Usuário:Music01/Testes/Run the World (Girls)

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"Run the World (Girls)"
Single de Beyoncé
do álbum 4
Lançamento 21 de abril de 2011 (2011-04-21)
Formato(s) Download digital
Gravação 2010;
MSR Studios
(Nova Iorque)
Gênero(s) Pop, R&B
Duração 3:55
Gravadora(s) Columbia
Composição Beyoncé Knowles, Terius Nash, Thomas Wesley Pentz, David Taylor, Adidja Palmer, Nick van de Wall
Produção Beyoncé, The-Dream, Switch, Shea Taylor
Cronologia de singles de Beyoncé
"Why Don't You Love Me"
(2010)
"Best Thing I Never Had"
(2011)
Lista de faixas de 4
"I Was Here"
(11)

"Run the World (Girls)" é uma canção da artista musical estadunidense Beyoncé, contida em seu quarto álbum de estúdio 4 (2011). Foi composta pela própria juntamente com The-Dream, Switch, Wesley Pentz, David Taylor, Adidja Palmer e Nick van de Wall, sendo produzida pelos três primeiros em conjunto com Shea Taylor. A sua gravação ocorreu em 2010 nos MSR Studios, em Nova Iorque. A composição foi disponibilizada em formato digital em 21 de abril de 2011, servindo como o primeiro single do disco, sendo posteriormente enviada para estações de rádio mainstream, urban e rhythmic, e promovida através de extended play (EP) digitais contendo diversos remixes.

Beyoncé explicou que o desenvolvimento da canção foi inspirado pelo fato de que ela queria algo diferente: uma mistura de diferentes culturas e eras, um novo som, e uma mensagem que daria força às mulheres. Apresentando demonstrações de "Pon de Floor", do grupo Major Lazer, "Run the World (Girls)" é musicalmente derivada do R&B e do pop. Contendo influências do dancehall e elementos do go-go, é constituída por sintetizadores pesados e percussão africana e de marcha. Comparada com singles lançados anteriormente pela artista, como "Single Ladies (Put a Ring on It)", e reminiscente a trabalhos de Michael Jackson, a canção apresenta uma mensagem assumidamente agressiva, promovendo a capacitação feminina.

"Run the World (Girls)" foi recebida de forma mista por críticos musicais. Enquanto alguns prezaram a demonstração de "Pon de Floor", sua direção musical, e a agressividade demonstrada pela a artista, outros criticaram a continuação de temas passados e declaram que queriam que Beyoncé tratasse de novos assuntos. Apesar da recepção mista, a canção foi incluída em diversas listas que compilaram as melhores canções de 2011, e venceu a categoria de Choice R&B/Hip-Hop Track nos Teen Choice Awards. Comercialmente, a composição obteve um desempenho moderado, listando-se nas vinte primeiras colocações de países como Austrália, Bélgica, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e Suíça. Nos Estados Unidos, atingiu a 29ª posição como melhor na Billboard Hot 100 e culminou na genérica Hot Dance Club Songs, ao passo em que recebeu uma certificação de ouro pela Recording Industry Association of America (RIAA), devido às vendas de 500 mil unidades no país.

O vídeo musical correspondente foi dirigido por Francis Lawrence e estreou em 18 de maio de 2011 no programa televisivo American Idol. As cenas retratam Beyoncé como a capitã de um exército feminino, enquanto seduz e confronta o exército masculino. O trabalho foi bem recebido por críticos musicais, que afirmaram que a cantora deu início a uma revolução de dança e favoreceram os visuais altamente coreografados. Como resultado, foi incluído em diversas listas que apresentaram os melhores vídeos de 2011 e venceu a categoria de Best Choreography nos MTV Video Music Awards de 2011, ao passo em que recebeu indicações em outras premiações. A divulgação de "Run the World (Girls)" contou com apresentações em programas televisivos e premiações, mais notavelmente nos Billboard Music Awards de 2011; esta, embora tenha sido bem recebida criticamente, gerou controversa em relação à sua produção devido à semelhanças visuais com uma performance da cantora italiana Lorella Cuccarini, feita em fevereiro de 2010 no 60º Festival de Sanremo. Além de ter sido incluída no concerto de residência de Beyoncé 4 Intimate Nights with Beyoncé (2011) e em suas turnês posteriores, a obra foi regravada por Heather Morris, do seriado musical Glee, e foi usada para acordar a tripulação da missão final do US Spache Shuttle Atlantis.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

The-Dream (imagem) contribuiu no processo de composição e produção de "Run the World (Girls)".

