Usuário:Dbastro/Real Academia da História

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Real Academia de la Historia
Dbastro/Real Academia da História
Emblema de la Real Academia de la Historia, con el lema de la Institución: Nox fugit historia lumen dum fulget iberis: (la noche huye, mientras brilla para los íberos la luz de la historia).
Emblema de la Real Academia de la Historia, con el lema de la Institución:

Nox fugit historia lumen dum fulget iberis: (la noche huye, mientras brilla para los íberos la luz de la historia).

Nuevo Rezado, sede de la Real Academia de la Historia, entre las calles León, Huertas, Amor de Dios y Santa María, en Madrid.
Nuevo Rezado, sede de la Real Academia de la Historia, entre las calles León, Huertas, Amor de Dios y Santa María, en Madrid.
Resumo da Instituição de estudio histórico
Formação 18 de abril de 1738
Tipo Instituição de estudio histórico
Sede Edifício do Palacio de Marques de Molins e a Casa de Nuevo Rezado, (Madrid).
Empregados Ver Membros
Executivos da agência Felipe VI de Espanha, Presidência de Honra
S. M. la Reina Doña Sofía, Académica de Honra
Sítio oficial http://www.rah.es/

A Real Academia da História (em espanhol Real Academia de la Historia) é uma instituição encarregada do estudo da História de Espanha, «antiga e moderna, política, civil, eclesiástica, militar, das ciências, letras e artes, ou seja, dos diversos ramos da vida, civilização e cultura dos povos espanhóis», e tem sua sede na Villa de Madri.

História[editar | editar código-fonte]

Real Cédula do 17 de junho de 1738, pela que se aprovaram os primeiros estatutos da Real Academia da História.

As origens da Real Academia da História estão nas tertulias celebradas por vários eruditos, desde 1735, no domicílio de Julián Hermosilla, advogado dos Reais Conselhos, para tratar assuntos de História.

Posteriormente, transladaram seus tertulias aos salões da recém criada Real Biblioteca e solicitaram a protecção do rei Felipe V, que lha outorgou criando oficialmente a Real Academia da História mediante Real Decreto o 18 de abril de 1738, e aprovando seus estatutos mediante Real Cédula o 17 de junho do mesmo ano, onde se estabelecia que a finalidade da Academia era a de aclarar «a importante verdade dos acontecimentos, desterrando as fábulas introduzidas pela ignorância ou pela malícia, conduzindo ao conhecimento de muitas coisas que escureceu a antiguidade ou tem sepultado o descuido».

Em 1785, Carlos III ordena sua transferência à Casa da Panadería, na praça Maior de Madri, onde já estava localizada a biblioteca da Real Academia da História desde 1775.

Em 1836, o governo de Mendizábal, concedeu-lhe à Academia grande número de códices, documentos e livros, além do caseirão chamado Novo Rezado na madrilena rua do Leão, número 21, que tinha pertencido aos monges jerónimos do Escorial até a desamortizaçãp dos bens das ordens religiosas, onde se transladou oficialmente por Real Ordem de 23 de julho de 1837, ainda que na prática não transladar-se-ia a ele até 1874.

Desde o 1 de janeiro de 1938, data de sua criação, faz parte do Instituto de Espanha.

Obras[editar | editar código-fonte]

Em fevereiro de 2009 a Rainha Dona Sofia presidiu em Madri o ato de apresentação do Atlas Cronológico da História de Espanha (ACHE), a primeira obra de referência de carácter normativo, elaborada pela Real Academia da História e editada pelo Grupo SM.[1] É uma obra acessível por Internet para utentes registados.[2]

Em 21 de julho de 1999 a Real Academia da História assinou um convênio com o Ministério de Educação, Cultura e Desporto com a finalidade de desenvolver num prazo de oito anos o Dicionário Biográfico Espanhol, que conterá umas 40.000 biografias de personagens destacadas da História de Espanha.

Em dezembro de 2008 o Centro de Estudos Biográficos publica na Internet os dados biográficos mínimos dos mais de 40.000 personagens que incluir-se-ão na primeira edição do Dicionário Biográfico Espanhol.

