-fonte]

Para o comando da guerra contra os romanos foram escolhidos por unanimidade Coriolano e Átio Túlio, generais em quem os volscos depositavam esperanças. A primeira ofensiva de Coriolano foi contra os Circéios, cidade que foi devolvida aos Volscos, após ter sido libertada com a expulsão dos colonos romanos. As cidades de Sátrico, Lôngula, Polusca, Lavínia também foram tomadas por Coriolano.

Escassez de trigo em Roma e violência de Coriolano[editar | editar código-fonte]

Segundo Tito Lívio [3], durante o consulado de Tito Gegânio e Públio Minúcio, que foram sucessores de Espúrio Cássio e Postúmio Comínio, as discórdias internas estavam sanadas e no exterior reinava a paz. No entanto, com a retirada dos plebeus de Roma para o monte Sacro, os campos tornaram-se incultos, o que levou a uma terrível mortandade causada pela fome. Por isso, os cônsules providenciaram a importação de trigo de todos os pontos. No ano posterior, sob o consulado de Marco Mínúcio e Aulo Semprônio, um carregamento de trigo chegou da Sicília e foi discutido no Senado por quanto seria vendido ao povo. Com isso, muitos senadores acreditaram que era o momento de pressionar a plebe para que o Senado recuperasse seus direitos arrebatados à força. Coriolano, inimigo do poder tribunício, foi o primeiro que se manifestou:"Se quiserem os antigos preços, devolvam ao Senado seus antigos direitos."[4]

Representações artísticas[editar | editar código-fonte]

Literatura[editar | editar código-fonte]

A história do general romano originou várias recriações artísticas. Na literatura, influenciou Shakespeare a escrever uma tragédia cujo título leva o nome do personagem principal. A peça Coriolanus data de 1608[5].


Imagem representativa do ato quinto, cena 3 da peça Coriolanus, de Shakespeare

Música[editar | editar código-fonte]

Coriolano também inspirou Beethoven a compor a abertura em homenagem ao general[6]. A abertura retrata dois temas: o caráter rude de Coriolano e o seu rival Volumnia. Foi estreada num concerto em 1807, no palácio do Príncipe Lobkowitz- um patrono do compositor.

Cinema[editar | editar código-fonte]

Em 2011, a vida do general inspirou o filme Coriolanus dirigido por Ralph Fiennes,que também interpreta o personagem-título. O filme é uma representação cinematográfica da obra de Shakespeare.


Referências

  1. Plutarco, "Vidas Paralelas - Alcíbades e Coriolano"
  2. Tito Livio, Ab urbe condita, II.
  3. Tito Livio, Ab urbe condita, II.
  4. Tito Livio, Ab urbe condita, II.
  5. Coriolanus Play em No Sweet Shakespeare
  6. Pode-se encontrar mais informações e, inclusive ouvir um pouco da ópera no artigo da Wikipédia em inglês.[1]
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em (erro: código de língua 'gaius marcius coriolanus' não reconhecido!) cujo título é «354446265».

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Tito Lívio. História de Roma. São Paulo: Paumape, 1989-1990. 6v.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]