Em uma entrevista com a Capital FM feita em março de 2011, o produtor Shea Taylor confirmou que o single inicial de 4 seria lançado no final de abril.[1] "Run the World (Girls)" foi composta por Terius Nash, Beyoncé Knowles, Nick van de Wall, Thomas Wesley Pentz, Dave Taylor e Adidja Palmer. Foi produzida por Switch, Taylor, Knowles e Nash, com este último usando o nome artístico The-Dream, e mixada por Serban Ghenea nos MixStar Studios, em Virginia Beach, Virginia.[2] Antes do lançamento da canção, houveram rumores de que seu título seria "Girls (Who Run the World)".[3] Em 14 de abril de 2011, duas porções da composição foram ilegalmente divulgadas na Internet,[4][5] enquanto uma demo inacabada da faixa foi divulgada de forma ilegal quatro dias depois.[6]

Após vencer o Billboard Billennium Award nos Billboard Music Awards em maio de 2011, em reconhecimento aos recordes de sua carreira e sua influência na indústria musical, Beyoncé concedeu uma entrevista para a Billboard na qual discutiu sua carreira solo e seu quarto álbum de estúdio. Quando questionada sobre a ousadia de "Run the World (Girls)", a artista respondeu:[7]

Entre 16 e 27 de junho de 2011, uma música de 4 foi disponibilizada a cada dia para ser ouvida na página oficial de Beyoncé, acompanhada por sua respectiva fotografia contida no encarte do álbum e uma citação.[8] Em 27 de junho, "Run the World (Girls)" foi a décima primeira e última canção a ser disponibilizada. Na citação acompanhante, a cantora escreveu: "Eu tento escrever canções que tragam o melhor em todos nós e nos manterão juntos. Eu penso em dizer coisas que as mulheres querem dizer, mas às vezes elas não estão confiantes o suficiente para dizer. Eu continuo a escrever essas canções que dão forças para as mulheres".[9]

Lançamento[editar | editar código-fonte]

Após ter sido ilegalmente divulgado na Internet, o tema foi lançado antecipadamente. "Run the World (Girls)" estreou nas rádio estadunidenses em 21 de abril de 2011, e lançada digitalmente na loja virtual iTunes Store no mesmo dia. De acordo com o portal britânico Digital Spy, o single foi disponibilizado gratuitamente na iTunes Store e no serviço de podcast Concrete Loop algumas horas antes de seu lançamento oficial. A obra foi enviada para estações radiofônicas mainstream, urban e urban adult contemporary em 26 de abril de 2011. De acordo com a MTV News, a canção foi bem recebida pelos fãs de Beyoncé no Twitter. Um extended play (EP) composto por três remixes do número foi distribuído na Austrália, na Nova Zelândia e no Reino Unido em 2 de setembro de 2011.[10][11][12] Um segundo EP, também formado por três remixes, foi comercializado nos Estados Unidos em 2 de abril de 2013.[13]

A capa do single foi lançada em 20 de abril de 2011 e fotografada seis dias antes. Nela, Beyoncé faz uma pose ousada enquanto está de pé na areia. Com seu punho no ar coberto por protetores de antebraço, a cantora usa um vestido amarelo drapeado desenhado por Emilio Pucci, e botas pretas altas. O jornal Los Angeles Times analisou que a imagem aponta para uma "...zona de guerra pós-apocalíptica, usando um cocar de ouro elaborado e segurando uma bandeira vermelha com um 'B' preto". Tray Hova, da revista Vibe, prezou a gravura e declarou que Beyoncé parece "resplandecente como o inferno" na capa e que "ninguém está reclamando sobre a hora de Bey[oncé] aqui". Escrevendo para a Marie Claire, Elanor Young descreveu a foto como "horrenda". Ray Rogers, da Billboard, analisou que a artista "claramente transmite sua mensagem marcante de capacitação feminina". Becky Bain, da página Idolator, descreveu a imagem como "bastante decepcionante" e que com uma "música balística de boate" como "Run the World", ela esperava mais do que uma foto do corpo da intérprete, e criticou a capa por confundir a locação onde foi fotografada. Entretanto, Bain elogiou Beyoncé em sua escolha de salto-altos como "...uma coisa séria".

