Arrebatamento pré-ira

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O arrebatamento pré-ira (ou simplesmente pré-ira) é um dos vários pontos de vista pré-milenistas sobre os acontecimentos do fim dos tempos entre os cristãos (principalmente evangélicos). Este ponto teológico afirma que os cristãos serão arrebatados algures na segunda metade da 70ª Semana de Daniel 9.27. É também chamado de Arrebatamento do 6º selo de Apocalipse.

Esta visão faz a distinção entre as palavras ira e tribulação sendo que Deus livrará a Igreja da ira mas não da Tribulação.

A ira de Deus só começa a ser derramada depois da abertura do 7º selo e inclui as 7 trombetas de juízos e as 7 taças da ira (últimas pragas).

Esta visão (assim como o pré-tribulacionismo, média-tribulação e pós-tribulacionismo cai sob o grande guarda-chuva do pré-milenismo) foi formalmente nomeada e divulgada por Marvin Rosenthal em seu livro "A Ira do Pré-Arrebatamento da Igreja", publicado pela editora Thomas Nelson, em 1990.[1]

Visão teológica[editar | editar código-fonte]

Quadro O Juízo Final, de Jean Cousin.

A posição pré-ira enfatiza a distinção bíblica entre tribulação (o que têm sido prometido aos cristãos) e da ira de Deus (que têm sido prometida libertação, salvação). Segundo a perspectiva pré-ira, a grande tribulação começa três anos e meio anos após o Anticristo fazer um pacto com os muitos (Daniel 9:27), no meio das setenta semanas de Daniel. "Setenta semanas" é uma referência a Daniel 9:24, onde cada dia da semana corresponde a um ano (para um total de sete). Após os primeiros três anos e meio, o Anticristo irá tornar-se conhecido com "a Abominação" que causa desolação e reinará durante três anos e meio anos (42 meses ou 1260 dias). Os outros três anos e meio são dominados pelo Anticristo, enganando o mundo e perseguindo a igreja.

Embora o momento exato do arrebatamento não seja conhecido, um dos pontos chave para a exibição pré-ira é que o arrebatamento vem ao soar da sétima e última trombeta. A aflição do povo de Deus será então cortada (de acordo com Jesus em Mateus 24, Marcos 13) com a segunda vinda de Cristo e do arrebatamento, e aqueles que são deixados para trás na Terra vão enfrentar as taças da ira de Deus (Apocalipse 16:1), daí o termo pré-ira.[2][3] A ira de Deus contra os ímpios segue para o restante dos sete anos, no que é conhecido como o Dia do Senhor.[1]

Grande parte da opinião pré-ira é baseada em uma interpretação linear, cronológica da conta de Jesus sobre o fim dos tempos, em Mateus 24. Em contraste com a visão pré-tribulacionista tradicional, por exemplo, a lua girando o vermelho do sangue ocorre apenas uma vez de acordo com a perspectiva pré-ira. Acontecimentos posteriores ao arrebatamento são baseados em valor de face, as interpretações dos livros de Apocalipse e Daniel.

Questões[editar | editar código-fonte]

A visão pré-ira difere muito no que diz respeito a:

  • a cronologia dos selos, trombetas e taças (tanto seqüencial quanto cronológica);
  • o calendário e a natureza do reino de Cristo;
  • o destino de Israel, durante e depois da tribulação.

Contudo, tais diferenças de como eventos específicos dentro da Profecia das 70 semanas ainda estão no âmbito da linha do tempo pré-ira.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Rosenthal, Marv: "The Pre-Wrath Rapture of the Church: Is It Biblical?", Regular Baptist Press (1991)
  2. Showers, Renald E: "The Pre-Wrath Rapture View", Kregel Academic & Professional (2001)
  3. Benware, Paul: "Understanding End Times Prophecy: A Comprehensive Approach", Moody Publishers (2001)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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