Usuário(a):Elastika/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Hyæna
Álbum de estúdio de Siouxsie and the Banshees
Lançamento 8 de junho de 1984
Gravação 1983 a 1984
Estúdio(s)
  • Angel, Londres
  • Eel Pie, Londres
  • Power Plant, Londres
  • Europa Film, Estolcomo
Gênero(s)
Duração 44:15
Idioma(s) Inglês
Gravadora(s)
Produção
Cronologia de Siouxsie and the Banshees
Nocturne
(1983)
The Thorn (EP)
(1984)
Singles de Hyæna
  1. "Swimming Horses"
    Lançamento: 16 de março de 1984
  2. "Dazzle"
    Lançamento: 25 de maio de 1984

Hyæna é o sexto álbum de estúdio da banda de rock inglesa Siouxsie and the Banshees, lançado em 8 de junho de 1984 pela Polydor Records. É o único trabalho de estúdio da banda com participação do guitarrista Robert Smith, do The Cure. Além dele, a faixa de abertura, "Dazzle", contou com uma seção de cordas tocada por 27 musicistas da Orquestra Sinfônica de Londres, apelidados de "Chandos Players."[1]

O disco foi antecedido pelo lançamento de "Dear Prudence" em setembro de 1983. Este se tornara o single mais bem-sucedido da banda nas paradas britânicas, ali alcançando o terceiro lugar[2]. Inicialmente, a faixa seria distribuída apenas nesse formato. Porém, com sua estreia tardia na América do Norte, em maio de 1984, a banda optou por incluí-la na versão americana do álbum. Lá, Hyæna foi o primeiro álbum de estúdio dos Banshees a ser lançado pela Geffen Records, cujo contrato também previra relançamento do catálogo anterior da banda. Com isso, tornou-se a primeira obra de Siouxsie and the Banshees a figurar na Billboard 200 dos EUA[3].

Em 2009, Hyæna foi relançado em CD, com uma edição resmaterizada e estendida. Uma versão em vinil de 180 gramas, masterizado em meia velocidade por Miles Showell nos estúdios Abbey Road a partir das fitas originais, foi lançado em dezembro de 2018.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Em meados de 1982, durante a gravação de A Kiss in the Dreamhouse, a banda passava por inúmeros problemas de relacionamento entre seus membros. Nos longos períodos que passavam em estúdio, era comum usarem álcool ou outras drogas de forma abusiva[4]. Em outubro de 1982, pouco antes do lançamento do álbum, a banda viajou à Espanha para apresentar-se na capital, Madrid. Lá, a baixa performance do guitarrista John McGeoch chamou negativamente a atenção da banda.

Sofrendo com o alcoolismo e exaustão mental, ele se medicava com calmantes para poder lidar com os efeitos da abstinência. Assim, suas habilidades musicais eram constante e negativamente afetadas pelo excesso ou de bebida, ou de remédios psiquiátricos. Logo após o quarteto retornar à Inglaterra, a situação de McGeoch tornou-se tão insustentável que sua esposa internou-o em um hospital psiquiátrico[5] .

No dia anterior ao lançamento de A Kiss in the Dreamhouse, o baixista Steven Severin tentou visitar John no hospital. Contudo, ao chegar lá, foi informado de que ele se encontrava em um bar. Então, ao procurá-lo no lugar, Severin surpreendeu-se com quão psicologicamente perturbado o guitarrista parecia. Prontamente, o baixista abandonou o local. No fim daquele mesmo dia, por telefone, Steven convenceu Robert Smith, do The Cure, a tornar-se um membro oficial da banda[4].

USAR ESTE LINK DA BBC PARA SEÇÃO DE RESENHA, MAS TAMBÉM PARA FALAR DOS PROJETOS PARALELOS QUE OCUPARAM A BANDA

https://www.bbc.co.uk/music/reviews/9bzf/

PROCURAR, NA PÁGINA DA WIKI DO CURE, POR REFERÊNCIAS QUE INDIQUEM QUE A BANDA ESTAVA PARADA, A FIM DE CONTEXTUALIZAR POR QUE ROBERT ACEITARA O CONVITE

TAMBÉM OLHAR NA PÁGINA DA SIOUXSIE SE FALA SOBRE OS PROJETOS PARALELOS THE GLOVE E THE CREATURES QUE OCORRERAM NO ÍNTERIM DO KISS IN THE DREAMHOUSE COM O HYAENA.