Composição[editar | editar código-fonte]

"Run the World (Girls)" é uma canção derivada do pop e do R&B. Jocelyn Vena, da MTV News, descreveu-a como uma "música de boates" e "o tipo de canção [de] capacitação feminina/poder feminino", assim como outros singles de Beyoncé, incluindo "Single Ladies (Put a Ring on It)" (2008) e "Independent Women" (2000) — com este último tendo sido lançado pela artista como integrante do grupo feminino Destiny's Child. Shea Taylor, um dos produtores da obra, comentou que a faixa é mais inspirada pelo pop do que pelo R&B, e que ela reminiscente a trabalhos de Michael Jackson. Assim como "Get Me Bodied" (2007), também lançada pela artista, o número de "alta energia" incorpora influências do dancehall, contém elementos do go-go e é definindo em uma batida de tambores militares, a qual é retirada da demonstração de "Pon de Floor", do grupo Major Lazer e Vbyz Kartel. A canção também consiste de sintetizadores pesados e percussão africana e de marcha. Análises do The Huffington Post e da revista Spin notaram que "Run the World (Girls)" apresenta vocais gritantes e canto bruto. Em entrevista com Ray Rogers, da Billboard, a cantora declarou que queria mostrar esses elementos em 4: "Eu usei muitos agudos e aspereza na minha voz que as pessoas ouvem nas minhas apresentações ao vivo, mas não necessariamente nos meus discos". Ao passo em que Kathy McCabe, da edição australiana do The Daily Telegraph, comparou a canção com "Single Ladies (Put a Ring On It)" e "Diva", Johnston Breihan, do The Village Voice, a comparou com cantos de pátios de escola, devido às suas "batidas de líderes de torcida" e o uso repetitivo da palavra "Girls".

De acordo com a partitura publicada pela EMI April Music, Inc., a canção é composta na chave de dó maior e no tempo de assinatura comum, apresentando um ritmo acelerado de 124 batidas por minuto. Os vocais da artista abrangem-se entre as notas de sol3 e mi5, ao passo em que a obra possui uma sequência básica de lá maior, si bemol maior, ré maior, mi bemol maior, fá maior e sol maior como sua progressão harmônica. "Run the World (Girls)" inicia-se com um curto solo de piano e uma batida pesada. Beyoncé canta "Mulheres, nós dominamos isso aqui" repetidamente. A obra move-se para letras mais suaves e persuasivas, porém presunçosas, como "Acho que preciso de um barbeiro / Esses caras não acabam comigo / Eu mando muito bem, mostro como sou do gueto". Com harmonias pegajosas e vocais sensuais, a intérprete afirma: "A minha persuasão pode construir uma nação". Em seguida, ela canta o gancho repetitivo e as linhas do refrão. Na seguda estrofe, Beyoncé diz que a educação dá força e independência para as mulheres. Outras letras desse tema incluem a linha "Somos espertas para ganhar milhões / Fortes para ter filhos / E então voltar a trabalhar". Vena analisou que a artista canta em seu conhecido estilo staccato na segunda estrofe. A cantora repete o refrão após a ponte, e seus vocais desaparecem ao passo em que a música termina.

Crítica profissional[editar | editar código-fonte]

Críticas profissionais
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
About.com 4.5 de 5 estrelas.[14]
Billboard (positiva)[15]
Digital Spy 4 de 5 estrelas.[16]
Examiner 2 de 5 estrelas.[17]
POPLine (15/100)[18]
Rolling Stone 3.5 de 5 estrelas.[19]

