Selma Arruda
Selma Arruda | |
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Selma Arruda | |
Senadora pelo Mato Grosso | |
Período | 1 de fevereiro de 2019 até 15 de abril de 2020 |
Legislatura | 56ª (2019–2020) |
Sucessor(a) | Carlos Fávaro |
Dados pessoais | |
Nome completo | Selma Rosane Santos Arruda |
Nascimento | 20 de janeiro de 1963 (61 anos) Camaquã, Rio Grande do Sul |
Alma mater | UniRitter |
Partido | PSL (2018-2019) PODE (2019-2022) PL (2022-presente) |
Profissão | juíza de direito (aposentada) |
Website | Site oficial |
Selma Rosane Santos Arruda (Camaquã, 20 de janeiro de 1963)[1] é uma ex-magistrada e política brasileira, filiada ao PL. Atuou por 22 anos na magistratura no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT)[2] até se aposentar em 2018.[3]
Ganhou notoriedade por sentenciar em Mato Grosso prisões de políticos envolvidos em corrupção.[4] Nas eleições de 2018, foi eleita na primeira colocação como senadora por Mato Grosso pelo PSL.[5]
Em 10 de dezembro de 2019, o TSE decidiu pela cassação de seu mandato ao condená-la por abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos durante a campanha de 2018.[6][7][8][9] A decisão foi confirmada pela mesa diretora do Senado em 15 de abril de 2020, quando foi efetivada a perda do mandato.[10]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nascida em Camaquã, no Rio Grande do Sul, fez carreira e ganhou notoriedade como magistrada.[4]
Por sua atuação rígida contra a corrupção, foi apelidada de "Moro de MT" ou "Moro de saias" (em referência ao juiz Sergio Moro, que também atuou rigidamente contra a corrupção na Operação Lava Jato) e teve uma rotina de proteção com apoio de nove seguranças, em razão das várias ameaças que recebeu.[11][12]
Em 2015, a juíza decretou a prisão do ex-governador Silval Barbosa, na Operação Sodoma, da Polícia Federal.[2][13]
Senado Federal[editar | editar código-fonte]
Em abril de 2018, Selma Arruda filiou-se ao Partido Social Liberal (PSL)[14] e, em outubro do mesmo ano, foi eleita senadora, sendo a mais votada por Mato Grosso.[5]
Em 18 de setembro de 2019, confirmou sua saída do PSL e filiou-se ao Podemos (PODE).[15]
Cassação[editar | editar código-fonte]
Em 10 de abril de 2019, teve o seu mandato cassado por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, tornando-a inelegível junto a seus suplentes, Gilberto Possamai e Clerie Fabiana, por suposto uso de caixa 2 nas eleições de 2018. Contudo, a senadora ainda poderia recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sem precisar deixar o mandato, enquanto a condenação é questionada judicialmente. Selma foi acusada de contratar propaganda irregular antes da campanha oficial e uso de caixa 2.[16] Ela disse que iria recorrer da decisão.[17]
A defesa de Selma Arruda recorreu e, no dia 10 de dezembro de 2019, o TSE determinou a cassação do mandato da senadora e de seus suplentes, ao condená-la por abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos durante a campanha de 2018,[6][7] com efeitos após a publicação do acórdão. Também decidiu pela convocação de uma nova eleição para o cargo. Assim, Selma Arruda ficou inelegível até 2026.[18][19]
Referências
- ↑ «Juiza Selma Arruda 170 (PSL) Senador | Mato Grosso | Eleições 2018». Gazeta do Povo. 3 de outubro de 2018. Consultado em 8 de outubro de 2018
- ↑ a b Souza, André (24 de março de 2017). «Chamada de 'Moro de MT', juíza relata rotina protegida por 9 seguranças». G1. Consultado em 11 de outubro de 2018
- ↑ Bachega, Jessica (23 de março de 2018). «Após 22 anos na magistratura, juíza Selma Arruda ingressa com pedido de aposentadoria». Hipernotícias. Consultado em 8 de outubro de 2018. Arquivado do original em 8 de outubro de 2018
- ↑ a b «Juíza que ganhou notoriedade por mandar prender políticos em MT pede aposentadoria». G1. 23 de março de 2018. Consultado em 11 de outubro de 2018
- ↑ a b «Juíza Selma Arruda (PSL) e Jayme Campos (DEM) são eleitos senadores por MT». G1. 7 de outubro de 2018. Consultado em 7 de outubro de 2018
- ↑ a b «TSE determina nova eleição em Mato Grosso após cassação de senadora». Folha de S.Paulo. 11 de dezembro de 2019. Consultado em 11 de dezembro de 2019
- ↑ a b «TSE cassa mandato da senadora Juíza Selma, a "Moro de saia"». Consultor Jurídico. Consultado em 11 de dezembro de 2019
- ↑ «TSE decide cassar Selma Arruda e convocar nova eleição para o Senado em Mato Grosso». G1. Consultado em 11 de dezembro de 2019
- ↑ «Por 6 votos a 1, TSE cassa senadora Selma Arruda, a 'Moro de saia'». noticias.uol.com.br. Consultado em 11 de dezembro de 2019
- ↑ Senado confirma cassação da senadora
- ↑ Lemos, Vinicius. «Cassada, senadora conhecida como 'Moro de saias' diz que foi ingênua e se compara a Bolsonaro: 'Fiz uma trapalhada'». BBC News Brasil. Consultado em 26 de março de 2021
- ↑ Brasil, Agência (15 de abril de 2020). «Senado cassa mandato da juíza Selma, a "Moro de saias"». CartaCapital. Consultado em 26 de março de 2021
- ↑ Lemos, Vinícius (24 de abril de 2019). «Cassada, senadora conhecida como 'Moro de saias' diz que foi ingênua e se compara a Bolsonaro: 'Fiz uma trapalhada'» (em inglês)
- ↑ Ferreira, Chico (5 de abril de 2018). «Selma Arruda se filia ao PSL para entrar na disputa eleitoral - veja vídeo». Gazeta Digital. Consultado em 11 de outubro de 2018
- ↑ Vinhal, Gabriela (18 de setembro de 2019). «Com PSL rachado, major Olímpio diz que juíza Selma escolheu "partido sério"». Metrópoles. Consultado em 19 de setembro de 2019
- ↑ «TRE cassa mandato de senadora do PSL». O Antagonista. 10 de abril de 2019. Consultado em 10 de abril de 2019
- ↑ «TRE-MT cassa Selma Arruda e suplente por caixa 2 e abuso de poder econômico e determina nova eleição». G1. Consultado em 11 de abril de 2019
- ↑ «TSE decide cassar Selma Arruda e convocar nova eleição para o Senado em Mato Grosso». G1. 10 de dezembro de 2019. Consultado em 11 de dezembro de 2019
- ↑ «Plenário do TSE mantém cassação da senadora Selma Arruda (Pode-MT)». TSE. 11 de dezembro de 2019. Consultado em 11 de dezembro de 2019