Repercussão[editar | editar código-fonte]

Críticas profissionais
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
AllMusic 4.5 de 5 estrelas.[6]
The Rolling Stone Album Guide 3 de 5 estrelas.[7]
Melody Maker Favorável

À época do lançamento, a Melody Maker escreveu uma resenha favorável sobre o álbum: "partes dele são tão melancolicamente descontraídas que é impossível não creditar Robert Smith como um talismã — sua irreverência parece correr por todo trabalho […] Em "Belladonna", suas guitarras líquidas relaxam Sioux ao ponto de ela despir-se de algumas máscaras para revelar sua vulnerabilidade […] Você pode se impressionar, se enrolar e se perder aqui."[8]

Em uma resenha posterior para a AllMusic, Stephen Cook deu quatro estrelas e meia, de cinco, para Hyæna. Ele disse: "aqui, a ênfase está na sobreposição de arranjos e nas músicas pop disfarçadas de performance independente ("Dazzle"); deliciosas seções de teclado e trompa ampliam o som do grupo, dominado por guitarras, e dão a Siouxsie o cenário onírico e arejado próprio para demonstrar seu considerável talento vocal."[6] The Rolling Stone Album Guide deu três de cinco estrelas ao álbum, comentando que Smith trouxe uma "influência surpreendentemente disciplinada" à banda, perceptível nas melhores partes do álbum: "a liquidez mercurial de 'Dazzle', a esparsa 'Swimming Horses', e a exuberante versão de 'Dear Prudence', dos Beatles."[7]

Quando o disco foi relançado, The Quietus elogiou-o, considerando-o seu "trabalho mais experimental. A presença de Smith é sentida imensamente na execução disciplinada da grandiosa 'Dazzle' ou da cruamente sedutora 'Swimming Horses'. Porém, os verdadeiros tesouros do álbum estão escondidos bem mais fundo. Com um toque lisérgico de faroeste espaguete, 'Bring Me the Head of the Preacher Man' instiga em sua execução. Já na densidade épica de 'Blow the House Down', Smith deixa permanentemente sua marca, cortesia de uma de suas mais refinadas performances."[9]

Legado[editar | editar código-fonte]

O cantor da banda Suede, Brett Anderson, listou Hyæna como uma de suas fascinações musicais[10]. James Dean Bradfield, dos Manic Street Preachers, contratou o produtor Mike Hedges porque a sonoplastia de "Swimming Horses" o impressionava. Ele também ressaltou quão importantes eram as percussões de Budgie, ao elogiar seu instrumento em uma declaração: "amava […] os trabalhos dos Banshees […] em que tudo começa pela bateria."[11]

Faixas[editar | editar código-fonte]

Todas as músicas compostas por Siouxsie and the Banshees (Siouxsie Sioux, Steven Severin, Budgie e Robert Smith), com exceção de "Belladonna", composta por Siouxsie, Severin e Budgie[12].

Lado A
N.º Título Duração
1. "Dazzle"   5:30
2. "We Hunger"   3:31
3. "Take Me Back"   3:03
4. "Belladonna"   4:30
5. "Swimming Horses"   4:06
Lado B
N.º Título Duração
6. "Bring Me the Head of the Preacher Man"   4:37
7. "Running Town"   4:04
8. "Pointing Bone"   3:49
9. "Blow the House Down"   6:59
Faixas bônus da edição de 2009
N.º Título Duração
10. "Dear Prudence"    
11. "Dazzle" (12" Glamour mix)  
12. "Baby Piano (Part 1)"    
13. "Baby Piano (Part 2)"    
Versão americana
N.º Título Duração
1. "Dazzle"    
2. "We Hunger"    
3. "Take Me Back"    
4. "Belladonna"    
5. "Swimming Horses"    
6. "Dear Prudence"    
7. "Bring Me the Head of the Preacher Man"    
8. "Running Town"    
9. "Pointing Bone"    
10. "Blow the House Down"    

A primeira versão de "Baby Piano" é uma demo de "Dazzle" tocada no piano. A segunda trata-se da seção de cordas da versão final de "Dazzle", que aparece no álbum.