Adam Rosenberg, da Rolling Stone, concedeu para a faixa três estrelas de cinco totais, escrevendo que "desde 'Independent Women' até 'Single Ladies', o poder feminino sempre esteve entre os principais tópicos de Beyoncé, e 'Run the World (Girls)' é um retorno escaldante ao tema" e adicionando: "Ela abandona os sons da moda — sem sintetizadores eurodisco — para encontrar-se com a feroz batida dancehall de Diplo e Switch. A mensagem é particularmente entusiasta [e] feminista. Mas com [Lady] Gaga, Britney [Spears], Katy [Perry], Rihanna e Taylor [Swift] competindo para serem a rainha do pop, você pode apostar que Beyoncé não está disposta a compartilhar o trono".[19] Em uma análise de 4, o editor da mesma revista Matthew Perpetua observou que a canção "foi um pouco decepcionante quando foi lançada como o single inicial de 4, mas é animadora como a conclusão celebradora do disco" e que "depois de todas essas músicas sobre angústia romântica, 'Run the World' parece [ser] totalmente alegre e libertadora".[20] Embora tenha a chamado de "bastante agradável", Maura Johnston, do The Village Voice, desaprovou a falta de estrutura da composição, definindo a obra como "um pouco estufada".[21] Jocelyn Vena, da MTV News, descreveu "Run the World (Girls)" como uma "canção atrevida [com] letras [do] poder feminino combinada com um apelo de boates", vindo a analisar que ela é "alta e orgulhosa em sua mensagem implacável" e que Beyoncé "está claramente reunindo as tropas para o seu lado". Escrevendo para a publicação New York, Amos Barshad chamou-a de uma "espécie de monstro — agressivo, intenso e totalmente comprometido". O profissional também a definiu como "declarativa" e sentiu que sua escolha como o primeiro single de 4 foi "bruscamente eficaz". O jornalista do Los Angeles Times Matt Donnelly comparou a obra com diversos dos singles anteriores da intérprete, declarando que ela apresenta uma ousadia maior do que "Independent Women", mas que não contém "a elegância corajosa e futurista" de "Diva".

Latifah Muhammad, da coluna The Boombox, publicada no portal AOL, comentou que "Run the World (Girls)" trouxe um caminho diferente para Beyoncé, analisando que sua mensagem foi "muito mais assumidamente agressiva" do que "Single Ladies (Put a Ring on It)". Muhammad complementou a batida da canção e escreveu que a artista permaneceu "apropriadamente drapeada" sob a insistente batida de marcha do número. Kevin O'Donnell, da revista Spin, descreveu a faixa como "um empolgante hino do poder feminino" e comparou-o com "Single Ladies (Put a Ring on It)" e "If I Were a Boy", destacando que a composição é "mais briguenta" do que as músicas supracitadas devido aos seus sintetizadores contorcidos e seu canto bruto. Em uma análise para 4, o colega de O'Donnell Mikael Wood disse que "novamente, talvez Beyoncé tenha relegado 'Run the World' para [ser a] última [faixa de 4] porque é a pior canção aqui, uma reforma irregular de 'Pon de Floor', de Major Lazer, que de alguma forma consegue fazer a cantora soar menos poderosa do que já soou em anos". Durante a semana de lançamento da música, o periodista da NME Alex Denney selecionou-a como a melhor daquele período, chamando-a de "uma declaração 'feminista' cuspidora de fogo desenrolada ao longo das batidas dancehall militares emocionantes de Switch e Diplo" e analisando que "não há surpresas aqui, uma vez que 'Run the World (Girls)' é precisamente o tipo de acumulação louca de acentos stacatto que Beyoncé fez em seu nome". Entretanto, o profissional disse que ela teria que "encontrar outra engrenagem para eliminar seu inimigo se 'Judas' se tornar viral na próxima semana com uma promoção apresentando [Lady] Gaga surgindo da boca do Papa Ratzie". Em uma outra resenha, o colunista da mesma revista Hamish MacBain avaliou que a composição é a melhor de 4. Jarrett Wieselman, do New York Post, considerou a canção como uma das mais animadoras que Beyoncé já lançou.

A faixa de ritmo agressivo e viciante, e suas palavras do poder feminino, são suficientes para fazer essa canção se destacar entre os atuais lançamentos pop, mas é a pausa começando com uma sensual Beyoncé nos seduzindo com 'A minha persuasão pode construir uma nação' que envia isso tudo para o topo.

—Trecho da análise feita pelo colunista da página About.com Bill Lamb.

