Amazaspes III Mamicônio

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 Nota: Para outros significados, veja Amazaspes Mamicônio. Para outros significados, veja Amazaspes.
Amazaspes III Mamicônio
Etnia Armênio
Progenitores Pai: Musel II
Ocupação General
Religião Catolicismo

Amazaspes III Mamicônio (em latim: Amazaspes; em grego: Αμαζάσπες; romaniz.: Amazáspes; em armênio: Համազասպ; romaniz.: Hamazasp) foi um armênio do século VI.

Nome[editar | editar código-fonte]

Amazaspes é a variante latina e grega (Αμαζάσπες) do persa médio Hamazaspe (*Hamazāsp) que, em última análise, deriva do persa antigo Hamāzāspa. Embora a etimologia precisa de *Hamazāsp/Hamāzāspa permaneça sem solução, pode ser explicada através do avéstico *hamāza-, "colisão/confronto" + aspa-, "cavalo", ou seja, "aquele que possuía corcéis de guerra". Foi registrado em armênio (Համազասպ) e georgiano (ამაზასპ) como Hamazaspe (Hamazasp) e também foi latinizado e helenizado como Amazaspo (Amazaspus; Αμαζασπος).[1][2][3]

Vida[editar | editar código-fonte]

Soldo de Maurício (r. 582–602)

Amazaspes possivelmente era filho de Musel II, brevemente marzobã da Armênia em 594.[4] Cerca de 595, segundo o historiador Sebeos, ajudou o general bizantino Heráclio, o Velho, enviado à Armênia pelo imperador Maurício (r. 582–602), a combater a revolta de Samuel Vanúnio e Atates Corcoruni.[5] No episódio perseguiram os rebeldes, que foram obrigados a cruzar o rio Centrites, na fronteira de Corduena com a Armênia, através da chamada ponte de Daniel. Samuel e seus comparças destruíram a ponte e se prepararam no desfiladeiro próximo para proteger a passagem. Os bizantinos foram obrigados a parar a marchar junto ao rio e pretendiam retornar, quando encontraram um sacerdote viajante e o ameaçaram de morte caso não lhes contasse como poderiam cruzar. Todo o exército cruzou o vau que lhes foi mostrado. Parte das forças bizantinas cobriu a retaguarda, parte protegeu a ponte e a entrada do vale circundante e o restante entrou no ponto onde os rebeldes se protegiam e os massacrou..[6]

Referências

  1. Fausto, o Bizantino 1989, p. 378.
  2. Rapp 2009, p. 660.
  3. Rapp 2014, p. 164, 224.
  4. Settipani 2006, p. 147.
  5. Martindale 1992, p. 585; 1023.
  6. Sebeos 1999, p. 35.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Fausto, o Bizantino (1989). Garsoïan, Nina, ed. The Epic Histories Attributed to Pʻawstos Buzand: (Buzandaran Patmutʻiwnkʻ). Cambrígia, Massachusetts: Departamento de Línguas e Civilizações Próximo Orientais, Universidade de Harvard 
  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). «Heraclius 3». The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8 
  • Rapp, Stephen H. (2009). «The Iranian Heritage of Georgia: Breathing New Life into the Pre-Bagratid Historiographical Tradition». Iranica Antiqua. 44. doi:10.2143/IA.44.0.2034389 
  • Rapp, Stephen H. Jr (2014). The Sasanian World through Georgian Eyes: Caucasia and the Iranian Commonwealth in Late Antique Georgian Literature. Londres e Nova Iorque: Routledge. ISBN 978-1-4724-2552-2 
  • Sebeos (1999). The Armenian History Attributed to Sebeos. Traduzido por Thomson, R. W. Liverpul: Imprensa da Universidade de Liverpul. ISBN 0853235643 
  • Settipani, Christian (2006). Continuité des élites à Byzance durant les siècles obscurs. Les princes caucasiens et l'Empire du vie au ixe siècle. Paris: de Boccard. ISBN 978-2-7018-0226-8