Em maio de 2011, os reis de Espanha presidiram a apresentação do Dicionário Biográfico Espanhol. Mais especificamente, Dom Juan Carlos e Dona Sofia receberam seus primeiros 25 volumes, que completar-se-ão a princípios de 2012, até atingir um total de 50 volumes.[3]

Sede[editar | editar código-fonte]

A actual sede da Real Academia da História foi desenhada pelo arquitecto Juan de Villanueva, e o edifício tinha como finalidade albergar os livros de rezos (daí o nome do caserón de Novo Rezado) dos monges jerónimos do monasterio do Escorial, por isso encontramos uma grelha, símbolo do martírio de San Lorenzo, na fachada do edifício. As obras de construção começaram em 1788, com austeridade na ornamentación, mas com grandes proporções e valiosos materiais. As crónicas da época contam a admiração das gentes, quando viram entrar por Madri os carretones que conduziam as jambas e o dintel da porta atirados por vinte e oito pares de bois.

Em 1836, o edifício foi desamortizado pelo governo de Mendizábal e adjudicado à Real Academia da História.

Entre 1871 e 1874, levaram-se a cabo fazes de reforma, a cargo do arquiteto Eduardo Saavedra, e foi declarado Monumento Nacional em 1945.

Ao caseirão do Novo Rezado anexaram-se em 1974 o palácio do Marques de Molins e uma pequena casa da rua das Huertas, completando assim toda as ligações entre as ruas León, Huertas, Amor de Deus e Santa María.

Organização[editar | editar código-fonte]

A Real Academia da História é regida pela Junta de Governo, que se reúne todas as sextas-feiras não feriados às sete da tarde, e está formada por:

  • O Director, elegido a cada três anos em votação secreta pelos Numerários presentes na última junta do ano, nomeia os interinos quando se produzem vagas.
  • O Secretário, elegido entre uma terna de candidatos de maneira vitalícia, é o chefe administrativo da Academia e executor dos acordos.
  • O Censor, elegido a cada três anos entre uma terna de candidatos, vai-a pelo exacto cumprimento do Estatuto, Regulamento e acordos.
  • O Tesoreiro, elegido anualmente entre uma terna de candidatos, gere os rendimentos e despesas da Academia.
  • O Bibliotecário, elegido entre uma terna de candidatos de maneira vitalícia, tem a seu cargo a colecção de livros da Academia.
  • O Antiquário, elegido entre uma terna de candidatos de maneira vitalícia, assume a conservação e estudo dos objetos arqueológicos.
  • O Académico adjunto à Comissão de Governo e Fazenda.

O trabalho da Academia organiza-se por meio de comissões permanentes e especiais que se confiam a um ou mais de seus membros. As comissões de trabalho atualmente (2006) são:

Corporações Iberoamericanas[editar | editar código-fonte]

São académicos correspondentes os membros das respectivas corporações de Iberoamérica.

Críticas[editar | editar código-fonte]

Críticas ao Dicionário Biográfico Espanhol[editar | editar código-fonte]

Em 2011, a publicação do Dicionário Biográfico Espanhol provocou críticas e denúncias pelo conteúdo discutível de algumas biografias, como a de Francisco Franco —realizada pelo historiador Luis Suárez Fernández, presidente da Hermandad do Vale dos Caídos—, na que não se descreve sua jefatura de estado como dictatorial, adjectivo que sim aparece na biografia de Juan Negrín, bem como a biografia do expresidente do Governo Felipe González, elaborada por Juan Luis Cebrián, presidente do grupo PRESSA, devido à controvérsia sobre a imparcialidade destas biografias.[4][5][6][7] A Academia publicou um comunicado ao respeito, no que assinalava a independência ideológica da Academia, a liberdade de seus membros e a grande pluralidade existente entre os autores do Dicionário.[8] Alguns autores também saíram em defesa do Dicionário em seu conjunto.[9]