Bill Lamb, do portal About.com, atribuiu ao single quatro estrelas e meia de cinco totais, comentando que ela funciona perfeitamente como "uma progressão natural" para a música de Beyoncé desde seus trabalhos como integrante do Destiny's Child, escrevendo que "não há erros de que ['Run the World (Girls)'] é uma música de Beyoncé, e é emocionante em sua habilidade de explorar ainda mais [a arte da cantora] e adicionando que "se existe uma artista atual que não surpreenderia ninguém em cantar sobre dominar o mundo, esta artista seria Beyoncé". Em outra resenha, o editor comentou que, juntamente com "End of Time", a canção "dá à Beyoncé a oportunidade de demonstrar sua facilidade com canto grampeado e percussivo equilibrado com vocais suaves, deslumbrantes e melódicos". Nick Minichind, do canal VH1, prezou a obra por diversos comentários relacionados à capacitação feminina que, de acordo com ele, são "habilmente tecidos nas letras, sem se sentirem fora do lugar". Minichind também disse que "Run the World (Girls)" restaura a própria subjetividade das mulheres e que a ponte retrata "uma Beyoncé praticamente canalizada por Cleópatra". Escrevendo para a página britânica Digital Spy, Lewis Corner descreveu o número como "outra revolução da capacitação feminina que com certeza dominará as pistas de dança nesse verão". Robert Copsey, do mesmo portal, concedeu para a composição quatro estrelas de cinco atribuíveis, complementando as "batidas da terra, os ganchos hipnotizantes e os tambores militares batendo implacavelmente enquanto Queen B declara: 'Mulheres, nós dominamos isso aqui' com mais convicção feminina do que Geri Halliwell em uma reunião das Spice Girls em 1998". Copsey acrescentou que "com uma estrutura não identificável, a demonstração moderna e embaralhada de 'Pon de Floor', de Major Lazer, está livre para caminhar como lhe aprouver; adicionada a uma batida de boates agressiva, giradora de cabeça e feroz".

Genevieve Koski, do The A.V. Club, analisou que a "batida da demonstração de Major Lazer provou-se ser muito menos adequadas às rádios" e escreveu que ela "se sobressai sonoramente". Escrevendo para a revista Entertainment Weekly, Adam Markovitz disse que, na canção, a artista "transforma o [tema] brega [do] pós-feminismo em uma dança marcial que estala como uma explosão do pop agitado nas rádios piratas". Embora tenha prezado "Run the World (Girls)" por sua mensagem exigentemente agressiva, Brad Wete, da mesma publicação, notou a continuação de temas passados, escrevendo que queria ver Beyoncé "dominar as pistas com um conteúdo [que fosse] um pouco sábio" e acrescentando: "Ela é totalmente capaz de fazer um álbum clássico, gênio e relacionável como The Miseducation of Lauryn Hill, de Lauryn Hill". Tom Breihan, da Pitchfork Media, analisou que o número é "devotadamente pró-feminina, como o título faria você esperar" e comparou sua direção musical com as de "Get Me Bodied" e "Single Ladies (Put a Ring on It)". Sal Cinquemani, da Slant Magazine, resenhou que a intérprete "erra a marca do tempo aqui" e definiu a música como "simplesmente estúpida". O resenhista, contudo, elogiou a ponte e as "harmonias quentes e pegajosas". O colega de Cnquemani Eric Hendenson escreveu que, apesar de seu novo contexto, a obra "não poderia soar mais como a enteada ruiva proverbial". Jem Aswad, da Billboard, comentou que "há muito mais da canção do que encontrar o ouvido pela primeira vez — ela lhe confunde na primeira audição, mas se aglutina lindamente com execuções repetidas". Erika Ramirez, da mesma revista, descreveu a demonstração de "Pon de Floor" como "triunfante". Lizanda Pronin, do portal brasileiro Território da Música, avaliou que a canção apresenta "o indispensável clima de pista". Alex Alves, da coluna Termômetro, publicada na página POPLine, concedeu para a faixa 15 pontos de uma escala que vai até cem, escrevendo que "em uma primeira audição, [a obra] nos remete a b-sides do grupo que deu a luz à cantora, as Destiny's Child, com um toque de M.I.A., piorada, bem piorada" e descreveu o refrão como uma "repetição incessante".