Ficha Técnica[editar | editar código-fonte]

Siouxsie and the Banshees

Equipe adicional

  • Robin Canter – instrumentos de sopro
  • The Chandos Players – cordas
  • Mike Hedges – produção, engenharia de som
  • David Kemp – engenheiro assistente
  • Frank Barretta – engenheiro assistente
  • Siouxsie and the Banshees – produção

Desempenho Comercial[editar | editar código-fonte]

Tabelas (1984)
País (Tabela Musical) Melhor posição
Austrália (Kent Music Report)[13] 98
Europa (Music & Media)[14] 64
Nova Zelândia (RMNZ)[15] 18
Suécia (Sverigetopplistan)[16] 50
Reino Unido (Official Albums Chart)[17] 15
Estados Unidos (Billboard 200)[18] 157

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Billy Chainsaw. "Phase Three Issues Three & Four". The Siouxsie and the Banshees File [Official magazine]. 1984.
  2. Brian Johns (1989). Entranced: the Siouxsie and the Banshees story. Omnibus Press. ISBN 0-7119-1773-6.
  3. «Awards Billboard Siouxsie and the Banshees». AllMusic. Consultado em 30 de outubro de 2010. Cópia arquivada em 23 de outubro de 2011 
  4. a b Mulholland, Garry (Novembro de 2012). «Siouxsie and the Banshees: "We were losing our minds"». uncut.co.uk. Time Inc. (UK) Ltd 
  5. « Obituary - John McGeoch: Innovative and influential guitarist of the post-punk era », The Guardian, 12 de março de 2004.
  6. a b Stephen Cook. «Hyaena – Siouxsie and the Banshees». AllMusic. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  7. a b Coleman, Mark; Randall, Mac (2004). «Siouxsie and the Banshees». In: Brackett, Nathan; with Hoard, Christian. The New Rolling Stone Album Guide. New York: Simon & Schuster. pp. 740–41. ISBN 978-0-7432-0169-8 
  8. Steve Sutherland. «Pedigree Chums [Hyæna review]». Melody Maker (9 de junho de 1984) 
  9. Marszalek, Julian (10 de abril de 2009). «Siouxsie & the Banshees reissues: A kiss in the Dreamhouse, Nocturne, Hyaena, Tinderbox». The Quietus. Consultado em 19 de julho de 2012. Cópia arquivada em 16 de julho de 2012 
  10. «Some Current Fascinations». brettanderson.co.uk. Consultado em 30 de abril de 2016. Cópia arquivada em 16 de março de 2013 
  11. Price, Simon (2 de junho 2016). «And If You Need An Explanation: Manic Street Preachers interviewed». The Quietus. Consultado em 22 de junho 2016 
  12. "Hyaena Siouxsie and the Banshees [Original issue]". Polydor – 821 510-1. 1984. "All songs Dreamhouse / Chappell / A.p.b. except 'Belladonna' – Dreamhouse / Chappell [Picture label notes]".
  13. Kent, David (1993). Australian Chart Book 1970–1992 illustrated ed. St Ives, N.S.W.: Australian Chart Book. p. 444. ISBN 0-646-11917-6 
  14. «European Top 100 Albums» (PDF). Eurotipsheet. 1 (12). 18 de junho de 1984. p. 12. OCLC 29800226 – via World Radio History 
  15. «Siouxsie & the Banshees – Hyæna» (em inglês). Charts.nz. Hung Medien.
  16. «Siouxsie & the Banshees – Hyæna» (em inglês). Swedishcharts.com. Hung Medien.
  17. «Official Albums Chart Top 100» (em inglês). Official Charts Company.
  18. «Siouxsie & the Banshees Chart History (Billboard 200)». Billboard. Consultado em 16 de outubro de 2021. Cópia arquivada em 17 de fevereiro de 2020