Em junho de 2011 a Real Academia da História acedeu a criar uma comissão para revisar e corrigir a obra, em parte forçada pela pressão do ministro de Educação Ángel Gabilondo e em parte pela previsível retirada dos fundos públicos se as falhas não se corrigiam, o que finalmente acabou sucedendo ao mês seguinte por causa de uma moção aprovada pelo Congresso dos Deputados. A comissão demorou um ano em realizar seu trabalho (e suas conclusões desconhecem-se), mas finalmente a Real Academia da História anunciou, segundo o diário O País do 27 de maio de 2012, que não corrigiria nenhuma biografia, nem teria "biografias alternativas às já publicadas" e que só teria mudanças menores numa adenda final (também não na versão em linha). O posterior ministro de Educação José Ignacio Wert decidiu reactivar a subvenção e nos orçamentos do Estado de 2012 figurava uma partida de 193.000 euros para o "Dicionário". A decisão de não corrigir o "Dicionário" foi muito criticada por numerosos historiadores e especialmente pela Associação de História Contemporânea, cujo presidente Carlos Forcadell manifestou ao diário O País: Que mantenham o Dicionário é uma prova de sua escassa profissionalidade, de sua obsolescencia, de sua inconsciencia do ridículo.[10] No entanto, três dias após a notícia aparecida no diário O País, o ministro Wert assegurou ante o Congresso dos Deputados que 14 entradas revisar-se-ão “em profundidade”, uma suprimir-se-á e 16 serão "ligeiramente" modificadas, ainda que não especificou quais.[11]

Críticas à Real Academia da História[editar | editar código-fonte]

As críticas ao Dicionário Biográfico Espanhol estenderam-se à própria Academia, a seus métodos de cooptação restringida, o escasso número de mulheres, a hegemonia centralista (mal tem académicos da periferia), o predomínio de especialistas em tempos gloriosos de reis e conquistadores e algumas funções anacrónicas, como a de censor.[12][13][14]

Membros[editar | editar código-fonte]

A Real Academia da História está composta por 36 membros de número, bem como de Académicos Correspondentes atribuídos a todas as províncias de Espanha e ao resto do mundo, que somam 370 actualmente (2006). São membros numerarios da Academia (por ordem do número de medalha):[15]

Ainda com categoria de eleito, isto é, à espera da leitura de seu discurso de rendimento na Corporação, se encontra Pedro Tedde de Lorca.

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Membros da Real Academia da História
  • Membros Correspondentes da Real Academia da História
  • Membros correspondentes em Espanha
  • Instituto de Espanha

Referências[editar | editar código-fonte]

2

  1. «La Reina preside el acto de presentación del Atlas Cronológico de la Historia de España». prensa.grupo-sm.com 
  2. Atlas «Cronológico de la Historia de España» Verifique valor |url= (ajuda). www.atlasache.es 
  3. «Los reyes presentan el Diccionario Biográfico Español». web.archive.org 
  4. «Retrato de una Academia anclada en la Historia. Ritos religiosos, cargos vitalicios, rotunda hegemonía masculina y una desatención por la España contemporánea lastran la institución. 1/6/2011». www.elpais.com  - «El País». es.wikipedia.org , consultado el 1/6/2011
  5. «Los historiadores se alarman ante la hagiografía de Franco, 30/5/2011». www.publico.es , «Público (España)». es.wikipedia.org , consultado el 1/6/2011
  6. «Un ex alto cargo del Gobierno del PP firma elogiosas biografías sobre José María Aznar y Esperanza Aguirre, 31/5/2011». www.lavanguardia.com  - «La Vanguardia». es.wikipedia.org 
  7. ««La Real Academia de la Historia 'no corregirá' la polémica biografía de Franco»». www.elmundo.es 
  8. «Comunicado de la Real Academia de la Historia. 3 de junio de 2011» (PDF). www.rah.es  Erro na predefinição wayback: Verifique |url= value. Vazio.
  9. «Juan Van-Halen». es.wikipedia.org . «Patada al diccionario». hemeroteca.abc.es . ABC 14 de julio de 2011
  10. «El 'Diccionario' no se corrige, pero se financia» 
  11. «Wert anuncia que se corregirán 31 entradas del 'Diccionario biográfico'» 
  12. «Retrato de una Academia anclada en la Historia. Ritos religiosos, cargos vitalicios, rotunda hegemonía masculina y una desatención por la España contemporánea lastran la institución. 1/6/2011». www.elpais.com  - «El País». es.wikipedia.org , consultado el 1/6/2011
  13. «Los historiadores se alarman ante la hagiografía de Franco, 30/5/2011». www.publico.es , «Público (España)». es.wikipedia.org , consultado el 1/6/2011
  14. «Un ex alto cargo del Gobierno del PP firma elogiosas biografías sobre José María Aznar y Esperanza Aguirre, 31/5/2011». www.lavanguardia.com  - «La Vanguardia». es.wikipedia.org 
  15. «Académicos Numerarios». www.rah.es  Erro na predefinição wayback: Verifique |url= value. Vazio.

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