Escrevendo para o PopDust, Andrew Unterberger analisou que a música "é certamente uma escolha pouco convencional para um single inicial, soando mais como uma instrução de perfuração de quatro minutos do que uma tradicional canção de boates" e adicionou que "não é só a batida que faz a canção ser estranha — é também bastante livre em estrutura, apresentando um refrão em três partes que vão e vem em peças ao longo da música, e um verso cuja melodia raramente fica consistente por mais alguns compassos". Chris Richards, do jornal The Washington Post, escreveu que "Run the World (Girls)" é "um clássico hino capacitador de Beyoncé onde a mensagem é tão vertiginosa como a batida" e acrescentou: "Como se estivesse liderando uma banda de marcha colegial em um carnal de rua caribenho, ela encontra uma salva feminista desarticulada, saudando uma geração de mulheres que 'têm os filhos' e são 'espertas o suficiente para ganhar milhões". Jenna Clarke, periodista do The Sydney Morning Herald, definiu-a como "uma faixa [com] sonoridade infeciosa" com uma batida dance cativante e letras capacitadoras, adicionando que a obra apresenta "uma Beyoncé soando mais corajosa", porém ainda seguindo os "passos poderosos" de seus sucessos anteriores como "Single Ladies" e "Crazy in Love". O crítico do Dallas Observer Shahryar Rizvi declarou que a música "copia um pedaço" de "Pon de Floor", de Major Lazer, e "Boyz", da inglesa M.I.A., mas comentou que o fato de a artista adquirir o som da primeira dois anos depois era "um problema". Resenhando para o portal Examiner, Dee Windt avaliou a composição de forma negativa, concedendo duas estrelas de cinco totais e analisando que o faz a canção ser ruim é o fato de que "qualquer um poderia ter cantado ela, qualquer um poderia ter composto ela, e qualquer um poderia apresentar ela ao vivo".[22]

Vídeo musical[editar | editar código-fonte]

Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

Eu tenho que dar à ela [Beyoncé] e à Francis [Lawrence] o crédito [de selecionar] o ambiente. Ela desafiou Francis em encontrar um mundo que é único para ela. Nós poderíamos ter o feito facilmente no centro de Los Angeles ou no centro de Nova Iorque, mas foi muito importante para ela encontrar um mundo que era único para seu estilo e a imagem para seu novo projeto.

—O coreógrafo Frank Gatson falando sobre a escolha das locações do vídeo musical.

O vídeo musical de "Run the World (Girls)" foi dirigido por Francis Lawrence e fotografado por Jeffrey L. Kimball. Beyoncé trabalhou com oito coreógrafos, incluindo Frank Gatson e Sheryl Murakami. As filmagens do trabalho ocorreram no Deserto de Mojave e em Inglewood, ambos situados na Califórnia. Imagens das filmagens no deserto foram ilegalmente divulgada em 12 de abril de 2011, e apresentaram a artista em uma zona de guerra enfumaçada e pós-apocalíptica, vestindo um figurino gladiador e uma coroa dourada, acenando uma bandeira vermelha com um logotipo "B". Ela estava cercada por dançarinas em sais brilhantemente coloridas, jaquetas pretas militares e bonés pontiagudos. Outras fotos retratam um exército de mulheres posando contra um carro devastado, com a palavra "Révolution" pulverizada nele e cartazes de Beyoncé vistos atrás do grupo. Em 13 de abril, foram divulgadas mais imagens, que retratavam Beyoncé na areia usando um vestido amarelo brilhante, botas pretas altas e luvas. O vídeo foi filmado entre os dias 11 e 13 de abril.

Cinco dias após o término das filmagens, Lawrence concedeu uma entrevista para a MTV News na qual discutiu as filmagens: "Eu filmei um vídeo da Beyoncé no começo da semana passada, [nos dias] segunda, terça e quarta-feira, que foi divertido, e eu não fazia um vídeo desde 2009. Será grande, provavelmente um dos maiores vídeos musicais de Beyoncé já feitos. E eu posso dizer que a canção é inacreditável. A coisa de Gaga [vídeo musical de "Bad Romance"] me pegou de surpresa, porque eu fiz vídeos por provavelmente 15 anos, e eu esqueci como era a estreia de um vídeo, sua espera e sua explosão. E sim, eu espero o mesmo para Beyoncé, mas eu não sei se isso vai acontecer. É uma música fantástica, então espero que essa canção grude nela, e acho que o vídeo será muito divertido e legal e diferente para ela". Beyoncé contratou 242 dançarinos, o grupo moçambicano de dança kwaito Tofo Tofo e o duo francês Lews Twins para aparecer na gravação. O grupo ensinou a artista passos de dança nativos de Moçambique para a rotina do vídeo. Em entrevista com a MTV, o coreógrafo Frank Gatson comentou que a intenção do trabalho foi refletir diversos gêneros de passos de dança:

