Imperatriz do Brasil

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Imperatriz do Brasil foi o título utilizado durante o Império do Brasil (1822-1889) pelas consortes do soberano, ascenderam ao trono quatro imperatrizes.

Após a Proclamação da República, em 1889, e o fim da monarquia, esse conceito foi oficialmente e legalmente abolido. Contudo, grupos monarquistas mantiveram, de forma informal, o conceito de Imperatriz do Brasil, e, da mesma forma, criaram o título de "Princesa Consorte do Brasil", atribuindo as esposas dos pretendentes ao extinto trono brasileiro.[1]

Imperatrizes do Brasil[editar | editar código-fonte]

N.º Nome Imagem De Até Casa Originária Consorte de Filha de Nota
1 Leopoldina da Áustria 07 de setembro de 1822 11 de dezembro de 1826 Habsburgo-Lorena (Áustria) D. Pedro I Francisco I da Áustria e de Maria Teresa de Nápoles e Sicília Foi a única a participar ativamente da política do novo país, seja tornando-se regente[2] devido às frequentes ausências de seu marido, D. Pedro I, seja pela sua atuação como correspondente dos Habsburgo, mantendo seu pai, Francisco I da Áustria, informado dos ocorridos no Brasil e procurando garantir alguns interesses da Santa Aliança.
2 Carlota Joaquina da Espanha 29 de agosto de 1825 10 de março de 1826 Bourbon (Espanha) D. João VI Carlos IV de Espanha e de Maria Luísa de Parma. Pelo tratado do Rio de Janeiro, firmado entre Portugal e Brasil em 1825, que colocou termos à guerra da independência do Brasil, reconhecia-se a autonomia do antigo reino, mas reservava-se o título de Imperador do Brasil a D. João VI. Por conseguinte, seu cônjuge, Carlota Joaquina, tornou-se a Imperatriz do Brasil (consorte). Com a morte do marido, sete meses depois, D. Carlota perde o título tanto do trono português quanto do brasileiro, tornando-se rainha-mãe e imperatriz-mãe.
3 Amélia de Leuchtenberg 2 de agosto de 1829 7 de abril de 1831 Beauharnais (França) D. Pedro I Eugênio de Beauharnais e de Augusta da Baviera. Segunda esposa de Pedro I, permaneceu pouco tempo nessa condição. Acompanhou o marido em seu retorno a Portugal, após a abdicação deste ao trono brasileiro, para lutar pelo direito da filha do antigo imperador, D. Maria II, ao trono de Portugal.
4 Teresa Cristina das Duas Sicílias 30 de maio de 1843 15 de novembro de 1889 Bourbon-Sicílias (Duas Sicílias) D. Pedro II Francisco I das Duas Sicílias e de Maria Isabel da Espanha. Apresentou uma atuação muito mais discreta nos rumos da política nacional, estando sempre ao lado de seu marido, D. Pedro II, e falecendo pouco após o exílio.

Pós-monarquia[editar | editar código-fonte]

Nome Imagem De Até Casa Originária Consorte de Filha de
Gastão de Orléans 15 de Outubro de 1864 28 de Agosto de 1922 Orleães (Reino Francês) D. Isabel Luís, Duque de Némours e de Vitória de Saxe-Coburgo-Koháry
Maria Pia das Duas Sicílias 4 de novembro de 1908 26 de março de 1920 Bourbon-Sicílias (Duas Sicílias) D. Luís Afonso das Duas Sicílias, Conde de Caserta e de Maria Antonieta das Duas Sicílias
Maria Elizabeth da Baviera 19 de agosto de 1937 5 de julho de 1981 Wittelsbach (Baviera) D. Pedro Henrique Francisco da Baviera e de Isabel Antônia de Croÿ
Christine de Ligne 25 de setembro de 1981 atualidade Ligne (Bélgica) D. Antônio Antônio, 13.º príncipe de Ligne e de Alice de Luxemburgo

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. SMITH, Peter H. Democracy in Latin America. [S.l.: s.n.] 148 páginas
  2. Laís Modelli De São Paulo para a BBC Brasil (10 dezembro 2017). «Quem foi a primeira mulher a governar o Brasil». Consultado em 15 de maio de 2020 

Notas