Neptalí Bonifaz

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Neptalí Bonifaz
Nascimento 29 de dezembro de 1870
Quito
Morte 23 de agosto de 1953
Quito
Sepultamento San Diego cemetery, Quito
Cidadania Equador
Alma mater
Ocupação político, economista

Neptalí Bonifaz Ascázubi (Quito, 29 de dezembro de 1870 - Ibidem, 23 de agosto de 1953) foi um político, economista e proprietário de terras equatoriano que venceu as eleições presidenciais de 1931, mas não assumiu o cargo porque foi desqualificado para a presidência pelo Congresso Nacional antes de se empossado.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Era filho do diplomata peruano Neptalí Bonifaz Febre y Zanabria e de Josefina Ascázubi y Salinas, de Quito, filha do ex-presidente Manuel de Ascásubi.

Seus estudos iniciais foram realizados em Quito num colégio de jesuítas e aos quinze anos foi enviado para a Europa para estudar Ciências Econômicas, Políticas e Comerciais na Universidade de Genebra, na Suíça, e na Sorbonne, na França.[1][2]

Ao retornar ao Equador, dedicou-se quase que exclusivamente às atividades agrícolas em suas haciendas, até que em 1927 foi chamado pelo presidente Isidro Ayora para ocupar o cargo de presidente do recém-criado Banco Central do Equador.[1]

Foi candidato à presidência nas eleições equatorianas de 1931, patrocinado pelo Partido Conservador. Venceu as eleições, mas não pôde assumir o mandato, pois sua eleição foi desclassificada pelo Congresso Nacional ao ser declarado "inapto para exercer a Presidência", por ter atribuído a nacionalidade peruana em diversas correspondências. Bonifaz, que estava em Hacienda Guachalá, deslocou-se para Quito.[3][4]

Guerra dos Quatro Dias[editar | editar código-fonte]

Em 28 de agosto de 1932, em decorrência da decisão do Congresso, a guarnição de Quito, juntamente com os partidários de Bonifaz, se revoltaram. Houve um confronto sangrento com tropas leais ao governo e nas ruas de Quito os combates continuaram até 1 de setembro, fazendo com que o presidente interino Alfredo Baquerizo se refugiasse na embaixada argentina e o ministro Carlos Freile Larrea assumisse o governo.[2]

Finalmente os rebeldes foram derrotados. Esse episódio, no qual morreram mais de duas mil pessoas, é conhecido como a Guerra dos Quatro Dias. Mais tarde, Bonifaz dedicou-se às suas atividades privadas e serviu novamente como presidente do Banco Central do Equador em 1939.

Morte[editar | editar código-fonte]

Afastado voluntariamente do serviço público e dedicado a suas atividades particulares, Neptalí Bonifaz faleceu na cidade de Quito em 23 de agosto de 1953.[5]

Referências

  1. a b «Bonifaz Neptalí - Personajes Históricos | Enciclopedia Del Ecuador». Enciclopedia del Ecuador (em espanhol). 23 de janeiro de 2016 
  2. a b «La Guerra de los cuatro días». Elcomercio.com. 4 de junho de 2016. Cópia arquivada em 28 de janeiro de 2023 
  3. *Tribunal Supremo Electoral. Elecciones y Democracia en Ecuador (1989). TSE
  4. «EL TRIUNFO ELECTORAL DE NEPTALI BONIFAZ ASCAZUBI y JaSE MARIA VELASCO !BARRA: VIGENCIA POLITICA DE LA CLASE TERRATENIENTE EN LAS INSTITUCIONES HEGEMONICAS DEL ESTADO BURGUES ECUATORIANO». 9 de agosto de 2018. Consultado em 9 de agosto de 2018. Arquivado do original em 9 de agosto de 2018 
  5. *Simón Espinoza (2000). Presidentes del Ecuador. Editorial Vistazo