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Pesquisa-ação é uma forma de investigação baseada em uma autorreflexão coletiva empreendida pelos participantes de um grupo social de maneira a melhorar a racionalidade e a justiça de suas próprias práticas sociais e educacionais, como também o seu entendimento dessas práticas e de situações onde essas práticas acontecem. A abordagem é de uma pesquisa-ação apenas quando ela é colaborativa.[1]

Refere-se a um processo de mudança baseado na coleta sistemática de dados, seguida da seleção de uma ação de mudança a com base no que os dados analisados indicam. Sua importância reside em oferecer uma metodologia científica para a administração da mudança a planejada.[2]

O termo pesquisa-ação foi criado por em 1946 por Kurt Lewin, nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, com propósitos de integração social, ao desenvolver trabalhos que tinham como finalidade a integração de minorias étnicas à sociedade norte-americana.[3]

Características[editar | editar código-fonte]

Segundo David Tripp[4], a pesquisa-ação é:

  • Contínua: Deve ser contínua e não repetida ou ocasional, é necessário trabalhar para melhorar um aspecto da prática, de modo que deva ser mais frequente do que ocasional.
  • Pró-ativa estrategicamente: Enquanto a pesquisa científica tende a operar de acordo com protocolos metodológicos determinados. A pesquisa-ação fica entre os dois (a prática e a pesquisa científica), porque é pró-ativa com respeito à mudança, e sua mudança é estratégica.
  • Participativa: É participativa/colaborativa de forma que inclua todos os participantes/envolvidos e é colaborativa na forma de trabalhar.
  • Intervencionista: É experimental, de forma que fazem as coisas acontecerem para ver o que acontece. Sendo experimentativa, não ocorre em cenários sociais manipuladores, podendo ser mais identificada como intervencionista do que estritamente experimental.
  • Problematizada: A pesquisa-ação sempre começa de a partir de um problema e muitas vezes se aplica ao termo “problema-tizar”.
  • Deliberada: É deliberativa, pelo fato de que deve haver uma opinião profissional para julgamento a respeito do assunto que está sendo tratado para resultados eficazes.
  • Documentada: A pesquisa-ação fica em algum ponto entre o não-registro da maior parte do que acontece na prática rotineira e a rigorosa revisão. Assim, tende a documentar o progresso tanto por meio da compilação de um portfólio, do tipo de informações regularmente produzidas ou pela prática rotineira.
  • Compreendida: É necessário que a pesquisa explique os fenômenos, não sendo necessário construir uma rede de explicações como implicadas na teoria científica.
  • Individual: A pesquisa-ação é individualizada e age em determinado grupo, realidade ou problemática.
  • Disseminada: O conteúdo da pesquisa-ação é compartilhado e disseminado entre organizações ou profissão e por meio de rede e ensino, não publicações.

Modalidades[editar | editar código-fonte]

  1. Pesquisa-ação técnica: Utilizada por pesquisadores para implementação de uma prática existente em outra esfera para a utilização em sua própia pesquisa prática como forma de melhoria. Encontramos exemplos de utilizações dessas técnicas, em casos que necessitam seguir padrões manuais.
  2. Pesquisa-ação prática: Utiliza-se de técnicas em que o pesquisador define como o projeto será escolhido e projetado as mudanças, por meio de suas experiências e ideias.
  3. Pesquisa-ação política: Ocorre a utilização desse tipo de pesquisa, quando há necessidade de mudar ou analisar a cultura institucional e/ou das limitações, tendo como finalidade mudar o sistema, que somente será exercido por poder.
  4. Pesquisa-ação socialmente crítica: É utilizado com o intuito de melhorar a relação social, na qual se acredita ser injusto de diversas maneiras o tratamento do sistema sobre o modo de ver e agir a determinada situação que precisa ser mudada.
  5. Pesquisa-ação emancipatória: Esse tipo de pesquisa tem como meta mudar o status quo para um grupo amplo de pessoas.[4]
Modalidades da pesquisa-ação
Modalidade Descrição
Pesquisa-ação prática Utiliza-se de técnicas em que o pesquisador define como o projeto será escolhido e projetado as mudanças, por meio de suas experiências e ideias.
Pesquisa-ação técnica Utilizada por pesquisadores para implementação de uma prática existente em outra esfera para a utilização em sua própia pesquisa prática como forma de melhoria. Encontramos exemplos de utilizações dessas técnicas, em casos que necessitam seguir padrões manuais.
Pesquisa-ação política Ocorre a utilização desse tipo de pesquisa, quando há necessidade de mudar ou analisar a cultura institucional e/ou das limitações, tendo como finalidade mudar o sistema, que somente será exercido por poder.
Pesquisa-ação socialmente crítica É utilizado com o intuito de melhorar a relação social, na qual se acredita ser injusto de diversas maneiras o tratamento do sistema sobre o modo de ver e agir a determinada situação que precisa ser mudada.
Pesquisa-ação emancipatória Esse tipo de pesquisa tem como meta mudar o status quo para um grupo amplo de pessoas.

Etapas da pesquisa-ação[editar | editar código-fonte]

A representação do processo de pesquisa-ação é um conjunto composto de cinco etapas para uma resolução satisfatória do problema.

Na primeira etapa do ciclo é feito o diagnóstico, uma fase que inicia o processo com a identificação do problema com o pesquisador buscando melhorar determinada situação. Na segunda etapa do processo, é feita a análise aprofundada do problema identificado no diagnóstico sintetizando as informações em questões básicas, áreas de problemas e ações possíveis. Na terceira etapa do processo, é o feedback com o envolvimento dos contribuíntes com o compartilhamento das informações descobertas.[5]Na quarta etapa do processo, é a execução da ação de implementação ou modificação do objeto de pesquisa, por meio da observação direta do ambiente de pesquisa feita na etapa anterior. Na quinta etapa do processo, é a avaliação dos resultados obtidos diantes dos objetivos, buscando identificar os efeitos da ação e até que ponto os problemas foram resolvidos.[6]



Referências

  1. KEMMIS e MC TAGGART, 1988 (2001). Elia e Sampaio. [S.l.: s.n.] p. 248
  2. ROBBINS, Stephen P (2006). COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL. [S.l.: s.n.]
  3. ANTONIO CARLOS, Gil (2019). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. [S.l.]: Atlas
  4. a b TRIPP, David (2005). Pesquisa-ação: uma introdução metodológica (PDF). São Paulo: [s.n.] pp. 443–466. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a09v31n3.pdf
  5. ROBBINS, Stephen P. (2010). Comportamento Organizacional. [S.l.]: Pearson. p. 574 
  6. FILIPPO, Denise. Pesquisa-ação em sistemas colaborativos (PDF). [S.l.: s.n.] pp. 553–555