De acordo com Billy John, do Yahoo! Music, os temas militares do vídeo foram influenciados pelo filme Mad Max (1979) e pela gravação audiovisual de "Rhythm Nation", de Janet Jackson. Em grande parte dos momentos de dança, Beyoncé utiliza uma abordagem minimalista, focando-se diversas vezes em um movimento que acentua a demonstração do rápido ritmo dancehall de "Pon de Floor". Ela inicia-se com um "balanço intrincado do ombro por 20 segundos", ao passo que em outros momentos de dança focam-se em suas pernas, pés ou mãos; ela varia seu estilo entre o hip hop do final da década de 1990, jazz, dança de rua e movimentos africanos. Segundo o Daily Mail, parte das rotinas de dança do vídeo musical foram inspiradas pela Riverdance, uma apresentação irlandesa de sapateado notada por seus rápidos movimentos nas pernas e chutes altos enquanto o corpo e os braços mantêm-se largamente estacionários. A artista também refez cenas de diversos de seus vídeos anteriores, incluindo "Crazy in Love", "Baby Boy" e "Déjà Vu".

Segundo o jornal The Guardian, o vídeo musical também relembra imagens dos integrantes de circos nigerianos apresentando-se com hienas em correntes, tiradas pelo fotógrafo sul-africano Pieter Hugo, em uma cena na qual Beyoncé segura duas hienas em correntes. Em entrevista para o New York Post, Galanida comentou que a intérprete nunca quis segurar a hiena e que ninguém estava permitido de entrar no local das filmagens quando a hiena estava sendo filmadas. Lawrence manteve duas hienas na locação, mas só usou uma delas e não prendeu correntes nelas devido às leis rigorosas. A produtora executiva adicionou: "Elas são os animais mais difíceis de serem filmados, e os mais perigosos, então você tem que ser bem carinhoso. Nós basicamente as duplicamos e adicionamos as cordas". As sequências nas quais a cantora caminha em um búfalo, dança na areia e canta em cima de um carro em chamas foram descritas como "reminiscentes" a trabalhos do fotógrafo Ed Kashi.

No vídeo musical de "Run the World (Girls)", o figurino de Beyoncé inclui uma armadura, um cocar sacerdotisa, lingerie e roupas de alta costura. A cantora é vista usando um vestido bordado de cor vermelha e dourada com botas altas, ambas da coleção de inverno de Alexander McQueen. Na primeira cena da gravação, ela aparece usando um colete de retalhos de pele, desenhado por Brian Litchtenberg. Para a rotina de dança na areia, a intérprete usa uma roupa preta com franjas, além de um vestido Givenchy em uma sequência retratando a artista com duas hienas grandes. Durante uma cena envolvendo guerreiros, Beyoncé usa um vestido de corte preto, apresentado no desfile da coleção de primavera de Jean Paul Gaultier. Um curto vestido com lantejoulas douradas e dois vestidos de Emilio Pucci — um amarelo com um decote, e outro de cor verde esmeralda com um corte assimétrico — completa os figurinos da cantora.

Lançamento e sinopse[editar | editar código-fonte]

Em 20 de abril, uma prévia do vídeo musical foi lançado no portal oficial de Beyoncé, o qual descreveu o trabalho como "B Revolution". Iniciou-se com o amanhecer por trás de uma cerca de arame farpado, com a palavra "Révolution" pintada de vermelho em um carro quebrado sendo mostrada. Em seguida, a cantora apareceu andando em um cavalo negro. Em 4 de maio seguinte, outra prévia foi lançada, apresentando uma tropa de mulheres em uma locação rural; contudo, a artista não é vista. Uma terceira prévia foi lançada seis dias depois, retratando a intérprete na frente de um carro em chamas, andando em um cavalo e montando um exército em um local pós-apocalíptico. Durante uma festa de audição privada de 4 feita em 12 de maio, Beyoncé selecionou um pequeno grupo de fãs e concedeu uma prévia de cinco músicas do álbum e apresentou o vídeo oficial de "Run the World (Girls)" por completo que, supostamente, apresentaria um leão e a cantora se contorcendo na areia. Originalmente, a estreia da gravação ocorreria no dia 13 de maio de 2011. Entretanto, a plataforma de vídeos Vevo confirmou que o lançamento seria adiado porque Beyoncé estava "aperfeiçoando-o". O projeto estreou em 18 de maio de 2011 no reality show American Idol e disponibilizado para compra na iTunes Store de diversos países dois dias depois. Uma versão alternativa do vídeo musical foi incluída na edição deluxe de 4. Esta edição foi lançada em 1º de julho de 2011, mas foi ilegalmente divulgada dois dias antes.

