Zé Rufino

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Ten. Zé Rufino
Zé Rufino
Zé Rufino, c.1936
Nome completo José Osório de Farias
Outros nomes O Matador de Cangaceiros
Conhecido(a) por ter matado diversos cangaceiros, inclusive Corisco
Nascimento 20 de fevereiro de 1906
São José do Belmonte, Pernambuco
Morte 20 de fevereiro de 1969 (63 anos)
Jeremoabo, Bahia
Causa da morte Infarto
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Policial

José Osório de Farias, mais Conhecido por Zé Rufino (São José do Belmonte, 20 de Fevereiro de 1906 - Jeremoabo, 20 de Fevereiro de 1969) foi um policial militar, era chamado também de O Matador de Cangaceiros por ter matado muitos deles.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido em 20 de Fevereiro de 1906, o jovem Osório de Farias era fascinado pela música tendo se tornado sanfoneiro muito novo.[1] Ele rapidamente ficou conhecido como um dos mais respeitados sanfoneiros da região.

Em muitos anos como um musicista ele foi apelidado de "José de Rufina", uma referência a sua mãe, Maria Rufina.

Logo seu apelido seria cunhado: Ele ficaria conhecido como Zé Rufino.

Já com muita fama, o sanfoneiro conheceria o temido cangaceiro Lampião, tendo chamado a atenção do mesmo, Rufino recebeu duas vezes o convite de juntar-se aos foras da lei comandados por Virgulino, ele rejeitou ambas propostas, ele sabia que rejeitando os convites do criminoso, jamais teria tranquilidade ao lado de sua sanfona.

Ele então se muda para a Bahia, com o objetivo de tornar-se oficial da Polícia Militar. Em alguns anos o ex-musicista se tornaria Tenente, carregando em suas mãos as mortes de dezenas de cangaceiros e criminosos ligados ao cangaço.

Em meados de 1938, o nome e a reputação do tenente já havia chegado nos ouvido de Lampião que decidiu tomar uma providência contra o polícial, em julho daquele ano, o foragido da lei juntou seu bando, planejando por um fim a Zé Rufino.

Na manhã de 28 de julho, no entanto, enquanto Corisco se dirigia ao bando, foi alertado que Lampião havia sido executado pela tropa de João Bezerra da Silva, Corisco, agora cheio de raiva, jurou vingar seu chefe. Então, em agosto de 1938, matou, à sangue frio, Domingos Ventura e toda sua família.

Em 1940, com o cangaço já enfraquecido, Corisco e sua mulher, Dadá, decidem por sair da vida de cangaceiros e planejando sua fuga, buscando viver no anonimato. Enquanto passavam pela Bahia, eles se hospedaram na Fazenda Pacheco por certo tempo.

Com algumas informações, Zé Rufino descobre o lugar onde o casal de bandidos estavam escondidos. O oficial e sua tropa, no 25 de Maio de 1940, surpreenderam Corisco e Dadá, exigindo que eles se rendessem.

Os criminosos tentaram fugir, porém Dadá foi atingida na perna, e Corisco teve seu abdómen alvejado, vindo a falecer algumas horas após.[2]

Após a morte de Corisco, Zé Rufino ficou conhecido como o maior caçador de cangaceiros da História.

Falecimento[editar | editar código-fonte]

Zé Rufino faleceu em 20 de fevereiro de 1969 de infarto, dia em que completara 63 anos.

A localização de seu túmulo é incerta, ante à falta de identificação.

Referências

  1. Aventuras na História. «DE SANFONEIRO A POLICIAL MILITAR: ZÉ RUFINO, O CAÇADOR DE CANGACEIROS». 15 de junho de 2020. Consultado em 23 de novembro de 2020 
  2. Tok de História. «A ENTREVISTA DE GLAUBER ROCHA COM ZÉ RUFINO, O MATADOR DE CORISCO». 21 de janeiro de 2012. Consultado em 23 de novembro de 2020