Formação Adamantina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Formação Adamantina
Distribuição estratigráfica: Cretáceo Superior
Tipo Formação geológica
Unidade do(a) Bacia do Paraná (Grupo Bauru)
Litologia
Localização
Homenagem Adamantina, SP
Nomeada por Soares et al., 1980
País  Brasil

A Formação Adamantina é uma formação geológica localizada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul.

È constituída por arenitos finos, siltitos e argilitos dispostos em camadas de aspecto maciço ou plano-paralelos, e estratificações cruzadas de pequeno e médio porte. Correspondem à porção inferior da Bacia Bauru, Cretáceo Superior e tem ampla distribuição no oeste e noroeste do estado de São Paulo e oeste de Minas Gerais, representando nessas regiões um rico jazigo fossilífero com uma fauna de vertebrados e invertebrados bastante diversificada, representada por crocodilianos, quelônios, dinossauros -incluindo aves- peixes, anfíbios, lagartos, moluscos e microfósseis. Seu ambiente deposicional refletiria um sistema flúvio-lacustre, sob regime de clima quente e sêco, e fases de maior umidade que contribuíram para a preservação dos restos de organismos.

Paleofauna[editar | editar código-fonte]

Crocodylomorpha
Família Espécie Localização Idade Imagens
Baurusuchidae Aplestosuchus sordidus Turoniano-Santoniano
Baurusuchus salgadoensis
Baurusuchus albertoi[1] Turoniano-Santoniano
Baurusuchus pachechoi[2] Turoniano-Santoniano
Baurusuchus salgadoensis[3] Turoniano-Santoniano
Campinasuchus dinizi Turoniano-Santoniano
Gondwanasuchus scabrosus
Pissarrachampsa sera
Stratiotosuchus maxhechti[4] Campaniano-Maastrichtiano
Goniopholididae Goniopholis paulistanus[5] Kimmeridgiano-Berriasiano
Itasuchidae Roxochampsa paulistanus Maastrichtiano
Notosuchidae Brasileosaurus pachecoi Maastrichtiano
Mariliasuchus amarali
Mariliasuchus amarali[6] Santoniano-Maastrichtiano
Mariliasuchus robustus[7] Santoniano-Maastrichtiano
Morrinhosuchus luziae[8]
Peirosauridae Montealtosuchus arrudacamposi[9] Turoniano-Santoniano
Pepesuchus deiseae Campaniano-Maastrichtiano
Sphagesauridae Adamantinasuchus navae
Adamantinasuchus navae
Armadillosuchus arrudai
Armadilosuchus arrudai Campaniano-Maastrichtiano
Caipirasuchus paulistanus Turoniano-Santoniano
Caryonosuchus pricei
Sphagesaurus huenei[10]
Sphagesaurus montealtensis[11]
Trematochampsidae Barreirosuchus franciscoi Turoniano-Santoniano
Dinosauria
Subordem Espécie Localização Idade Imagens
Theropoda Pycnonemosaurus nevesi Maastrichtiano
Pycnonemosaurus nevesi
Sauropodomorpha Adamantisaurus mezzalirai
Adamantisaurus mezzalirai
Maxakalisaurus topai
Aeolosaurus maximus
Antarctosaurus brasiliensis
Brasilotitan nemophagus Turoniano-Santoniano[12]
Gondwanatitan faustoi
Maxakalisaurus topai
Squamata
Subordem Espécie Localização Idade Imagens
Iguania Brasiliguana prudentis Turoniano-Santoniano


Referências

  1. NASCIMENTO, P.M.; ZAHER, H. (2010). «A new species of Baurusuchus (Crocodyliformes, Mesoeucrocodylia) from the Upper Cretaceous of Brazil, with the first complete postcranial skeleton described from the family Baurusuchidae». Papeis Avulsos de Zoologia. 50 (21): 323‑361 
  2. PRICE, L.I. (1945). «A new reptile from the Cretaceous of Brazil». Notas Preliminares e Estudos - Divisao de Geologia e Mineralogia, Departamento Nacional da Produao Mineral. 25 
  3. CARVALHO, I.S.; CAMPOS, A.C.A.; NOBRE, P.H. (2005). «Baurusuchus salgadoensis, a new Crocodylomorpha from the Bauru Basin (Cretaceous), Brazil». Gondwana Research. 8 (1): 11–30 
  4. CAMPOS, D.A.; SUAREZ, J.M.; RIFF, D.; KELLNER, A.W.A. (2001). «Short note on a new Baurusuchidae (Crocodyliformes, Metasuchia) from the Upper Cretaceous of Brazil». Boletim do Museu Nacional, Geologia. 57: 1-7 
  5. ROXO, M.G.O. (1936). «On a new species of fossil Crocodilia from Brazil, Goniopholis paulistanus sp. n.». Anais Acadedmia Brasileira de Ciências. 8: 33-34  line feed character character in |jornal= at position 30 (ajuda)
  6. CARVALHO, I.S.; BERTINI, R.J. (1999). «Mariliasuchus, um novo Crocodylomorpha (Notosuchia) do Cretáceo da Bacia Bauru, Brasil». Revista Geologica Colombiana. 24: 83-105 
  7. NOBRE, P.H.; CARVALHO, I.S.; VASCONCELLOS, F.M.; NAVA, W.R. (2007). «Mariliasuchus robustus, a new Crocodylomorpha (Mesoeucrocodylia) from the Bauru Basin, Brazil». Anuário do Instituto de Geociências. 30 (1): 38–49. ISSN 0101-9759 
  8. IORI, F.V.; CARVALHO, I.S. (2009). «Morrinhosuchus luziae, um novo Crocodylomorpha Notosuchia da Bacia Bauru, Brasil». Revista Brasileira de Geociências. 39 (4): 717–725 
  9. CARVALHO, I.S.; VASCONCELLOS, F.M.; TAVARES, S.A.S. (2007). «Montealtosuchus arrudacamposi, a new peirosaurid crocodile (Mesoeucrocodylia)from the Late Cretaceous Adamantina Formation of Brazil». Zootaxa. 1607: 35–46 
  10. PRICE, L.I. (1950). «On a new crocodilian, Sphagesaurus, from the Cretaceous of the State of São Paulo, Brazil». Anais da Academia Brasileira de Ciências. 22 (1): 77-85 
  11. ANDRADE, M.B.; BERTINI, R.J. (2008). «A new Sphagesaurus (Mesoeucrocodylia: Notosuchia) from the Upper Cretaceous of Monte Alto City (Bauru Group, Brazil), and a revision of the Sphagesauridae». Historical Biology. 20 (2): 101–136 
  12. Junqueira, Daniel (29 de agosto de 2013). «Brasilotitan nemophagus foi um dinossauro que viveu onde hoje é o Brasil». Giz Brasil. Consultado em 29 de maio de 2024 
Ícone de esboço Este artigo sobre geologia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.