Materno Giribaldi
Materno Giribaldi | |
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Nascimento | 18 de julho de 1870 Asti |
Morte | 17 de setembro de 1951 São Paulo |
Cidadania | Reino de Itália |
Ocupação | escultor |
Materno Giribaldi (1870-1951) foi um escultor italiano que iniciou sua carreira no ambiente da scapigliatura milanesa, tornando-se aluno e colaborador próximo do escultor Ernesto Bazzaro (1859-1937). Na transição dos século XIX e XX, se evidencia a influência de Leonardo Bistolfi (1859-1933) sobre sua obra. Neste período profícuo participa de diversos concursos para monumentos públicos e mostras, como as Exposições Trienais de Milão, a Exposição Geral Italiana (Turim, 1898) e a Mostra Nacional de Belas Artes (Milão, 1906). Em 1907, retorna à cidade natal, Asti, onde realiza monumentos públicos, bustos e obras fúnebres. Em 1925, imigra para o Brasil e assume a cadeira de modelagem e plástica no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, anteriormente ocupada por Amedeo Zani (1869-1944).[1]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Materno Gaetano Giribaldi nasceu na cidade de Asti em 18 de julho de 1870. Aos 14 anos, matricula-se na Academia de Belas Artes de Brera, onde permanece até 1890. Tornando-se aluno e colaborador próximo do escultor Ernesto Bazzaro (1859-1937), vivencia o ambiente da scapigliatura milanesa. Após passagens por Paris e Boston, retorna a Milão e participa de diversas mostras — Exposições Trienais de Milão, Exposição Geral Italiana (Turim, 1898) e a Mostra Nacional de Belas Artes (Milão, 1906) — assim como de concursos para monumentos públicos. Neste período se evidencia a influência de Leonardo Bistolfi (1859-1933) sobre sua obra. Colega de Ernesto Bazzaro na Academia de Belas Artes de Brera, Bistolfi tornou-se o principal expoente da escultura simbolista italiana.
Em 1907, Giribaldi retorna à cidade natal, onde trabalha como professor na Escola Municipal de Artes e Ofícios, além de realizar monumentos públicos, bustos e obras fúnebres. Logo após sua vitória no concurso para o Monumento aos Soldados Mortos da Primeira Guerra Mundial, a ser erguido em Asti, o resultado é anulado em adesão ao parecer da sessão local do Partido Nacional Fascista. Giribaldi decide, então, imigrar para o Brasil e assume a cadeira de modelagem e plástica no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, anteriormente ocupada por Amedeo Zani (1869-1944).[2]
Obras[editar | editar código-fonte]
As obras de Materno Giribaldi apresentam elementos do simbolismo italiano, um estilo de representação visual que agrupa estilos artísticos europeus do final do século XIX.[3] Suas obras se caracterizam ainda por composições assimétricas, com uma profusão decorativa de arranjos florais envolvendo mulheres nuas e seminuas.[3]
Fonte Monumental Medici, em comemoração ao Aqueduto de Cantarana (1908) - Asti, Piemonte
Monumento Saroldi-Lusso-Omedè (1921) - Asti
Monumento aos Soldados Mortos de Montiglio, Piemonte (1923)
Monumento aos Soldados Mortos de Viarigi, Piemonte (1924)[4]
Monumento da Família Jafet (1925-1932) - Cemitério da Consolação
Túmulo da Família Horácio Vergueiro Rudge (1931) - Cemitério da Consolação [5]
Medalhão memorialista no Mausoléu da Família Aliberti - Cemitério do Araçá
Mausoléu da Família Tognato (1935) - Cemitério de Santo André
Túmulo de Carlo Mauro (1938) - Cemitério São Paulo
Monumento da Família Rossa (1942) - Cemitério São Paulo
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Monumento da Família Jafet (1925-1932) - Cemitério da Consolação
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Monumento da Família Jafet (1925-1932) - Cemitério da Consolação
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Monumento da Família Jafet (1925-1932) - Cemitério da Consolação
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Busto femminile (c.1907-1925) - Palazzo Mazzetti
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Busto femminile (c.1907-1925) - Palazzo Mazzetti
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Madre che bacia la figlia (c.1907-1925) - Palazzo Mazzetti
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Monumento da Família Rossa (1942) - Cemitério São Paulo
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Mausoléu da Família Tognato (1935) - Cemitério de Santo André
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Tumba Vergueiro Rudge (1931) - Cemitério da Consolação
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Placa memorialista Aliberti - Cemitério do Araçá
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Tumba Carlo Mauro (1938) - Cemitério São Paulo
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Fonte Monumental Medici (1908) - Asti
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Fonte Monumental Medici (1908) - Asti
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Monumento Saroldi-Lusso-Omedè (1921) - Asti
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Monumento aos Soldados Mortos de Montiglio (1923)
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Monumento aos Soldados Mortos de Maslianico (1922)
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Monumento aos Soldados Mortos de Maslianico (1922)
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Monumento aos Soldados Mortos de Maslianico (1922)
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Monumento aos Soldados Mortos de Viarigi (1924)
Referências
- ↑ CATELLI, E. P. Materno Giribaldi e o Monumento da Família Jafet. Revista de História da Arte e da Cultura, Campinas, SP, v. 2, n. 1, p. 221–240, 2021. DOI: 10.20396/rhac.v2i1.15083. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/rhac/article/view/15083.+Acesso+em:+27+jun.+2021.
- ↑ Catelli, Eva P. «Materno Giribaldi e o Monumento da Família Jafet». Universidade Estadual de Campinas. Revista de História da Arte e da Cultura: 221-240. Consultado em 27 de junho de 2021
- ↑ a b Borges, Maria Elizia (2 de fevereiro de 2011). «Eternidade sobre Túmulos» (PDF). Revista de História. Consultado em 14 de março de 2018
- ↑ «Il Monumento ai Caduti del bistolfiano Materno Giribaldi». www.ilmonferrato.it (em italiano). Consultado em 15 de março de 2018
- ↑ «Relação dos Túmulos do Cemiterio da Consolação» (PDF). Prefeitura de São Paulo. Consultado em 15 de março de 2018