O vídeo inicia-se com Beyoncé sendo vista andando em um cavalo negro, em uma planície aberta e deserta. Conforme o cavalo levanta-se do chão, cenas da artista em cima de um veículo destruído são mostradas, ao passo em que ela lidera um grande exército feminino. Cenas adicionais incluem um grande búfalo no meio do campo de batalha e uma grande faixa retratando um desenho de Beyoncé, feito em estilo africano. Uma mulher aparentemente pregada em uma cruz é posteriormente vista. Enquanto diversas mulheres seminuas são mostradas, uma equipe da SWAT de homens chegam no campo de batalha, uma demonstração de "Pon de Floor" é tocada. Ao passo em que as forças masculinas chegam, a intérprete veste uma grande armadura dourada, enquanto está cercada por um leão; em seguida, surge um grande grupo de mulheres preparadas para a batalha, além de faixas e cartazes retratando Beyoncé em insígnia. Quando a canção finalmente começa, a cantora remove sua armadura e confronta o exército feminino, iniciando uma série de rotinas de dança nas quais balança os ombros repetidamente.

Beyoncé dança sedutoramente ao redor dos homens, enquanto cenas nas quais ela veste diversos figurinos são apresentadas; a prima delas retrata a artista usando um vestido de noite branco, agarrando as correntes que ligam à duas hienas. À medida que o confronto progride-se, a cantora aparece perto de diversos veículos em chamas, e veste outra roupa diferente. Retornando ao enredo principal, o vídeo muda de foco para mostrar Beyoncé na frente de um pequeno grupo de mulheres de seu exército, usando um vestido amarelo e botas altas. Quando os passos de dança começa, sequências dos dois exércitos se confrontando são vistas, enquanto a intérprete se contorce na areia. As mulheres, agora uma equipe maior, são retratadas dançando, usando movimentos poderosos e enfáticos na frente do exército masculino com figurinos alternados, enquanto diversas bandeiras são vistas ao fundo. A gravação termina com a linha de frente das mulheres confrontando os homens cara-a-cara, levantando seus braços direitos na linha "Quem somos nós? O que trouxemos? O mundo" e saudando para eles, ao passo em que Beyoncé retira o distintivo do general masculino, colocando-o em si.

Créditos[editar | editar código-fonte]

Todo o processo de elaboração de "Run the World (Girls)" atribui os seguintes créditos:[2]

Gravação e publicação
  • Gravada nos MSR Studios (Nova Iorque)
  • Mixada nos MixStar Studios (Virginia Beach, Virginia)
  • Publicada pelas seguintes empresas: 2082 Music Publishing (ASCAP) — administrada pela WB Music Corporation —, EMI April Music Inc., B-Day Publishing (ASCAP), Switch Werd Music (ASCAP), The Royalty Network, Inc. e Talpa Music
Crédito de demonstração
Equipe

Referências

  1. «Beyoncé to release new single?» (em inglês). Capital FM. Global Radio. Consultado em 2 de maio de 2015 
  2. a b (2011) Créditos do álbum 4 por Beyoncé. Columbia Records.
  3. Jason Lipshutz (20 de abril de 2011). «Beyoncé's 'Run the World (Girls)' Single to Hit iTunes Tomorrow». Billboard (em inglês). Prometheus Global Media. Consultado em 2 de maio de 2015 
  4. «Snippet of Beyoncé's New Single Hits the Net». Rap-Up (em inglês). Devin Lazerine. 14 de abril de 2011. Consultado em 2 de maio de 2015 
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